Divulgado relatório ODM do Rio de Janeiro

Divulgado relatório ODM do Rio de Janeiro

Documento aponta que houve avanços nos objetivos do milênio, mas metas da área de saúde ainda preocupam

Embora o país seja um dos que mais avançou em relação aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), ainda falta muito para alcançar as metas estabelecidas para 2015, quando os indicadores são analisados por estado ou município. Esta foi a avaliação do representante da Secretaria-Geral da Presidência da República, Maurício Dutra Garcia, na manhã desta sexta-feira, 30, na capital fluminense, durante os lançamentos da quarta edição do Prêmio ODM Brasil e do relatório de acompanhamento dos ODMs no Estado do Rio de Janeiro.

Elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro), o relatório estadual foi apresentado pelo diretor da Ceperj, Epitácio Brunet. O estudo destacou que, em relação à erradicação da pobreza extrema e da fome, o estado do Rio de Janeiro já alcançou as metas de reduzir pela metade a proporção da população afetada.

A proporção de pobres no estado caiu cerca de treze pontos percentuais, passando de 24%, em 1992, para aproximadamente 11% em 2008, mantendo-se na média do desempenho do Brasil e da Região Sudeste. A desigualdade de renda também apresentou tendência de redução, sobretudo a partir de 2003.

Na educação, houve diminuição, entre 1999 e 2007, na distorção idade-série nos ensinos Fundamental e Médio. Entretanto, em 2007, essa distorção ainda era bastante acentuada no Ensino Médio e superior à média da região Sudeste. Dados mais recentes, de 2010, apontam, porém, uma queda significativa nesta taxa, passando de 55% para 43%.

Outros indicadores

No que diz respeito à igualdade entre os sexos, o relatório revela que a remuneração das mulheres continua sendo inferior a dos homens em todos os níveis de ensino, problema que também se verifica no resto do país. Por outro lado, em um comparativo entre os anos de 1992 e 2008, é possível perceber que a diferença salarial entre homens e mulheres diminuiu.

Outros dados que chamam atenção é a diminuição na mortalidade infantil e o aumento da cobertura vacinal. Preocupam, contudo, as taxas de mortalidade materna e de incidência do câncer de colo do útero e mama. A tuberculose continua ameaçando a população do Rio de Janeiro, que tem a maior taxa de incidência no país. A dengue, doença endêmica no estado, também é um importante problema de saúde publica.

Por fim, Brunet, destacou que houve um acréscimo significativo no acesso da população aos benefícios das novas tecnologias - em especial às tecnologias de informação e comunicação. Já a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Maria da Piedade Morais, que coordenou o projeto, ressaltou a importância estratégica da relatoria estadual dos ODMs para o fortalecimento do monitoramento e avaliação de políticas publicas e da função planejamento nos estados.

Segundo Piedade, doenças infectocontagiosas como a dengue e a tuberculose, que apresentam índices ruins no estado do Rio de Janeiro, estão relacionadas com a falta de saneamento e condições de moradia adequadas. Isso se aplica, sobretudo, nas diversas favelas e nos assentamentos precários.

Leia a íntegra do relatório Objetivos de Desenvolvimento do Milênio do Rio de Janeiro

Veja os gráficos da apresentação sobre o 4º Prêmio ODM Brasil

Veja os gráficos da apresentação sobre o relatório ODM do Rio de Janeiro

Abertas as inscrições para o 4º Prêmio ODM Brasil

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