Especialistas debateram a desigualdade no uso do tempo entre homens e mulheres
Diretora-adjunta explica que cuidados com a família deixam as mulheres fora do mercado de trabalho
Representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) estiveram presentes no Ipea para discutirem quais os principais pontos na desigualdade do uso do tempo entre homens e mulheres.
Enid Rocha, diretora-ajunta de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, afirmou que, apesar de os avanços diminuírem as desigualdades entre os gêneros, a maior parcela da população que ainda não trabalha e não estuda são mulheres. Um dos motivos é porque “elas têm que cuidar de pessoas no domicílio e do trabalho doméstico”, explicou.
Estudo do Ipea mostra diferença entre sindicalizados e não sindicalizados
Pesquisador compara salários e também auxílios alimentação, transporte e saúde
Disponível no Portal Ipea, o estudo Diferenças de Remuneração entre Trabalhadores Sindicalizados e não Sindicalizados, realizado pelo técnico de planejamento e pesquisa André Gambier Campo, mostra que no Brasil os trabalhadores que aderiram aos sindicatos conseguem mais benefícios. “Ser sindicalizado traz, não só um maior salário, mas também maior acesso a auxílios alimentação, transporte e saúde”, explica Gambier.
Estudo mostra o perfil dos professores brasileiros
Situação dos profissionais da educação básica é melhor que a média nacional
O estudo Professores da Educação Básica no Brasil: condições de vida, inserção no mercado de trabalho e remuneração, desenvolvido pelo pesquisador do Ipea Milko Matijascic com base nas diretrizes da meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE), revela que as mulheres são a maioria no ofício de professor no Brasil.
Segundo Matijascic, a situação dos professores é melhor que o restante da população ocupada, porém ainda não atingimos um ponto ótimo para essa categoria de trabalhadores. “A maior parte deles está em boa situação quando comparado ao restante da população ocupada, pois a renda média brasileira é muito baixa. Isso significa que o professor está melhor, mas não está em uma situação necessariamente boa”, enfatizou.
Saiba mais: Estudo traça perfil do professor de educação básica no Brasil
Cepal apresenta no Ipea o Panorama Social da América Latina de 2016
A diretora de desenvolvimento social da Cepal, Laís Abramos, comentou os principais pontos da pesquisa
Diminuir as desigualdades é um dos principais fatores para atingir o desenvolvimento econômico. Esse é o resultado apontado pelo Panorama Social da América Latina de 2016, apresentado pela Cepal e discutido no Ipea durante seminário.
A diretora de desenvolvimento social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Laís Abramos, apresentou os principais pontos do relatório e garantiu que, entre os fatores que ajudam a diminuir as desigualdades, estão educação e o trabalho.
Abramos explica que historicamente o mercado de trabalho na América Latina foi fator de reprodução de desigualdade. Segundo ela, isso aconteceu porque a maior parte dos empregos eram gerados em setores de baixa produtividade, capacidade tecnológica, situações precárias e baixos salários. Nos últimos anos, essa situação reverteu: “No período de 2002 a 2015, pelo contrário, o trabalho foi um fator que contribuiu muito para a redução da pobreza e desigualdade”, apontou.
Lenita Turchi aponta a violência contra a mulher como o grande desafio na agenda de gênero
Diretora do Ipea comentou a pauta do Dia Internacional da Mulher
A diretora de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Lenita Turchi, citou o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, recém divulgado pelo Ipea no dia 06/03, que mostra avanços e desafios na busca pela igualdade de gênero no país.
"Além das pesquisas do Instituto, há de se avaliar outras áreas como o tema da violência. Quais políticas e estratégicas podem ser pensadas para que a violência contra a mulher seja eliminada? Esse é o grande desafio", argumentou Turchi.
Como mensagem final às mulheres pela data comemorativa, a diretora disse que "com solidadiedade e conhecimento, nós podemos avançar nessa luta. Isso é o que procuramos fazer no nosso dia a dia".
