Auxílio Emergencial requer melhorias de implementação, aponta estudo

Auxílio Emergencial requer melhorias de implementação, aponta estudo

Estratégia precisa aprimorar acesso e transparência

A operação do Auxílio Emergencial de R$ 600, concedido pelo Governo Federal para o combate à crise econômica provocada pela Covid-19, precisa ser melhorada e o benefício não deve ser suspenso de forma abrupta. Essa é uma das conclusões do estudo “As transferências monetárias federais de caráter assistencial em resposta à COVID-19: mudanças e desafios de implementação”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A pesquisa aponta como um dos desafios da implementação do Auxílio Emergencial a exclusividade do requerimento digital por aqueles que não estavam no Cadastro Único, já que muitas das pessoas que precisam do Auxílio não têm familiaridade com ferramentas tecnológicas. Outro aspecto importante é a transparência do processo de cadastro - muitas pessoas que tiveram o registro inconclusivo não souberam o porquê da divergência, por exemplo, o que as impede de sanar o erro e ter acesso ao benefício.

O período pós auxílio, porém, é o que mais preocupa. Isso porque as pessoas que solicitaram o benefício emergencial não são apenas as que já fazem parte de algum programa social do governo. Está incluída parte da população que não se enquadrava na camada mais pobre da sociedade e que precisou recorrer ao Auxílio devido à crise provocada pela pandemia

“Como será o retorno desses cidadãos ao mercado de trabalho? O Bolsa Família será ampliado para mais beneficiários? É preciso pensar uma maneira em que a saída do Auxílio não deixe na pobreza parcela expressiva de nossa população”, pondera a socióloga Letícia Bartholo, coautora do estudo com os pesquisadores do Ipea Andrea Barreto de Paiva, Marco Natalino, Elaine Cristina Licio e Marina Brito Pinheiro.

O documento analisa também as alterações feitas no âmbito do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Programa Bolsa Família (PBF) como resposta ao combate à pandemia. Leia aqui o estudo na íntegra.


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