Debatedores analisaram políticas sociais, de crédito e inovação

Debatedores analisaram políticas sociais, de crédito e inovação
Sessões sobre os três temas ocorreram na tarde desta terça-feira, 24, no seminário Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas

Na tarde desta terça-feira, 23, a quinta sessão do seminário Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas: instrumentos e experiências teve como moderador o diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Guilherme Resende, e analisou políticas de crédito. Daniel da Mata, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto, apresentou um estudo que avaliou os efeitos do crédito no desenvolvimento do semiárido brasileiro.

O estudo procurou investigar o impacto do crédito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Agroindústria do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco do Nordeste, no desenvolvimento econômico e do setor bancário de 102 municípios. “Apesar da oferta de mais crédito não ter prejudicado a atividade bancária local, não houve um aumento na produção”, concluiu Da Mata. Já Leonardo de Oliveira Santos, gerente do Departamento de Avaliação, Inovação e Conhecimento do BNDES, destacou a avaliação das políticas implementadas pela instituição. Um de seus conceitos de avaliação é a eficácia. “A leitura adotada sobre a eficácia é baseada nas entregas imediatas do programa”, explicou. Em seguida, Michael Christian Lehmann, professor-adjunto do Departamento de Economia da UnB, fez ponderações sobre as avaliações que são feitas atualmente versus os incentivos aplicados.

A segunda mesa da tarde debateu a avaliação de políticas de inovação e teve como moderadora a diretora-adjunta de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Ipea, Flávia de Holanda Schmidt Squeff. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto Bruno César de Araújo destacou as publicações do Instituto – como o Boletim Radar, que ajudam a responder sobre quais os melhores sistemas de avaliação de políticas. “É uma resposta difícil, porque todo o país utiliza formas diferentes”, ponderou. João De Negri, também pesquisador do Ipea, reforçou que “precisamos nos dedicar cada vez mais a analisar e avaliar”. Ele pontuou que as políticas de inovação no Brasil são muito recentes, mas que “já estamos encontrando um caminho para o seu desenvolvimento”.

Subsídio à decisão
A última sessão do dia recebeu Joana Simões, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, que discorreu sobre a avaliação de programas de transferência de renda direto do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as instituições de ensino. Alexandro Rodrigues Pinto, diretor de Avaliação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, foi enfático ao dizer que os resultados da avaliação são um dos vários indícios sobre a realidade que precisam ser considerados pelo tomador de decisão. 

Numa avaliação de impacto de uma política social, para Diana Sawyer, coordenadora de Pesquisa do IPC-IG, ligado ao PNUD, uma pergunta precisa ser feita: “essa política fez alguma diferença na vida das pessoas?”. A diretora também destacou que avaliações como essa são de longo prazo e não servem para corrigir ações de curto prazo. Por fim, Carlos Henrique Corseuil, coordenador de Estudos e Pesquisas em Trabalho e Renda da Disoc/Ipea, apresentou a avaliação de um programa de inserção de jovens no mercado de trabalho. A mesa foi moderada por Leonardo Alves Rangel, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea.

Veja a íntegra das mesas 5, 6 e 7, que debateram a avaliação de políticas sociais, de crédito e de inovação

Autoridades destacam o papel da avaliação de políticas

Sessões abordaram conceitos e sistemas de avaliação

Seminário abordou uma variedade de métodos de avaliação