Estudo do Ipea analisa atuação em rede dos Pontos de Cultura
Para pesquisador do Ipea, a falta de articulação não impede o desempenho artístico e cultural
Um estudo recente do Ipea analisou como os Pontos de Cultura se relacionam e funcionam em rede. O pesquisador do Ipea Frederico Barbosa explica que alguns pontos realmente não mantêm uma atuação em rede, porém, não vê esse fator como uma barreira para que os grupos desempenhem seus trabalhos. “O fundamental é fazer arte, fazer cultura, estabelecer conexões não só com outros pontos, mas também com a comunidade”, garante.
Segundo o Ministério da Cultura, entre os principais beneficiários e protagonistas do programa Cultura Viva estão as comunidades tradicionais ( índios, quilombolas, etc) e a juventude, como é o caso do programa Jovem de Expressão, que atua na Ceilândia, Região Administrativa do Distrito Federal. O coordenador do programa, Max Maciel, explica que a atuação do Jovem de Expressão com outros Pontos se dá pela troca de experiências. “Muitos dos nossos movimentos sociais não são formalizados. Eles não têm uma área jurídica, uma coordenação. Eu vejo essa articulação não como autoajuda e sim com uma forma de aprender um com o outro”, ressalta.
O programa
Mais de 3 mil Pontos de Cultura estão em funcionamento no Brasil. Por meio da Política Nacional de Cultura Viva, criada em 2014, a população tem mais acesso a produção e a circulação de cultura.
Confira o TD 2273 - As Múltiplas Redes do Programa Cultura Viva
Gasto em cooperação internacional com C&T cresceu entre 2011 e 2013
Especialistas do Ipea e da ABC apresentaram os dados no Instituto Rio Branco
O Ipea, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores (MRE), apresentou na tarde de terça-feira, 29/11, o terceiro relatório Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional: 2011-2013.
O documento traz dados sobre o gasto do governo federal com a cooperação internacional e os setores mais beneficiados. “A ciência e tecnologia tem se destacado com um crescimento muito interessante e, ao mesmo tempo, a cooperação humanitária tem aparecido em nossas estatísticas com uma expansão crescente no Brasil por países que estão com problemas na área de calamidades”, destacou João Brigido, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e editor do relatório.
Entre os desafios para os próximos anos, o diretor da ABC, Embaixador João Almino, destacou que é necessário aperfeiçoar o relatório para incluir outros setores que realizam cooperação: “os estados, por exemplo, ainda não fazem parte do relatório”.
O que mudou desde a criação da Política Nacional do Idoso?
A técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Ana Amélia Camarano lançou, em 21 de outubro, o livro Política Nacional do Idoso: velhas e novas questões, que faz uma avaliação dos 20 anos da PNI.
Organizado pela pesquisadora do Ipea em parceria com promotor de Justiça do Ceará Alexandre de Oliveira Alcântara e com a representante da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) no Distrito Federal Cristina Giacomin, o estudo aponta que entre os avanços realizados em duas décadas está a garantia de renda. Porém, na área da educação, por exemplo, é necessário que haja mais melhorias. “A educação é uma forma de integração dos idosos na vida social e na inclusão digital que, no mundo de hoje, é fundamental”, explicou Camarano.
Estatuto da Cidade foi tema de seminário no Ipea
Pesquisadores e gestores públicos estiveram no Instituto durante os dias 27 e 28 de agosto
A Nova Agenda Urbana foi debatida no Ipea durante o seminário internacional 15 anos de Estatuto da Cidade e o Brasil na Nova Agenda Urbana (Habitat III). Pesquisadores do Instituto, de universidades e gestores públicos discutiram sobre os avanços que o Estatuto trouxe para os municípios e qual a contribuição do país para a agenda urbana mundial, que traçará metas para os próximos 20 anos.
“O Brasil vai para o Habitat III com uma experiência bastante rica em que a questão dos governos locais tem uma importância muito grande”, garantiu Marco Aurélio Costa, coordenador de Estudos Setoriais Urbanos do Ipea.
Como fazer o Brasil crescer?
Projeto Desafios da Nação tem por objetivo o crescimento econômico por meio da proposição de mudanças no campo fiscal, econômico e social
“O Ipea começa a traçar um novo rumo no seu papel como um instituição das políticas públicas do governo. É um instituto reconhecido pela sua independência, pela qualidade dos seus trabalhos e a excelência de seus pesquisadores”, destacou Ernesto Lozardo, presidente do Ipea, no lançamento do projeto Desafios da Nação, no último dia 22/09. O objetivo do projeto é o crescimento econômico brasileiro por meio da proposição de mudanças no campo fiscal, econômico e social. O projeto é baseado em três eixos principais: dobrar a renda per capita por habitante, reduzir as desigualdades sociais e desenvolver as tecnologias críticas.
