Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Tecnologia. Inovação. Informação. Conhecimento

Reflexões sobre o seminário internacional: mudança tecnológica, organização do trabalho e formas de gestão

Soares, Rosa Maria Sales de Melo;


Tecnologia. Inovação. Informação. Conhecimento: Livros.

Publicado em: Mai-1990


Reflexões sobre o seminário internacional: mudança tecnológica, organização do trabalho e formas de gestão

A fase atual de difusão e emprego de novas tecnologias tem suscitado grande interesse nos meios acadêmicos, sindicais, empresariais e de governo, com a produção de textos, livros e debates. Este texto analisa o assunto através das principais questões tratadas no seminário internacional que o titula, realizado pelo IPEA em outubro de 1988 e concebido pela autora. A preocupação central é interrelacionar as questões tratadas, mostrando a coerência do programa através da reflexão de três temas chaves. Primeiro: o caráter social da introdução das novas tecnologias, ou seja, não existe uma relação causal obrigatória entre o uso de determinada mudança tecnológica e a obtenção de determinados resultados. O aumento da produtividade e a maior rentabilidade econômica estão calçados sobretudo em novos padrões de organização do trabalho e de concepção gerencial da produção. Segundo: a mudança nos critérios de gestão da força de trabalho como forma de garantir bom desempenho e eficiência no processo produtivo a partir do uso de novas tecnologias de base microeletrônicas, quando os processos tayloristas não são mais apropriados. É destacado o papel dos sistemas participativos, como CCQ, kanban, just-in-time, participação dos empregados nos conselhos das empresas, comissões de fábrica e grupos de expressão direta, numa imbricação gestão de produção/gestão de pessoal. Terceiro: a nova tendência do sindicalismo contemporâneo, que vem apontando para o fortalecimento crescente da representação dos trabalhadores no local do trabalho, indicando o espaço interno de empresa como o mais apropriado aos debates e resoluções dos conflitos capital/trabalho. Nessa linha são visualizadas duas direções: a busca de autonomia nas negociações empresa/trabalhador, com um mínimo de interferência do Estado, e a grande questão de como conciliar esse sindicalismo de empresa com um projeto de toda a sociedade.

MAIS DETALHES * Abrirá no Repositório do Conhecimento do Ipea, em nova página.

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