Sociedade. Participação Social. Controle Social.
Desenvolvimento Social.
Administração Pública. Governo. Estado.
Publicado em: 2024
O estudo em questão investiga o processo de reformulação do Bolsa Família desde sua concepção durante o governo de transição até seu lançamento em março de 2023, com o objetivo de aprofundar o entendimento sobre as políticas governamentais e a formação de agenda em um governo historicamente identificado com o fortalecimento das políticas de transferência de renda no Brasil. Com base em entrevistas com profissionais-chave, incluindo coordenadores, gestores e especialistas diretamente envolvidos na reformulação, a pesquisa parte de uma pergunta central sobre os motivos e a abordagem da reformulação, adotando uma metodologia que identifica as razões para a inclusão do tema na agenda política. Para isso, realiza um estudo de caso que examina os atores envolvidos, as premissas, etapas e diretrizes que influenciaram a criação do novo programa de transferência de renda condicionada. A relevância da reformulação do Bolsa Família encontra-se intimamente ligada a um contexto de transformações políticas entre 2016 e 2022, período marcado por alterações significativas na estrutura do programa. As fontes utilizadas incluem relatórios de transição de governo e legislações anteriores e atuais. A análise dos materiais e entrevistas revelou não apenas os avanços alcançados, mas também as vulnerabilidades persistentes, como a necessidade de corrigir distorções na distribuição dos benefícios e de enfrentar os desafios fiscais que o programa ainda apresenta. Ademais, o trabalho evidencia que, além da reformulação em si, a continuidade e o aprimoramento das políticas de transferência de renda são essenciais para sua eficácia a longo prazo. Uma política que não estabelece mecanismos de atualização e expansão corre o risco de degradação ao longo do tempo, especialmente diante de pressões econômicas como a inflação. Assim, o estudo alerta para a necessidade de criar condições que assegurem o fortalecimento e a adaptabilidade contínua do Bolsa Família. Conclui-se que, mesmo com os avanços significativos, o Bolsa Família continua a enfrentar desafios que demandam atenção e aprimoramento para cumprir seu papel na redução da pobreza e da desigualdade no Brasil, mantendo-se como um tema central na agenda de políticas públicas.
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