Novo indicador aponta comércio varejista e serviços como prioritários para apoio público pós-Covid19

Novo indicador aponta comércio varejista e serviços como prioritários para apoio público pós-Covid19


Elaborado pelo Ipea, método identifica a atividades econômicas mais afetadas pela pandemia no Brasil

As atividades do comércio varejista, incluindo restaurantes e serviços de baixa complexidade como mecânicos e transporte de passageiros, deveriam ser priorizadas nas medidas de enfrentamento da crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil. A identificação desses setores foi possível a partir de um indicador desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e proposto para subsidiar o governo federal na definição de políticas públicas de recuperação da economia.

“Temos que priorizar os setores que mais empregam, estão mais presentes em todo o país, têm maior participação de pequenas empresas e o maior percentual de empregados na faixa de 60 anos ou mais”, sintetiza o diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura do Ipea, André Tortato Rauen.

O novo indicador se baseia, preponderantemente, na participação do emprego por setor, a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2018, último ano disponível. Também foram utilizadas a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) e as atividades profissionais, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), com maior participação percentual em cada atividade econômica.

Com essas informações, foi possível estabelecer um ranking das 20 atividades mais afetadas pelo distanciamento social adotado nos diferentes estados brasileiros – nenhuma delas se refere à manufatura. Nesse ranking, estão também o comércio varejista de equipamentos de informática, produtos farmacêuticos e serviços de contabilidade, consultoria e auditoria, manutenção e reparação de veículos automotores, entre outras atividades.

Do ponto de vista profissional, os vendedores de comércio varejista são aqueles mais relevantes no conjunto das atividades pesquisadas. Somam-se operadores de caixa, balconistas, mecânico, motoristas de caminhão e de ônibus, auxiliar de escritório, cabelereiros, entre outras ocupações que compõem o ranking das 20 principais atividades.

O método desenvolvido por Rauen e pelos pesquisadores do Ipea Bianca Paiva, Rafael Leão e Bernardo Furtado, está detalhado no estudo “Identificação de atividades econômicas prioritárias para apoio público emergencial”, que integra o Boletim Radar Especial: Covid-19, divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo Ipea.

Acesse o Boletim Radar

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