Brasil sedia iniciativa mundial de combate à pobreza

Brasil sedia iniciativa mundial de combate à pobreza

Objetivo é partilhar conhecimentos sobre políticas públicas bem-sucedidas 

O Brasil vai sediar a Iniciativa de Conhecimento e Inovação para a Redução da Pobreza, um banco de experiências acumuladas para permitir o estudo e a replicação internacional de políticas públicas e tecnologias sociais bem-sucedidas. O projeto foi lançado em Brasília nesta terça-feira, 05/03, em acordo assinado pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, pelo diretor do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC-Pnud), Jorge Chediek, e pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri.

"À medida que cresce o interesse do mundo sobre as políticas de combate à desigualdade e à pobreza desenvolvidas no Brasil, se consolida o reconhecimento internacional do Ipea como centro de referência para pensar, articular, avaliar e formular propostas nessa área. Hoje o Brasil exporta tecnologias sociais e o Ipea não para de ser procurado por instituições de pesquisa e governos estrangeiros interessados em conhecê-las. Há também o apoio do Instituto em iniciativas subnacionais. Esse projeto é uma oportunidade para ampliar nossa articulação com outros países e também estados e cidades, trocar o conhecimento prático produzido entre instituições públicas, multilaterais, da sociedade civil e com pessoas", afirmou Neri.

A iniciativa faz parte de um esforço global do Banco Mundial e de países parceiros para produzir e compartilhar conhecimento sobre a implementação efetiva de políticas públicas, frequentemente definida por Jim Yong Kim como a “ciência da entrega”. Como argumenta o presidente do Banco Mundial, empresas de alto desempenho se destacam pela forma como atendem às expectativas de seus clientes ao entregar bens e serviços, mas essa capacidade também é crucial para o setor público, como parte de seu contrato social com os cidadãos.

Jorge Chediek, do Pnud, salientou a importância das políticas sociais, sobretudo as voltadas à redução da pobreza, que devem ser incorporadas ao projeto de futuro de um país. O programa Bolsa Família foi reconhecido por todos os presentes como o programa base que norteará a criação de outras iniciativas ao redor do mundo. Três fatores contribuem para isso: por ser um programa que pode ser replicado em outros países; por criar um cadastro unificado; e por mapear as famílias mais pobres.

“O Brasil sedia essa parceria por suas iniciativas, com um desenvolvimento que incluiu grande parcela da sociedade”, destacou a ministra do MDS. Campello encerrou o evento destacando que o país caminha para erradicar a miséria.

Vídeo: Banco Mundial lança iniciativa com o Ipea, PNUD e MDS