Participaram da solenidade o ministro interino do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, e o ministro interino de Turismo, Alberto Alves, além do secretário executivo da Casa Civil Daniel Sigelmann. A apresentação do programa ficou a cargo do diretor de Estados, Instituições e Democracia do Ipea João De Negri. O evento ocorreu na sede do Ipea em Brasília.
Saída da crise e a retomada do crescimento econômico do Brasil
Presidente do Ipea defende eficiência do gasto público
Ernesto Lozardo, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), participou de recente debate na Comissão Especial da Câmara que analisa a PEC 241/2016 (que cria um teto para os gastos públicos).
Para ele, é preciso realizar uma avaliação minuciosa e uma revisão das políticas e dos programas setoriais considerados ineficientes, ineficazes ou não efetivos. “Nesse sentido, é necessário criar, primeiramente, uma base de informação que sirva de referência para um fórum de debate na sociedade pautado em hipóteses, informações e metodologias consistentes e comparáveis. Em segundo lugar, é preciso demonstrar que a eficiência, a efetividade e a eficácia da ação pública dependem de um ambiente macroeconômico estável”.
Macroeconomia Desenvolvimentista é tema de livro lançado no Ipea
O economista Bresser Pereira destacou a importância do equilíbrio fiscal e cambial no país
O economista Bresser Pereira lançou nesta quarta-feira, 21, o livro Macroeconomia Desenvolvimentista. O presidente do Instituto, Ernesto Lozardo, e o diretor da Diest, Joao Alberto De Negri, também participaram do evento.
O livro apresenta uma nova maneira de pensar macroeconomia e a economia dos países em desenvolvimento, em especial, dos países de renda média. Bresser defende uma teoria baseada em cinco preços macroeconômicos: taxa de lucro, taxa de juros, taxa de câmbio, taxa de salários e taxa de inflação. Ele afirma que o melhor caminho é encontrar um equilíbrio entre essas variáveis.
“O que nós deveríamos ter claro é que queremos esses cinco preços certos, ou seja, que a taxa de lucro seja satisfatória para todos os empresários, que a taxa de juros seja baixa, que a taxa de câmbio seja compatível com o lucro satisfatório das empresas, além de uma taxa de inflação baixa e, finalmente, a taxa de salário que deve crescer com a produtividade, de forma que trabalhadores e empresários possam cooperar”, explicou o economista.
Ipea discute a gestão do conhecimento nas políticas públicas
Assista à matéria com os principais destaques do debate
Na última quarta-feira, dia 11, pesquisadores do Ipea se reuniram para discutir o aprimoramento de políticas públicas no âmbito da Gestão do Conhecimento e o avanço de pesquisas. O projeto chamado Café do Conhecimento trouxe como tema principal a “Avaliação de Políticas Públicas: Abordagem quantitativa quase-experimental”.
O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Daniel da Mata conduziu a palestra e explicou o passo-a-passo da avaliação de uma política pública por meio do desenho experimental, para depois chegar ao conceito do que seria o quase-experimento. “Experimento é quando o analista sorteia e cria os grupos. O quase-experimento é quando uma lei ou um evento da natureza cria os dois grupos para o analista. E o analista aproveita este evento para estudar o impacto daquela intervenção em ambos os grupos”, explicou.
Café do Conhecimento tratou da abordagem quase-experimental
Bresser-Pereira debateu economia, desenvolvimento e democracia no Ipea
Assista à entrevista com o ex-ministro da Fazenda
No último dia 03, o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira esteve no Ipea para uma palestra em que, entre outros temas, discutiu as formas como o país deve pensar o desenvolvimento que inclua os mais necessitados em uma política social sólida. “O objetivo é manter o desenvolvimento econômico com a redução da desigualdade”, afirmou.
O presidente do Ipea, Jessé Souza, e a professora da UnB Ana Cláudia Farranha reforçaram que as classes menos favorecidas são as que mais sofrerão com as mudanças no cenário político brasileiro.
Bresser aborda a trajetória do desenvolvimentismo no Brasil
Para Bresser, o Brasil precisa de uma taxa de câmbio mais competitiva
Confira o debate em que o ex-ministro da Fazenda defende que é necessário um novo desenvolvimentismo
Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda e professor da Escola de Economia de São Paulo (FGV), foi o convidado do Ipea para debater o tema "Economia, desenvolvimento e democracia". O evento, realizado na terça-feira, dia 3/5, contou com a participação de Jessé Souza, presidente do Ipea, Francisco Gaetani, secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Ana Cláudia Farranha, professora adjunta da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília.
Bresser criticou o protecionismo, alegando que a competição é importante. “O novo desenvolvimentismo é fortemente contra o protecionismo. Não vejo nenhum motivo para proteger a indústria brasileira. Precisamos de uma taxa de câmbio competitiva”. Também defendeu que é preciso um novo desenvolvimentismo. “Desenvolvimento é quando você caminha para a direção da liberdade individual, justiça social, além da segurança. Esse é um grande desafio”.