De Negri, Fernanda; Galliez, Rafael M.; Miranda, Pedro; Koeller, Priscila; Zucoloto, Graziela Ferrero; Costa, Joana Simões de Melo; Farias, Claudio M. de; Travassos, Guilherme H.; Medronho, Roberto de A.;
Saúde: Livros.
Emprego. Trabalho: Capítulos de Livros.
Saúde: Capítulos de Livros.
Gênero e Raça.
Economia da Saúde. Aspectos Gerais da Economia da Saúde.
Publicado em: Abr-2021
Este texto tem como objetivo analisar em que medida as características socioeconômicas dos indivíduos influenciam as chances de óbito pela Covid-19. Dois conjuntos de dados foram combinados para atingir esse objetivo: os registros individuais de pessoas infectadas com coronavírus no estado do Rio de Janeiro e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que contém diversas informações socioeconômicas sobre trabalhadores formais do estado. A partir dessas informações, foi possível estimar modelos logísticos para avaliar o efeito de variáveis como sexo, idade, renda, raça/cor, escolaridade, ocupação e atividade econômica sobre o risco de morte pela Covid-19. Os resultados indicam que alguns grupos de trabalhadores têm mais risco de morrer dessa doença do que outros: trabalhadores empregados em estabelecimentos de saúde e segurança pública apresentam, respectivamente, um risco de morrer 2,46 e 2,25 vezes maior do que aqueles empregados em outras atividades. Os resultados também mostram que pessoas não brancas, homens e aqueles que trabalham na região metropolitana têm mais probabilidade de morrer de Covid-19. Por sua vez, quem tem ensino superior tem 44% menos chance de morrer devido à doença. É essencial considerar essas diferenças no desenho das políticas de prevenção a serem adotadas futuramente.
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