MG apresenta evolução positiva de indicadores sociais

MG apresenta evolução positiva de indicadores sociais

 

Em alguns setores da área social, o estado avançou mais rapidamente que o Brasil

De maneira geral, o estudo Situação Social dos Estados – Minas Gerais, apresentado no teatro da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira, 13, mostra que houve uma evolução positiva dos indicadores sociais no estado na última década. “Em alguns setores da área social, Minas Gerais avançou mais rapidamente que o Brasil, especialmente quando se observa a situação dos trabalhadores do campo, no que diz respeito, por exemplo, à renda e a determinados serviços”, disse o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pocmann.

Em Minas Gerais, a renda domiciliar per capita em 2001 era de R$ 452,9. Em 2009, elevou-se para R$ 631,2. O crescimento de 39,4% no período foi além da média nacional, que registrou aumento real de 23,5% e também da região, que foi de 17,3%. As desigualdades de renda média diminuíram um pouco, uma vez que a renda domiciliar per capita na zona rural teve crescimento de 49%, superior ao observado na urbana (36,7%), passando de R$ 224,3, em 2001, para R$ 334,2 em 2009.

Ainda assim, a discrepância entre esses indicadores rurais e urbanos chama a atenção. Mesmo com esse bom desempenho, em termos do crescimento de renda observado nos últimos anos, o estado alcançou a média nacional, em 2009, mas ainda exibe patamares inferiores ao da região Sudeste como um todo.

Pobreza em queda

No que diz respeito à ao número de extremamente pobres, população com renda per capita inferior a R$ 67,07 por mês, em 2009 Minas Gerais apresentou tendência de queda. Em 2001, 9% da população vivia em pobreza extrema e em 2009 este índice sofreu diminuição para 3%. Comparada à da Região Sudeste, essa trajetória foi mais intensa. No mesmo período, a pobreza extrema na região passou de 5,6% para 2,3%. Os índices nacionais são de 10,5% e 5,2% para 2001 e 2009, respectivamente.

No contexto rural, os indicadores de pobreza extrema apresentados, 19,7% em 2001 e 5,6% em 2009, acompanham a tendência de queda observada no resto do estado, porém com intensidade ainda maior.

Quanto à desigualdade de renda, pelo Índice de Gini, os números vêm caindo, com a média do Sudeste inferior à nacional e a de Minas Gerais muito próxima à da região durante toda a década. Na área rural, a desigualdade é inferior à urbana.

Aspectos negativos

De acordo com Pochmann, a pesquisa identificou outros seguimentos com evolução abaixo da média nacional. Sobretudo se levar-se em consideração que Minas Gerais está entre os estados do Sudeste, a região mais rica do país e ainda possui uma renda domiciliar inferior à verificada na região. Da mesma forma os quesitos educaçao e e segurança – especialmente na taxa de homicídios masculina, que apresentaram desempenho ruim.

“O objetivo deste estudo é oferecer uma visão mais ampla da questão social no Brasil e também em cada estado, de forma a permitir que os gestores públicos e a sociedade tenham uma maior compreensão a respeito do quadro social que estamos vivendo nesta primeira década do século XXI”, concluiu.

Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Minas Gerais