Andrade, Israel de Oliveira; Câmara, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva; Barros-Platiau, Ana Flávia; Silveira, Laura Cristina Feindt Urrejola;
Ciência. Pesquisa. Metodologia. Análise Estatística: Livros.
Publicado em: Jan-2024
O objetivo deste Texto para Discussão é analisar em que medida a participação do Brasil no Sistema do Tratado da Antártica, por meio da realização de pesquisa científica nessa região, pode influenciar questões ambientais e climáticas com efeitos na economia e na sociedade brasileiras. A Antártica é um continente de condições climáticas rigorosas e extremas, que influenciam o clima de outras regiões do planeta, especialmente em países mais ao Sul, como é o caso do Brasil. Suas riquezas chamam a atenção de diferentes países, tendo alguns deles, inclusive, reivindicado internacionalmente territórios naquela região. Em decorrência desse afluxo de interesses de diferentes Estados, foi necessária a negociação de um acordo internacional para regular a utilização do território, garantindo a não apropriação dos seus recursos e a não utilização da região para fins militares. A solução encontrada pelos Estados foi a utilização da região apenas para pesquisa científica e conservação ambiental. O Brasil, como membro consultivo do Sistema do Tratado da Antártica, desenvolve diversas pesquisas científicas na Antártica desde 1982, por meio do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e da Política Nacional para Assuntos Antárticos (Polantar). Tais investigações científicas possibilitam uma melhor compreensão da influência dos fenômenos climáticos polares no clima global e regional e também das características das correntes oceânicas, pois os ecossistemas do planeta são interdependentes. Desta forma, as alterações nas condições climáticas e ambientais do planeta influenciam as condições antárticas e vice-versa. As atuais questões ambientais e climáticas, no âmbito global, regional e brasileiro tornam a discussão sobre o tema Antártica cada vez mais atual e merecedora da atenção do Estado e da comunidade científica, uma vez que as alterações climáticas têm repercussão na sociedade brasileira e na sua economia, principalmente no setor agropecuário. No médio prazo, a sociedade pode ser afetada especialmente nas cidades costeiras devido à subida do nível do oceano decorrente do crescente degelo da Antártica.
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