Extremamente pobres são 1,37 milhão em Pernambuco

Extremamente pobres são 1,37 milhão em Pernambuco


Seminário em Recife apresentou o perfil da pobreza extrema no estado

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou nesta sexta-feira, 3, a quarta edição dos seminários A dimensão e a medida da pobreza extrema no Brasil. Desta vez, o evento ocorreu no Recife, no auditório da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no bairro Casa Forte. Jorge Abrahão, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, e Antônio Alexandre da Silva Junior, presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe-Fidem), foram os expositores.

Um dia após a apresentação, por parte da presidenta Dilma Rousseff, do plano Brasil sem Miséria, Jorge Abrahão explicou no Recife a importância de o governo federal ter estabelecido uma linha de pobreza extrema. Segundo essa linha, estão em situação de miséria aqueles cuja renda familiar per capita não ultrapassa os R$ 70. Em seguida, o diretor do Ipea detalhou o panorama da pobreza extrema em Pernambuco, comparando-o com o cenário brasileiro.

Jorge Abrahão analisou os indicadores do estado de 2001 e de 2009 e apontou progressos em diversas áreas. “Mas a porcentagem da população vivendo com menos de R$ 70 em janeiro de 2010 no estado era de 11,7%, contra 5,2% em média, no Brasil”, afirmou. Ele revelou, ainda, detalhes de indicadores sociais do estado. “Chama a atenção em Pernambuco a elevada taxa de homicídios masculina (102,5 vítimas a cada 100 mil habitantes)”. Dados de 2009 mostrados pelo diretor do Ipea indicam também que 74% da população extremamente pobre do estado está coberta pelo Bolsa-Família.

Antônio Alexandre da Silva Junior colaborou com mais números referentes à situação social dos pernambucanos. Com base em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), do próprio Ipea e do Censo Demográfico, ele indicou que, em Pernambuco, cerca de 60% da população extremamente pobre tem até 24 anos. E que aproximadamente 70% dos miseráveis no estado são pardos ou negros. Antônio Alexandre ainda comentou diversos programas do governo estadual destinados à parcela mais carente dos pernambucanos. Ainda em junho, o Ipea levará o seminário A dimensão e a medida da pobreza extrema no Brasil para Bahia, Ceará e Maranhão.

Veja os gráficos da apresentação sobre a pobreza extrema em Pernambuco

Veja os gráficos da apresentação feita pela Condepe/Fidem-PE