Marinho, Alexandre; Cardoso, Simone de Souza (Assistente de pesquisa); Almeida, Vivian Vicente de (Assistente de pesquisa);
Saúde: Livros.
Economia da Saúde. Gestão dos Serviços de Saúde.
Publicado em: Fev-2009
A realização de transplantes de órgãos é, inegavelmente, uma conquista muito importante da nossa medicina e de nosso sistema de saúde. O Brasil possui o maior programa público desse tipo do mundo, realizando, em 2005, 15.527 transplantes de órgãos e de tecidos. Desses, 11.095 foram pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse sistema, o custo elevado dos transplantes, incluindo medicamentos, é comparável aos custos indiretos da não-realização de transplantes. O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde (MS), órgão responsável pela administração dos transplantes de órgãos financiados pelo SUS, administra uma fila cuja prioridade é por ordem de chegada, considerando critérios técnicos, geográficos e de urgência específicos para cada órgão. No entanto, apesar disso, o SNT convive com sérios problemas operacionais. Para piorar, há precariedade dos sistemas de informação nas coordenações estaduais; a baixa difusão, mesmo entre a classe médica, e outros problemas que reduzem fortemente a eficiência do sistema. Nesse contexto, é grave perceber que o tempo de espera pode ultrapassar um ano e atingir até nove anos para fígado e mais de onze anos, para rim. O resultado é que o tempo de espera elevado implica, além dos custos e sofrimentos dos pacientes na fila, no aproveitamento de órgãos de qualidade inferior e na conseqüente redução do tempo de duração dos enxertos, necessidade de retransplantes e provável elevação das taxas de mortalidade pós-transplantes.
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