Situação social no ES teve avanços entre 2001 e 2009
Publicado em 20/01/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h46
Publicado em 20/01/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h46
Situação social no ES teve avanços entre 2001 e 2009
Estudo apresentado em Vitória pelo presidente do Ipea contém balanço do desempenho estadual em nove áreasO Espírito Santo registrou, na primeira década do século, trajetória de melhoria em grande parte dos temas sociais analisados no estudo Situação Social nos Estados. O balanço foi apresentado nesta quinta-feira, dia 19, às 10h, pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, em Vitória. A coletiva pública ocorreu no Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com a presença do diretor do instituto, José Edil Benedito, do secretário de Saúde do estado, Tadeu Marino, e do secretário de Assistência Social e Direitos Humanos em exercício, Marcelo Pimentel.
José Edil deu as boas-vindas ao público que lotou o auditório do IJSN e afirmou que o foco da atual gestão no estado é a “erradicação da pobreza e distribuir os frutos do progresso que o Espírito Santo tem conquistado nos últimos anos”. “O Instituto Jones dos Santos Neves é um primo do Ipea nesse processo de trabalho para o desenvolvimento do país”, complementou.
O estudo analisa o panorama do estado nas áreas de demografia, previdência, renda, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda do trabalho, educação, saneamento e habitação, além de cultura. “O Espírito Santo reduziu a pobreza extrema de maneira mais rápida que o Brasil e a região Sudeste. De 2001 a 2009, ela caiu 67,5% no estado”, disse o presidente do Ipea. “A evolução da renda no campo foi fator importante para essa redução.” O estudo leva em conta a linha oficial de extrema pobreza adotada pelo governo federal, ou seja, renda per capita inferior a R$ 67,07 por mês.
Ele acrescentou que o Espírito Santo consegue diminuir a pobreza e a desigualdade ao mesmo tempo. “Em oito anos, o índice de Gini do estado caiu de algo próximo a 0,6 para 0,527, o que não é pouca coisa. Mas o índice continua maior que o do Sudeste e abaixo do brasileiro”. Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a desigualdade na distribuição do rendimento.
Segurança
Pochmann afirmou que a questão da insegurança no estado ainda precisa ser melhorada. O estudo revela que a taxa de homicídios masculina (número de mortes por 100 mil habitantes) para a faixa etária de 15 a 29 anos aumentou 17,3% entre 2001 e 2007. No Brasil, a taxa teve redução de 7% no mesmo período. Entre os pontos positivos, o presidente do Ipea destacou as áreas vinculadas a infraestrutura, como saneamento e habitação. “Educação e mesmo saúde avançaram, mas eu diria que os progressos são relativamente pequenos diante da herança que trazemos”, explicou.
O Espírito Santo praticamente universalizou o abastecimento adequado de água e o acesso à energia elétrica, mas a média de anos de estudo está abaixo da registrada na região Sudeste e empatada com a média nacional (7,55 anos). A taxa de mortalidade infantil, de 13,99 menores de um ano de idade mortos a cada mil nascidos vivos, é melhor que a observada no Brasil (20) e na região (14,6).
Em relação à renda domiciliar per capita, o Espírito Santo se aproxima da média da região Sudeste. “Em 2001, a renda era de R$ 473 no estado e R$ 647 no Sudeste. Desde então, a renda no estado evoluiu 33,4%”, disse Pochmann. “Mantido esse movimento, possivelmente daqui a 10 anos a renda domiciliar per capita do Espírito Santo será equivalente à da região Sudeste”. A pesquisa traz, ainda, dados sobre o acesso à internet no estado e a quantidade de telefones celulares.
Leia a íntegra do estudo Situação Social nos Estados - Espírito Santo
Veja os gráficos da apresentação sobre o estudo Situação Social nos Estados - Espírito Santo