Escrito como um tributo ao trabalho e pensamento de Albert Hirschman, este trabalho trata dos padrões de mudança estrutural e do financiamento do crescimento econômico no Brasil entre 1950 e 1980. Dá atenção especial ao papel das finanças externas e às crescentes formas de intervenção do setor público. Mudanças na renda intersetorial provocadas tanto pela inflação como pelas medidas de política econômica são reconhecidas como elementos-chave num processo de crescimento frequentemente restringido por eventos externos desfavoráveis. Mostra que preocupações com a diminuição da capacidade financeira externa e interna do setor público repetem-se na história econômica brasileira. Muitas vezes esses eventos resultam na perda da capacidade do governo ser um elemento coordenador de uma nova estratégia. Este desafio foi enfrentado e vencido mais do que uma vez no passado, o que deverá ser tentado novamente se a sociedade brasileira deseja consolidar a democracia e um sistema econômico justo e saudável.