Goiás aumentou renda, mas piorou cobertura previdenciaria
Publicado em 09/02/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h40
Publicado em 09/02/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h40
Goiás aumentou renda, mas piorou cobertura previdenciaria
Estudo Situação Social nos Estados trouxe indicadores em áreas como saúde, educação e previdência
Goiás tem uma população relativamente jovem e, por isso, uma baixa razão de dependência demográfica (número de idosos dividido pela população economicamente ativa). Isso reduz o peso das aposentadorias no gasto público, mas, mesmo em situação demográfica privilegiada, o estado ainda nao conseguiu atingir a cobertura previdenciaria do restante do país.
Em 2009, apenas 68% dos goianos com 60 anos ou mais recebiam benefícios da previdência social, um pouco acima da média do Centro-Oeste (67%) e quase dez pontos percentuais menor que a brasileira. E esse índice reduziu na última década, em 2001 registrava 70,6%.
"O dado da previdência em Goiás surpreendeu, por ser muito baixo. Mesmo entre a população rural, que nao precisa comprovar contribuição, ele é pequeno. É preciso combater o problema neste momento em que o estado tem uma condição demográfica boa", afirmou André Calixtre, assessor técnico da presidência do Ipea.
Demografia e previdência sao alguns dos temas da política social presentes na publicação Situação Social nos Estados: o caso de Goiás, divulgada pelo Ipea nesta quarta-feira, 8. A coletiva ocorreu na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon-GO), em Goiânia.
No período coberto pelo estudo, 2001 a 2009, o estado de Goiás, assim como boa parte do país, teve um expressivo aumento na renda domiciliar per capita, que passou de R$ 465,2 para R$ 629, crescimento de 35,3%. Esse ganho permitiu que a renda goiana atingisse a nacional, apesar de permanecer aquém da média do Centro-Oeste, muito influenciada pelo Distrito Federal.
Ao mesmo tempo, houve redução na desigualdade, medida pelo índice de Gini. Em Goiás, a desigualdade já eram menor que no resto do país e caiu de forma mais acelerada. Era 56, em 2001, e passou para 50 em 2009. No Gini, quanto mais perto de 100, maior a desigualdade.
"O aumento de renda e diminuição da desigualdade sao as razoes que explicam a queda na pobreza e na pobreza extrema. Em Goiás, o índice de pobreza extrema caiu de 6% para 3% na década", analisou Calixtre.
Indicadores
Todos os estudos da série Situação Social nos Estados apresenta e analisa sinteticamente 19 indicadores principais de áreas da política social: emprego e renda, saúde, educação, demografia, seguridade, entre outros. Há ainda um anexo estatístico em que é possível combinar o dados de acordo com as necessidades do leitor, seja ele gestor público, pesquisador, estudante, etc.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Goiás
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social no Goiás