Ipea compôs o comitê julgador do Prêmio Cidade Pró-Catador

Ipea compôs o comitê julgador do Prêmio Cidade Pró-Catador

Pesquisadores do Instituto ajudaram a escolher os vencedores da 3° edição da premiação, ocorrida em São Paulo

Técnicos do Ipea formaram o comitê julgador da terceira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador, uma realização da Secretaria de Governo da Presidência da República, em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB). É o terceiro ano consecutivo que o Instituto participa desta inciativa, que tem por objetivo reconhecer e valorizar boas práticas de inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis.

Para a técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto Fernanda Lira Goes, o Prêmio consegue mostrar como as iniciativas inscritas estão avançando na execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos, nas dificuldades e possibilidades de vontade política em ultrapassar os desafios. "Imagino que apesar do atraso no fechamento dos lixões em 2014, no próximo ano os prefeitos brasileiros estarão empenhados em contribuir coletivamente com a PNRS", disse . Ela acrescentou que o prêmio imprime ao Ipea condição de acompanhar a política e, de certo modo, avaliar a execução.

Os prêmios de até R$ 120 mil foram entregues aos projetos vencedores nesta segunda-feira (30), na 6ª Expocatadores, em São Paulo. As experiências desenvolvidas pelos gestores dos 68 projetos inscritos foram avaliadas de acordo com critérios contidos no edital: sustentabilidade, inovação, participação da comunidade, entre outros.

Os municípios foram escolhidos em quatro categorias de premiação, conforme o número de habitantes. Canoas, no Rio Grande do Sul, premiado na categoria "acima de 300 mil habitantes", desenvolve há cinco anos o programa de coleta seletiva compartilhada e de inclusão socioprodutiva de catadores, sendo esta a principal fonte de renda dos 134 trabalhadores empregados nas quatro cooperativas associadas à gestão municipal.

Cachoeira de Minas (MG), que até 2007 não dispunha de coleta seletiva, agora conta com o serviço, o que fez ampliar a renda dos catadores de resíduos sólidos de R$ 300 para R$ 1.100. Já no município paranaense de Campo Largo, a gestão dos resíduos foi fortalecida e a coleta se estendeu para 100% da área urbana da cidade, aumentando também a renda dos trabalhadores envolvidos. Por fim, Santa Terezinha (PR), já finalista de outra edição do prêmio, atualmente tem 70% do território alcançado pelo reaproveitamento de materiais.

O prêmio

Lançado em setembro de 2013, a primeira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador teve 63 inscritos e, como vencedores, os municípios de Arroio Grande (RS), Bonito de Santa Fé (PB), Crateús (CE) e Ourinhos (SP). A segunda edição, que teve como público-alvo municípios ou consórcios intermunicipais, recebeu mais de 80 inscrições, das quais foram selecionadas as iniciativas de Londrina (PR), Santa Cruz do Sul (RS), Manhumirim (MG) e Brazópolis (MG).

Além do Ipea, o Prêmio Cidade Pró-Catador conta, ainda, com a colaboração do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).