Ipea avalia os efeitos da pandemia nos rendimentos dos trabalhadores e o impacto do auxílio emergencial

Ipea avalia os efeitos da pandemia nos rendimentos dos trabalhadores e o impacto do auxílio emergencial


Em maio, brasileiros receberam 82% da renda habitual

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho e o impacto do auxílio emergencial na renda dos brasileiros. Os dados divulgados nesta quinta-feira, 2, revelam que os rendimentos médios da população no mês de maio correspondem a 82% da renda habitual. Os trabalhadores por conta própria foram os mais atingidos: receberam apenas 60% do rendimento habitual.

A análise, feita com base nos microdados da PNAD Covid-19 do IBGE, mostra que os trabalhadores formais foram os menos atingidos. No setor privado, aqueles com carteira assinada receberam 92% do habitual, contra 76% no caso dos trabalhadores sem registro. Já funcionários públicos contratados pela CLT receberam 96% do habitual, enquanto militares e estatutários obtiveram 98%.

Entre outros setores duramente afetados estão trabalhadores de atividades artísticas, esportivas e recreação (55%), transporte de passageiros (57%), hospedagem (63%), serviços de alimentação (65%), atividades imobiliárias (70%), construção (71%) e serviço doméstico (74%). Os trabalhadores menos afetados encontram-se na administração pública (97%), indústria extrativa (92%), serviços de utilidade pública (93%), educação (92%), serviços financeiros (92%) e armazenamento, correios e serviços de entrega (91%).

O impacto da pandemia foi maior nos rendimentos dos idosos (78%) e menor para os jovens (84%). No que diz respeito à escolaridade, os efeitos foram decrescentes - 75% até ensino médio completo e 85% para quem tem ensino superior.

No mês de maio, cerca de 32% dos domicílios não apresentaram nenhuma renda no trabalho. De acordo com o estudo, 5,2% dos domicílios (cerca de 3,5 milhões) sobreviveram apenas com os rendimentos do auxílio emergencial. “O auxílio foi mais efetivo para as famílias com renda mais baixa. Após receber o benefício, os rendimentos nestes domicílios atingiram 103% do que seriam com as rendas habituais”, afirma o economista Sandro Sacchet, autor da análise.  O benefício compensou cerca de 45% do impacto total da pandemia sobre a massa de rendimentos no país.

Acesse a íntegra da análise

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