Demanda por bens industriais recua 1% em novembro de 2019

Demanda por bens industriais recua 1% em novembro de 2019


Indicador Ipea aponta que apenas quatro de 22 segmentos da indústria de transformação avançaram na comparação com outubro

 

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 1% em novembro do ano passado, quando comparado a outubro. O desempenho se deve especialmente ao recuo de 5,4% nas importações em novembro, frente ao mês anterior. Em relação ao mesmo período de 2018, a demanda por bens industriais cresceu 2,1%, impulsionada pela produção destinada ao mercado nacional, mesmo com a redução de 4,5% nas importações. Esse resultado voltou a superar o da produção doméstica (-1,7%) medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), do IBGE.

Basicamente, o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais calcula tudo que foi produzido pela indústria no país, mas não foi exportado – ou seja, ficou para consumo interno (ou estoques) –, e adiciona as importações. Portanto, o consumo aparente (CA) é medido pela produção líquida das exportações, adicionadas as importações. Entre as classes de produção, apesar do recuo de 1,7% na indústria da transformação, a extrativa mineral teve crescimento de 14,1% na comparação entre novembro e outubro de 2019, depois de três meses em queda consecutiva.

 

Na indústria da transformação, o desempenho foi ruim em todas as categorias no mês de novembro, em relação a outubro. Bens duráveis (-4,8%) e de capital (-4%) acumularam as maiores quedas. Na comparação com o mesmo período de 2018, os bens intermediários, que abrangem insumos usados pela indústria para produção dos bens finais – por exemplo, a borracha para fabricação de pneus –, tiveram um aumento de 4,1% no consumo aparente.

 

No que diz respeito à abertura setorial da indústria de transformação, apenas quatro segmentos, de um total de 22, tiveram alta em novembro de 2019, frente a outubro: produtos de fumo (10%), têxteis (1,2%), máquinas e equipamentos (4,6%) e produtos derivados de petróleo e de biocombustível (0,9%). As maiores quedas foram registradas pelos setores de produtos alimentícios (-13,1%), artigos do vestuário e acessórios (-30,3%), metalurgia (- 16,2%) e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-36,9%).

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