Ipea encerra programação do estande no Píer Mauá

Ipea encerra programação do estande no Píer Mauá

 

Evento debateu as emissões de gases do efeito estufa no transporte internacional aéreo e marítimo

O último evento da programação do estande do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no Píer Mauá, em 21 de junho, teve auditório cheio, com a presença da presidenta da Instituição, Vanessa Petrelli Corrêa, e do diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanos e Ambientais, Francisco de Assis Costa. Participaram da mesa de discussão Marcelo Versiani, especialista em meio ambiente e aviação, atualmente na Divisão de Relações Urbanas e Meio Ambiente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e Mauro Meireles de Oliveira Santos, supervisor especialista em análise de emissões de gases de efeito estufa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Os técnicos debateram as emissões de gases de efeito estufa no transporte marítimo e aéreo internacionais.  A mesa questionou o fato dessas emissões não fazerem parte dos inventários nacionais dos países e, portanto, não estarem sujeitas a qualquer controle ou a metas de redução. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima definiu uma lista de países desenvolvidos que devem tomar a iniciativa no combate à mudança do clima. Metas de redução de emissões foram estabelecidas no Protocolo de Quioto para eles. “No entanto, estava claro desde então que as emissões provenientes do transporte aéreo e marítimo internacional não estavam incluídas nos inventários nacionais, simplesmente por não haver um critério acordado que pudesse nortear a separação de responsabilidade por essas emissões”, informou Mauro Santos.

A emissão de gases no transporte internacional é estimada e colocada no que se convencionou chamar de International Bunker. Até agora, as negociações nas conferências do clima não chegaram a consensos sobre uma solução para esse problema. A mesa sugeriu que seja elaborada uma proposta para solucionar o impasse nas negociações para a divisão do International Bunker, respeitando-se o princípio das “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”.