Otimismo das famílias aumenta em outubro

Otimismo das famílias aumenta em outubro
Apesar de oscilar, Índice de Expectativas das Famílias se manteve durante o ano na faixa otimista

A 15ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) foi apresentada hoje em coletiva pública na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, e apontou aumento de 1,6% em relação a setembro. O IEF de outubro registrou 64,7 pontos, permanecendo na faixa considerada otimista. Os técnicos da Assessoria Técnica da Presidência do Ipea, André Calixtre e Erivelton Guedes, fizeram a apresentação dos dados.

Guedes destacou que o IEF segue parâmetros internacionais para sua confecção, e que as entrevistas domiciliares são feitas de forma a representar a opinião de toda a família abordada. “As entrevistas são feitas em 214 cidades, todas as capitais e demais cidades selecionadas por sorteio”, explicou. A margem de erro é de 5%, e os dados foram coletados na primeira e segunda semana de outubro.

Calixtre afirmou que o índice tem apresentado ótimo grau de otimismo entre as famílias, ficando entre 63 e 67 pontos no último ano. Nos últimos meses, a partir de maio, a oscilação foi grande, o que, para ele, é reflexo das notícias divergentes sobre a economia em todo o mundo, que vêm confundindo a opinião das famílias. “Apesar da oscilação, o otimismo vem se mantendo em um ótimo nível”, avaliou.

De maio a outubro deste ano, o Centro-Oeste se manteve como a região mais otimista (75,5 pontos), ao passo que houve queda das expectativas no Sul (60,9) e aumento razoável no Norte (60) e Nordeste (66,4).

Mais da metade das famílias, 59%, acredita que a situação econômica do Brasil vai melhorar no próximo ano, e 29% creem que vai piorar. 11% não sabem. Novamente, o Centro-Oeste apresenta o maior otimismo: 79,3%, enquanto apenas 39,8% das famílias sulistas acreditam na melhora da economia nacional no período.

“A expectativa com relação à situação nacional cresce na medida em que o nível de escolaridade aumenta, mas não nas famílias com nível superior completo ou pós-graduação”, observou Calixtre.

Dentro de casa
72,1% das famílias entrevistadas acreditam que sua situação financeira melhorou no último ano, e 23,3%, que piorou. Por região, o Centro-Oeste foi mais o otimista, com 84,6%, e o Sul, o mais pessimista, com 60,4 pontos percentuais.

Para o próximo ano, 80% acreditam que a situação da própria família vai melhorar. “Quanto maior a escolaridade, maior a expectativa de melhora da situação da família, o que vem se repetindo em todas as edições do IEF”, disse Calixtre.

54,2% das famílias declararam não ter qualquer tipo de dívida, ao passo que somente 7,9% se consideram muito endividadas. Desse último grupo, apenas 12% acreditam que são capazes de quitar a totalidade de seus débitos.

Confira a íntegra do Índice de Expectativas das Famílias (IEF)