Ciência, tecnologia e instituições democráticas em debate

Ciência, tecnologia e instituições democráticas em debate

Seminário promovido pela Dimac no Rio de Janeiro discute estratégias para o desenvolvimento

Foto: Pedro Libânio
O diretor da Dimac, João Sicsú (E) e convidados
na segunda noite de seminário

A segunda noite do seminário “Brasil: Economia, Política e Desenvolvimento”, realizado no Rio de Janeiro, contou com a presença de Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da cientista política Eli Diniz, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (PPED/UFRJ) e do diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, João Sicsú. A mesa teve a mediação de Sidney Pascouto, vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Rio de Janeiro, Corecon-RJ. 

A cientista política Eli Diniz fez um histórico das inflexões no processo político brasileiro desde a década de 1930. As reformas feitas por Getúlio Vargas, entre as quais a trabalhista, foram colocadas como exemplos de quebra da estrutura da preservação de interesses dominantes. 

Diniz enfatizou que a ruptura de 1964 promoveu um enfraquecimento das instituições políticas e, ao mesmo tempo, o avanço de uma visão mais desenvolvimentista do Brasil. Ela argumentou que o conceito de desenvolvimento correspondeu somente ao crescimento econômico. Segundo a pesquisadora, hoje existe um novo paradigma da inserção internacional do Brasil nos mercados globais e o momento é de debate da continuidade ou ruptura das políticas sociais. “Essa discussão tornou-se muito mais complexa”, afirmou a cientista política.

 Ciência e Tecnologia

O presidente da Finep, Luis Fernandes, defendeu uma política arrojada de investimento público no  desenvolvimento de pesquisas científicas. “O desafio atual é criar uma política nacional de ciência e tecnologia para fomentar o investimento privado nesse setor e alavancar o desenvolvimento do País”, argumentou.  Ao destacar a importância do Brasil na produção de ciência e tecnologia na América Latina e sua crescente participação no desenvolvimento científico no mundo, reafirmou: “O País precisa de uma política de C&T que se alinhe às necessidades do desenvolvimento nacional, soberano e competitivo no mundo globalizado”