Mendonça, Mario Jorge Cardoso de; Medrano, Luis Alberto Toscano; Sachsida, Adolfo;
Economia. Desenvolvimento Econômico: Livros.
Publicado em: Fev-2009
Este artigo usa dados trimestrais do período janeiro/1995 a dezembro/2007 para investigar os efeitos de choques fiscais na economia brasileira. Nós seguimos o procedimento de identificação sugerido por Mountford e Uhlig (2005) para verificar o impacto de choques no consumo corrente do governo e na receita pública líquida sobre o produto interno bruto (PIB) e a taxa de inflação. A principal vantagem desse método é que ele permite isolar o choque fiscal de outros choques que ocorrem na economia (tais como o choque de ciclo de negócios e o choque monetário). Os resultados sugerem que em resposta a um aumento inesperado do gasto do governo: a) o consumo privado aumenta; b) com uma probabilidade de 77,1%, o PIB se reduz; e c) a taxa de juros aumenta. Isso pode indicar a ocorrência de efeito crowding out entre investimento público e privado. Em relação a um choque expansionário da receita pública: a) com uma probabilidade de 56,6% ocorre uma redução do PIB no curto prazo, mas no longo prazo existe a possibilidade de uma reação positiva do PIB; e b) com uma probabilidade de 76,1%, o consumo privado é reduzido. Com relação ao efeito de choque monetário contracionista: a) o PIB e o nível de preços respondem negativamente; e b) o PIB sofre uma retração com 70,0% de probabilidade, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta um declínio de 0,04%. Por fim, considerando o efeito de um choque de ciclo de negócio, observa-se que o efeito sobre o gasto público é positivo, o que pode indicar uma política fiscal pró-cíclica.
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Temas: Economia. Desenvolvimento Econômico -