A Primarização da Pauta de Exportações no Brasil: ainda um dilema

Radar nº 13

A crise financeira internacional e seus desdobramentos tiveram impactos que vão além da redução, logo revertida, do produto interno bruto (PIB) brasileiro em 2009. Já faz algum tempo que economistas no mundo todo têm apontado que as economias em desenvolvimento, com destaque para a economia chinesa, vêm se tornando os principais motores do crescimento mundial. A crise internacional e a recuperação mais rápida dos países em desenvolvimento vis-à-vis as economias centrais confirmaram esta tendência. A China, por exemplo, continuou crescendo a taxas de 9% a 10% ao ano (a.a.), apesar da crise.

Qual é a consequência disso para a pauta de exportações do Brasil? Países como China e Índia estão em processo acelerado de urbanização e, ao mesmo tempo, não são capazes de produzir todos os alimentos e toda a energia que consomem neste processo. Dessa forma, estes países têm contribuído, mesmo antes da crise, para o aumento nos preços internacionais das commodities e para o crescimento da participação destes produtos no comércio mundial (gráfico 1). O crescimento mais forte destes países no pós-crise parece ter aprofundado este movimento. Mais recentemente, a crise nos países árabes também tem contribuído de forma significativa para a elevação do preço do petróleo.

Autores: Fernanda De Negri e Gustavo Varela Alvarenga

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