Ipea estima 1,7 milhão de novos empregos em 2011

Ipea estima 1,7 milhão de novos empregos em 2011

Comunicado do Ipea nº 89, lançado em São Paulo, faz projeções de demanda e oferta de mão de obra no Brasil

O Ipea divulgou na tarde desta quinta-feira, 28, em São Paulo, o Comunicado nº 89Emprego e oferta qualificada de mão de obra no Brasil: projeções para 2011. O Comunicado, apresentado em coletiva de imprensa pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, relaciona as perspectivas de oferta de mão de obra e a demanda por trabalhadores qualificados no País.

O estudo indica que a expansão econômica esperada para o ano de 2011 tende a afetar positivamente o mercado de trabalho brasileiro. Uma das conclusões do Comunicado é que deverá ocorrer escassez de mão de obra qualificada e com experiência profissional ao longo do ano de 2011. “Porém, hoje essa escassez não é global, mas restrita a alguns setores”, disse Pochmann.

Haverá, em 2011, excedente de força de trabalho no mercado brasileiro, mas sem qualificação ou experiência, impactando no alcance do pleno emprego global. Isso deve ocorrer, segundo a pesquisa, devido à estimativa de uma demanda de mão de obra de cerca de 22,1 milhões de pessoas ante os 28,2 milhões de trabalhadores disponíveis no mercado brasileiro.

Segundo Pochmann, em 2011 a geração de empregos será menor que em 2010. Isso reflete o crescimento projetado do PIB brasileiro para o ano corrente, cerca de 5%, portanto inferior aos 7,5% do ano passado. “Em 2010 o Brasil gerou cerca de 2,5 milhões de empregos. Para este ano, a projeção é de 1,7 milhão”, destacou Pochmann.

Apesar da falta de trabalhadores qualificados em determinados setores da economia, o Comunicado do Ipea nº 89 aponta a estimativa de cerca de um milhão de pessoas com qualificação e experiência profissional que deverão figurar como excedente de mão de obra em 2011. Tal situação advém da incompatibilidade entre a qualificação desses trabalhadores e a qualificação exigida para preenchimento das vagas.

Para a realização da pesquisa, o Ipea utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).