Agenda Brics e participação brasileira no grupo é tema de debate no Ipea

Agenda Brics e participação brasileira no grupo é tema de debate no Ipea


O evento ocorreu nesta quinta-feira, 3, na sede do Ipea, em Brasília, e trouxe contribuições de várias autoridades sobre a agenda de cooperação entre os países do Brics

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) realizaram na quinta-feira, 3 de maio, o workshop A Agenda do Brasil para o Brics: aonde chegamos e para onde vamos?, das 9h30 às 18h30, no auditório do 16º andar da sede do Ipea, em Brasília. O evento trouxe contribuições de várias autoridades sobre a agenda do BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na perspectiva de que o Brasil assumirá a presidência do grupo em 2019, os especialistas discutiram estratégias de desenvolvimento em linha com a agenda do Brics, como, por exemplo, formas de alavancar a economia brasileira a partir do apoio do grupo.

O workshop foi dividido em três mesas de debates. Foram abordados temas como a agenda econômica de cooperação, segurança internacional, agenda estratégica e cooperação para o desenvolvimento em políticas públicas do Brics. Também foram discutidos pontos específicos como a criação de grupos de trabalho, o combate ao tráfico de drogas, à lavagem de dinheiro, ao crime organizado e aos crimes cibernéticos, além de questões como defesas nacionais, políticas sociais, ciência e tecnologia, a plataforma de pesquisa em vacinas, a plataforma de pesquisa agrícola, o Banco do Brics e a assinatura do Acordo do Escritório Regional das Américas - para instalação no Brasil -, acordo em tramitação que ainda passará pelo Congresso Nacional.

Na mesa de abertura, o presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, destacou a importância do grupo para alavancar a economia brasileira. "A globalização está mexendo com todos os valores, no entanto, a China não passa por uma crise de identidade e continua uma economia forte. Assim, mesmo com laços culturais divergentes, cabe ao Brasil entender o papel da China e se aproximar da potência na relação comercial", comentou Lozardo.

Na discussão sobre propostas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil, o presidente do Ipea aproveitou a ocasião para destacar a relevância do projeto Desafios da Nação, publicação lançada pelo Instituto que traz plano estratégico para o aumento da produtividade. "É impossível qualquer nação navegar nas águas da globalização sem uma estratégia. Este documento vai contribuir para o Brasil alcançar o desenvolvimento", pontuou.