Crescimento sustentável exige investimento público
Publicado em 10/09/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h19
Publicado em 10/09/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h19
Crescimento sustentável exige mais investimento público
Boletim Conjuntura em Foco, apresentado no Rio de Janeiro, estima crescimento mais suave na economia
“Na comparação com o segundo trimestre de 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 8,8%, sendo esta a segunda maior taxa verificada na série histórica”, afirma o boletim Conjuntura em Foco, apresentado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 10.
A economia continua crescendo, mas não no mesmo ritmo. Segundo o documento, o arrefecimento do ritmo de expansão da economia no segundo trimestre já era esperado. Com a retirada dos estímulos fiscais e o início do aperto monetário em abril, vários indicadores antecedentes já apontavam para uma desaceleração do nível de atividade. “Para os trimestres restantes do ano, espera-se que a economia mantenha esta velocidade mais suave de crescimento”, informou em
Para o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto, o Brasil tem a tendência de passar por diversos altos e baixos no crescimento se não houver uma carga maior de investimento público. “Podemos observar que o investimento privado só cresce à medida que o consumo aumenta, então para o Brasil dar um salto real na economia, só com mais investimento público”, afirmou aos jornalistas.
Por outro lado, pelo critério do acumulado de 12 meses, as contratações líquidas mantêm ritmo de crescimento. O mês de julho de 2010 representa o maior nível da série histórica: 2.212.318 empregos com carteira assinada. Mais uma vez o setor de Construção Civil foi o destaque, com um crescimento de 9,42% em relação ao antigo recorde para o mês de julho, alcançado em 2008.
O setor de Serviços continua desempenhando o papel importante na geração de empregos formais. Com a criação de 61.606 vagas, o setor registrou saldo recorde para o período. Acompanhando o bom desempenho dos Serviços, a Indústria de transformação teve 41.530 postos de trabalho criados em julho deste ano, com maior crescimento relativo, seguindo a base de comparação julho de 2010/2009: 139,3%.
“O efeito da correção do salário mínimo e da política ativa de gastos sociais no ano de 2010, ao manter o dinamismo da demanda agregada, tem contribuído para provocar um impacto multiplicador significativo sobre a economia e, por consequência, conduzir ao aumento do PIB, da arrecadação e do controle e redução na relação dívida/PIB”, conclui o documento.