Bahia obteve avanços em indicadores socioeconômicos

Bahia obteve avanços em indicadores socioeconômicos

Relatório com balanço foi apresentado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no primeiro dia da Code/BA

Os indicadores de desenvolvimento socioeconômicos da Bahia têm demonstrado avanços significativos, de acordo com o relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Série Indicadores Socioeconômicos: Bahia, de 2001 a 2009. Os índices que mais melhoraram foram emprego e renda, abastecimento de água, educação, saneamento básico e distribuição de renda.

A apresentação do documento ocorreu nesta terça-feira (4), durante a abertura da Conferência do Desenvolvimento, edição Bahia (Code/BA), promovida pelo Ipea e Governo do Estado. O evento contou com a presença do governador Jaques Wagner na cerimônia de abertura e prossegue até esta quarta-feira (5) no Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador.

Os dados demonstram que a renda familiar per capita dos baianos subiu de R$ 300, em 2001, para R$ 400, em 2009. O rendimento médio dos trabalhadores ficou acima de R$ 600, enquanto em 2001 era de R$ 500. Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), durante o mesmo período, o número de empregados com carteira assinada chegou a 50%.

Mais estudos
De acordo com o relatório do Ipea, os baianos também passaram a ficar mais tempo na sala de aula, em média seis anos de estudos, enquanto em 2001 o tempo médio era de cinco anos. Outro dado positivo está na redução do analfabetismo, que caiu de cerca de 25% para aproximadamente 16% da população.

“Esses dados mostram que todos os indicadores que se referem aos territórios da Região Nordeste melhoraram muito. Porém, a caminhada ainda é longa. Esses estudos são fundamentais para podermos conhecer caminhos e soluções que melhorem ainda mais esses índices”, disse o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Francisco de Assis. Para ele, a Code/BA tem essa finalidade por discutir o desenvolvimento dos estados e das regiões do Brasil.

Redução da pobreza
Segundo a secretária da Casa Civil da Bahia, Eva Chiavon, o governo estadual tem promovido diversas políticas públicas visando ao desenvolvimento econômico e social do estado, por meio de projetos de infraestrutura, atração de investimentos e políticas sociais.

“Todos esses resultados fazem parte de uma estratégia utilizada pelos governos federal e estadual, que resolveram unir desenvolvimento econômico com o social. Houve uma redução da pobreza, uma mobilidade social de 1,3 milhão de baianos que ascenderam à melhoria da renda”, disse a secretária, acrescentando que a política social do governo vai continuar, a fim de melhorar o acesso a saúde, reduzir o desemprego, o analfabetismo e promover outras melhorias.

Outro dado importante é a melhoria no índice de Gini (medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, comumente utilizada para calcular a desigualdade de distribuição de renda) do estado, que em 1992 apresentou um coeficiente de 0,60. Já em 2008, o índice baiano ficou em 0,56 – quanto mais próximo de 0 o índice, menor a desigualdade.

Infraestrutura
Para que o estado continue melhorando os índices socioeconômicos, o Governo da Bahia tem buscado investimentos e garantido recursos para obras de infraestrutura, como a Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), o Porto Sul e a recuperação de rodovias. Segundo o secretário do Planejamento, Zezéu Ribeiro, "as prioridades do estado foram garantidas no Plano Plurianual 2012-2015, e serão mais de R$ 9,8 bilhões da União destinados ao estado no próximo ano".

Entre os investimentos garantidos pela proposta orçamentária para 2012, estão os da área de transporte, que contará com R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão destinado à construção da Fiol, no trecho que vai de Ilhéus a Barreiras. Há também a implantação dos parques eólicos no estado, que têm previstos recursos de R$ 315 milhões da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) no município de Casa Nova.