Ipea realiza oficina sobre adequação, ao Brasil, das metas vinculadas aos ODS

Ipea realiza oficina sobre adequação, ao Brasil, das metas vinculadas aos ODS
Representantes de todos os ministérios do Executivo federal, da Presidência da República, de autarquias e fundações públicas participaram do evento

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveu, em 2017 e no começo de 2018, diversas reuniões de debate sobre a adequação, à realidade brasileira, das 169 metas estabelecidas no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Nos dias 12 e 13 de abril, representantes de todos os ministérios do Executivo federal, da Controladoria Geral da União, de autarquias e fundações públicas participaram, na sede do Ipea, em Brasília, da 1ª Oficina Governamental de Adequação das Metas.

O objetivo do encontro é levantar sugestões e melhorias, entre os integrantes de diversas instituições do governo federal, à proposta de adequação das metas dos ODS feita pelo instituto. Tanto o Ipea quanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prestam assessoramento permanente à Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Na mesa de abertura do encontro, o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, explicou que os ODS são um tema de interesse global e, cada vez mais, tornam-se de extrema relevância para o país.

Lozardo lembrou que o Ipea recebeu a responsabilidade de acompanhar a adequação do Brasil aos ODS e que todos os objetivos são importantes, mas têm a economia como pilar. Nesse sentido, o presidente afirmou que o trabalho do Ipea é dar qualidade ao crescimento econômico. “O gasto público tem de ser feito com qualidade”, finalizou. O presidente do IBGE, Roberto Luis Olinto Ramos, ressaltou a necessidade de compreensão das metas e de como o Brasil pode contribuir para os ODS. “Trabalhamos na base dos indicadores e partimos para a definição das metas nacionais. Tínhamos que entender as metas e ver o que poderia ser feito. E, agora, precisamos pensar de que maneira se contribuirão e se proporão indicadores para o Brasil”.

Planejamento de longo prazo
Para o diretor de Programa da Secretaria-Executiva do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Marcelo Leandro Ferreira, um dos desafios relacionados aos ODS é traduzir os compromissos assumidos internacionalmente para as políticas públicas brasileiras, fazendo com que reflitam essas metas. “O ministério tem tido uma atuação ativa na coordenação nacional dos ODS. Tem sido um trabalho frutífero e temos alguns produtos, como o PPA Cidadão, que fazem um alinhamento com os ODS.”

O secretário Nacional de Articulação Social da Presidência da República, Henrique Villa da Costa Ferreira, questionou o fato de os planos de governo no Brasil não serem de longo prazo. “Sempre me deixou desconfortável um país como o nosso não conseguir pensar mais do que quatro anos. A oportunidade de retomar o planejamento de longo prazo tem como motivação a Agenda 2030 (da Organização das Nações Unidas).”

Sobre o evento
Após a mesa de abertura, grupos se reuniram em oficinas, na sede do Ipea, para discutir as metas propostas para cada um dos 17 ODS: Erradicação da Pobreza; Vida na Água; Indústria, Inovação e Infraestrutura; Ação contra a Mudança Global do Clima; Paz, Justiça e Instituições Eficazes; Vida Terrestre; Fome Zero e Agricultura Sustentável; Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Igualdade de Gênero; Energias Limpa e Acessível; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Parcerias e Meios de Implementação; Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Redução das Desigualdades; Consumo e Produção Responsáveis; Água Potável e Saneamento.