IEF cresceu na comparação com julho de 2011

IEF cresceu na comparação com julho de 2011

 

Presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, divulgou, no Rio de Janeiro, as expectativas das famílias

 

A expectativa das famílias brasileiras com relação à situação financeira e à economia do país melhorou, se comparada ao mesmo período do ano passado. Os dados estão no 24º Índice de Expectativas das Famílias, apresentado à imprensa pela presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, em 17 de agosto, no Rio de Janeiro. O IEF ouviu 3.810 famílias de 200 municípios. O estudo ajuda a entender a dinâmica de consumo no Brasil por meio de níveis de renda e educação e as variações existentes nas cinco macrorregiões brasileiras.

No período analisado, o IEF no país aumentou de 63,5% para 68,2%. Segundo Petrelli, uma das motivações do aumento foi a política de queda dos juros implantada pelo governo no segundo semestre do ano passado. A perspectiva de melhoria, contudo, varia nas cinco macrorregiões do Brasil: no Norte e no Sul, o otimismo das famílias é menor que nas outras regiões, devido a algumas especificidades. A região Norte tem uma complexidade única e conta com municípios do tamanho de estados, e a Sul apresenta polos de industrialização tradicionais que apresentaram desaceleração nos últimos meses, ocasionando estagnação da economia local.

No âmbito geral, há um cenário favorável de crescimento para o futuro. Nos próximos 12 meses, há perspectiva de melhoria nas famílias que ganham de quatro a cinco salários mínimos, com escolaridade nos níveis fundamental e médio. Para os próximos cinco anos, 60,8% dos brasileiros estão otimistas, e a região com respostas mais positivas é o Centro-Oeste, com 83,2%. Essa crença em um futuro mais confortável se deve à colocação no mercado de uma fatia da população brasileira que tinha baixos níveis de escolaridade ou que não tinha emprego formal.

No estudo, também foi constatada a relação direta entre os índices de compra de bens de consumo duráveis e a porcentagem de endividamento das famílias no país. Enquanto no Centro-Oeste 69,3% consideram que este é um bom momento para se adquirir bens de consumo duráveis, 92% das famílias dizem não ter dívidas relacionadas à compra de bens, o que mostra a prosperidade da região. O Norte, por sua vez, atinge um bom patamar: 69,3% não acham um bom momento para adquirir bens duráveis, mas apenas 9% disseram estar muito endividados.

Leia a íntegra do Índice de Expectativas das Famílias de julho