Parceria prevê estudos conjuntos entre Brasil e Angola

Parceria prevê estudos conjuntos entre Brasil e Angola


Ipea e governo de Angola farão estudos sobre impactos da reconstrução angolana e modelo macroeconômico

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério da Coordenação Econômica de Angola firmaram, nesta quarta-feira, 23, uma parceria que vai permitir o intercâmbio técnico entre os dois países.

O Protocolo de Cooperação Técnica foi assinado pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e pelo diretor do Gabinete de Acompanhamento da Gestão Macroeconômica de Angola, Carlos Panzo.

O protocolo prevê a realização de estudos e pesquisas, o intercâmbio de especialistas entre os dois países, a realização de eventos técnicos, a publicação de documentos e a troca de informações entre as duas instituições. O prazo do acordo é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

Entre os estudos previstos estão uma avaliação dos impactos do programa de reconstrução do país após a guerra civil. O conjunto de investimentos do programa  é de US$ 40 bilhões. Também está prevista a elaboração de um modelo macroeconômico da contabilidade nacional do país, com o objetivo de discutir as políticas econômicas.

Segundo o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, o Instituto tem acordos internacionais com outros países, mas nenhum desta magnitude. "O Brasil tem uma dívida com a África. Nossa instituição, assim como outras, pode contribuir, mas nós sabemos que podemos, também, aproveitar muito o saber de vocês", afirmou.

De acordo com Carlos Panzo, a parceria é muito importante para Angola. "Vocês fazem exatamente isso de que nós hoje precisamos. Somos um país jovem, independente há 35 anos, mas contamos como oito, porque no restante do tempo estivemos em guerra. Fizemos muito, mas ainda há muito a fazer. Essa parceria vai ser fundamental para nós, como já tem sido o Brasil".