Independentemente de seu escopo e natureza, as políticas públicas, programas governamentais ou estratégias para modernização do Estado, envolvem a atuação de funcionários públicos como uma de suas variáveis fundamentais. Suas motivações, percepções e adesão a certas práticas e objetivos são fatores decisivos para entender como as políticas são adotadas e implementadas. Isso não é diferente quando se considera as políticas de governança do Estado. Este estudo focaliza atitudes quanto ao processo de implementação da gestão de riscos nos órgãos federais. O levantamento se deu a partir da aplicação de um questionário a um conjunto de servidores ocupantes de cargos de chefia na administração pública federal direta e indireta – Direção e Assessoramento Superior (DAS) de níveis 4 e 5 –, obtendo-se o retorno de um total de 148 questionários respondidos. O levantamento abarcou um escopo considerável de percepções sobre a vida organizacional e as atitudes em relação aos fatores cotidianos que envolvem os desafios pessoais e profissionais dos servidores, sobretudo com referência ao constructo locus de controle interno e externo. Ao final, concluiu-se que existem diferentes perfis ou orientações em relação a um engajamento mais significativo nas tarefas relacionadas à implementação da gestão de riscos.