Mercado de trabalho cresce em ritmo menor

Mercado de trabalho cresce em ritmo menor

Quedas nas taxas de desemprego e informalidade são os destaques do Boletim de Mercado de Trabalho do Ipea
 
O Ipea divulgou na quinta-feira, 1, a análise do mercado de trabalho brasileiro no primeiro semestre de 2011.  O estudo revela uma melhoria das condições de emprego e a geração média de 210.857 mil postos de trabalho ao mês em todo o território nacional, com base nos dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), do Ministério do Trabalho.
 
Os indicadores demonstram a continuidade do crescimento da economia, porém em um ritmo menor. Na comparação com o primeiro semestre de 2010, período com forte aquecimento da atividade econômica, o avanço de 4,2% apontou o bom desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Contudo, os números não foram suficientes para evitar uma redução na taxa de expansão acumulada em quatro trimestres, que passou de 7,5% para 6,2%.
 
As taxas de desemprego e informalidade são os destaques do estudo. A primeira ficou em 6,3% no primeiro semestre de 2011, e apresentou uma diminuição de um ponto percentual em relação a 2010. Já o percentual da informalidade média ficou em 35,6%, bem abaixo dos anos anteriores e registrou em junho o menor valor desde 2003 (35,3%).

 “A tendência de queda do desemprego no segundo semestre deste ano deve se manter”, afirmou Carlos Henrique Corseuil, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea. “Ao longo dos anos, assim como o desemprego, a taxa de informalidade vem numa trajetória de queda de grande magnitude”, completou.

Com relação aos dados sobre atividade e desocupação, em 2011 os números tiveram um comportamento bem parecido com o do primeiro semestre de 2010. Em ambos os semestres, a taxa de atividade média foi de 56,9%, o que representa 23,8 milhões de pessoas ocupadas ou procurando emprego. Foi percebida uma tendência de alta até maio de 2011, quando alcançou o maior valor do ano (57,2%), por causa da dinâmica maior que o primeiro semestre tende a apresentar.

No primeiro semestre de 2011, a média da população ocupada nas regiões metropolitanas correspondeu a aproximadamente 22,3 milhões de pessoas, um aumento de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Todas as regiões metropolitanas (RMs) cobertas pela pesquisa tiveram variações positivas na trajetória da ocupação no primeiro semestre, comparado com o mesmo período de 2010. Destacaram-se os crescimentos de Porto Alegre (4,7%), Recife (3,4%) e Belo Horizonte (3,1%).

O rendimento médio nas seis RMs ficou em R$ 1.570,90 em valores de junho de 2011, um ganho de 3,9% em relação à média semestral de 2010 e, apesar de sofrer uma queda em abril, alcançou em junho o seu maior valor no ano, R$ 1.578,50.

Acesse a íntegra do Boletim de Mercado de Trabalho nº 48