Infraestrutura do Brasil foi tema de painel na Code
Publicado em 26/11/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h09
Publicado em 26/11/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h09
Infraestrutura do Brasil foi tema de painel na Code
Presidente da Caixa Econômica e outras autoridades participaram da sétima mesa de debates na conferência
Foto: Sidney Murrieta |
José Sydrião, diretor do Banco do Nordeste, disse que a melhoria da infraestrutura na região pode abrir mercados internacionais |
A 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code/Ipea) trouxe no sétimo painel temático a discussão sobre “Infraestrutura econômica, social e urbana”. Nesta sexta-feira, 26, último dia da Code, a diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Liana Carleial, moderou o debate. Participaram Márcio Fortes, ministro de Estado das Cidades, Maria Fernanda Coelho,
O debate abordou a infraestrutura em segmentos: saneamento básico, transporte, habitação, banda larga, bancos públicos, entre outros. A moderadora ressaltou que há um conjunto de novos fatos na economia brasileira e falta torná-los mais positivos por meio de melhoramentos na infraestrutura e no desenvolvimento sustentável, em uma grande estratégia de longo prazo.
De acordo com Maria Fernanda Coelho, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está ampliando a atuação do banco quando se trata de infraestrutura urbana. Ela ressaltou que o programa Minha Casa, Minha Vida é um exemplo de política de habitação desenvolvida pela Caixa e destacou que o Brasil teve uma evolução, a partir de 2007, no saneamento básico.
Para a
Nordeste e banda larga
O diretor do Banco do Nordeste, José Sydrião, abordou problemas enfrentados pela Região Nordeste do país. Um dos maiores, segundo Sydrião, está relacionado à infraestrutura. Ele explicou que a infraestrutura econômica e social pode criar no Nordeste uma dinâmica nacional e abrir mercados internacionais estratégicos, pois a região “dispõe dos quatro principais portos do país, com capacidade de expansão para os próximos 10 anos”.
Nelson Fujimoto destacou o papel do Programa Nacional de Banda Larga como instrumento de cidadania. Ele disse que, para o cidadão, banda larga significa mais educação, qualificação e desenvolvimento social. O assessor lembrou que, de acordo com estudo do Ipea, a banda larga no Brasil é cara, concentrada e lenta. “É cinco vezes mais cara que a do Japão, 2,7 mais cara que a da Rússia. É localizada principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e apenas 21% dos domicílios no Brasil têm acesso. Além disso, é lenta”, explicou.
O Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, lamentou o fato de o Brasil, no passado, ter perdido oportunidades de melhorar sua infraestrutura. Para ele, reposicionar a mão de obra é o maior desafio. Perrupato afirmou que o que antes era gasto por ano em infraestrutura no país (R$ 1,5 bilhão), atualmente é pago por mês.