IEF cresceu na comparação com julho de 2011
Publicado em 20/08/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h11
Publicado em 20/08/2012 - Última modificação em 22/09/2021 às 02h11
IEF cresceu na comparação com julho de 2011
Presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, divulgou, no Rio de Janeiro, as expectativas das famílias
A expectativa das famílias brasileiras com relação à situação financeira e à economia do país melhorou, se comparada ao mesmo período do ano passado. Os dados estão no 24º Índice de Expectativas das Famílias, apresentado à imprensa pela presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, em 17 de agosto, no Rio de Janeiro. O IEF ouviu 3.810 famílias de 200 municípios. O estudo ajuda a entender a dinâmica de consumo no Brasil por meio de níveis de renda e educação e as variações existentes nas cinco macrorregiões brasileiras.
No período analisado, o IEF no país aumentou de 63,5% para 68,2%. Segundo Petrelli, uma das motivações do aumento foi a política de queda dos juros implantada pelo governo no segundo semestre do ano passado. A perspectiva de melhoria, contudo, varia nas cinco macrorregiões do Brasil: no Norte e no Sul, o otimismo das famílias é menor que nas outras regiões, devido a algumas especificidades. A região Norte tem uma complexidade única e conta com municípios do tamanho de estados, e a Sul apresenta polos de industrialização tradicionais que apresentaram desaceleração nos últimos meses, ocasionando estagnação da economia local.No âmbito geral, há um cenário favorável de crescimento para o futuro. Nos próximos 12 meses, há perspectiva de melhoria nas famílias que ganham de quatro a cinco salários mínimos, com escolaridade nos níveis fundamental e médio. Para os próximos cinco anos, 60,8% dos brasileiros estão otimistas, e a região com respostas mais positivas é o Centro-Oeste, com 83,2%. Essa crença em um futuro mais confortável se deve à colocação no mercado de uma fatia da população brasileira que tinha baixos níveis de escolaridade ou que não tinha emprego formal.
No estudo, também foi constatada a relação direta entre os índices de compra de bens de consumo duráveis e a porcentagem de endividamento das famílias no país. Enquanto no Centro-Oeste 69,3% consideram que este é um bom momento para se adquirir bens de consumo duráveis, 92% das famílias dizem não ter dívidas relacionadas à compra de bens, o que mostra a prosperidade da região. O Norte, por sua vez, atinge um bom patamar: 69,3% não acham um bom momento para adquirir bens duráveis, mas apenas 9% disseram estar muito endividados.
Leia a íntegra do Índice de Expectativas das Famílias de julho