Sensor projeta geração de 2 milhões de empregos no ano

Sensor projeta geração de 2 milhões de empregos no ano

Primeira pesquisa de 2011 foi apresentada no Rio de Janeiro e traz, ainda, números do PIB e das exportações

Renaut Michel, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, afirmou durante a apresentação do Sensor Econômico do 1º bimestre de 2011 que, para este ano, espera-se uma trajetória mais modesta de crescimento da economia. A entrevista coletiva de divulgação do documento foi nesta quarta-feira, dia 6, às 11h, na representação do Instituto no Rio de Janeiro.

O indicador traz as projeções bimestrais das entidades associativas do setor produtivo sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a taxa de juros projetada pelo mercado para o fim do ano corrente, taxa de câmbio e investimento, além de valores para exportações e importações brasileiras.

O destaque desta edição, porém, fica por conta dos empregos gerados no ano, de acordo com a perspectiva das entidades associativas. A projeção é de que 2 milhões de vagas sejam criadas em 2011. Em relação ao comércio exterior, espera-se que as exportações somem US$ 220 bilhões em todo o ano, provavelmente ficando acima das importações.

A inflação deve chegar próximo ao topo da banda estabelecida pelo governo: a projeção da pesquisa é de 5,9%. A expectativa é de que os juros atinjam 12,5% até o fim do ano. Já a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, está em 11,75% ao ano. “A elevação da Selic deve afetar a trajetória da economia do país no segundo semestre”, conclui o diretor-adjunto.

Entre os indicadores reais, a expectativa é de que o volume de investimentos cresça 13,5%. O Sensor Econômico é uma pesquisa mensal realizada pelo Ipea em todo o território nacional, com o objetivo de captar as expectativas econômicas e sociais do setor produtivo brasileiro. Nesse conjunto, estão incluídas entidades empresariais da agricultura, da indústria e do comércio e serviços e de trabalhadores, representando em torno de 80,18% do PIB brasileiro.

Leia a íntegra do Sensor Econômico – 1º bimestre de 2011