Complemento de renda impulsiona o Bolsa Família

Complemento de renda impulsiona o Bolsa Família

Dados analisados pelo Ipea embasaram explicação de Tereza Campello sobre a evolução do programa

Em cerimônia no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 19, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, utilizou dados analisados pelo Ipea para explicar a evolução no número de famílias retiradas da situação de pobreza extrema. Durante o evento, a presidenta Dilma Rousseff anunciou o complemento de renda do Bolsa Família para alcançar os últimos 2,5 milhões de beneficiários do programa que ainda permanecem em situação de miséria.

Com isso, o programa não terá mais nenhuma família recebendo menos de R$ 70 por pessoa. Em sua apresentação, Tereza Campello exibiu gráficos com informações publicadas na Nota Técnica nº 14 da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, intitulada O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso: uma análise do potencial de redução da pobreza extrema.

“O Ipea pegou dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), ficha por ficha, e simulou o que aconteceria se o Brasil Carinhoso fosse computado na PNAD de 2011. Segundo os dados da PNAD, restariam 0,6% da população, dos 194 milhões de brasileiros, em situação de extrema pobreza”, disse a ministra durante entrevista coletiva após o evento. “É um trabalho que está à disposição de todos e vale a pena ser lido, recomendo muito fortemente. Vamos fazer uma mesa técnica na semana que vem para poder discuti-lo com mais rigor”. A Nota Técnica está acessível no Portal Ipea.

Segundo Tereza Campello, o benefício complementar é um primeiro passo para a superação da miséria. “É só um começo, não vamos nos limitar à miséria monetária. Está em curso a verdadeira reforma: colocar o Estado a serviço de quem mais precisa”, destacou. A cerimônia contou com a presença de vários ministros e também do presidente do Ipea, Marcelo Neri.