Vídeo: Pesquisadora comenta os resultados do estudo sobre gênero e raça no Brasil
Acesse o site do projeto Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
Saiba mais: Estudo mostra desigualdades de gênero e raça no Brasil em 20 anos
Confira a apresentação da pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
Diretora do Ipea fala sobre a tradição do Instituto em análises de gênero e raça
Brasileiras avançam nas conquistas, mas muito ainda precisa ser feito, aponta Lenita Turchi
Na semana em que o mundo celebra as lutas e os avanços conquistados pelas mulheres ao longo das últimas décadas, o Ipea lançou o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, que avalia os pontos em que as mulheres mais avançaram e aqueles mais críticos.
A diretora de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Lenita Maria Turchi, ressaltou que a chefia da família por mulheres passou de 23% em 1995 para 40% em 2015, e comentou também sobre o campo da educação. “Embora as mulheres tenham mais anos de estudo, no mercado de trabalho a posição delas não reflete a escolaridade”, apontou.
Além do estudo apresentado nesta semana, Turchi lembrou a dedicação do Ipea em estudar o tema da igualdade racial e de gênero e citou a pesquisa Capital Estrangeiro e Diferenciais de Gênero nas Promoções, de autoria dos pesquisadores Danilo Coelho, Marcelo Fernandes e Miguel Foguel. Eles analisaram a carreira das mulheres no período entre 1994 e 2006 e perceberam como acontece a ascensão profissional das mulheres nas grandes empresas da indústria de transformação do Brasil. “O resultado mostra que demorava muito mais para as mulheres conseguirem subir de carreira dentro das empresas do que os homens”, observou a diretora.
Vídeo: Pesquisadora comenta os resultados do estudo sobre gênero e raça no Brasil
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Saiba mais: Estudo mostra desigualdades de gênero e raça no Brasil em 20 anos
Confira a apresentação da pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
O que comemorar no Dia Internacional da Mulher?
A pesquisadora Natália Fontoura comenta os avanços e os desafios na agenda da igualdade de gênero
Neste 08 de março, Dia Internacional da Mulher, o questionamento é: o que temos a comemorar? No início desta semana, o Ipea divulgou dados do estudo Retrato da Desigualdade de Gênero e Raça, que mostra em quais pontos da sociedade houveram mudanças e onde são necessários mais avanços.
Natália Fontoura, especialista em políticas públicas e gestão governamental, explica que apesar de a mulher ainda ganhar menos e sofrer discriminação, a sociedade avançou nas últimas décadas, em especial, no campo da educação. “A comemoração recai sobre todo esforço das mulheres organizadas, das mulheres nas redes sociais, das mulheres nos movimentos sociais”, ressaltou a pesquisadora.
Vídeo: Pesquisadora comenta os resultados do estudo sobre gênero e raça no Brasil
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Saiba mais: Estudo mostra desigualdades de gênero e raça no Brasil em 20 anos
Confira a apresentação da pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
Pesquisadora comenta os resultados do estudo sobre gênero e raça no Brasil
Retrato da Desigualdade de Gênero e Raça analisa vários indicadores sociais durante o período de 1995 a 2015
Muitos aspectos relacionados às mulheres evoluíram, enquanto outros precisam de mais atenção. É o que revela o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça apresentado pelo Ipea, que traz recortes por sexo e raça comparando branco a negros e verificando as sobreposições de desigualdade.
Dentro desse contexto, o estudo observou que a proporção de famílias chefiadas por mulheres chegou a 40% em 2015. As mulheres estão trabalhando mais devido à dupla jornada e ganhando menos que os homens, apesar de a escolaridade ser mais alta entre elas.
Outro ponto que chama a atenção é em relação ao trabalho doméstico, que era a ocupação de 18% das mulheres negras e de 10% das mulheres brancas no Brasil em 2015. O número de jovens nesse setor vem diminuindo. Em 1995, 51,5% das trabalhadoras domésticas tinham até 29 anos de idade; em 2015, somente 16% estavam nessa faixa de idade.
“Vemos algumas tendências interessantes, como o aumento da renda das trabalhadoras domésticas, mas, ainda assim, no ano de 2015, a média no Brasil não alcançava nem o salário mínimo”, observou Natália Fontoura, especialista em políticas públicas e gestão governamental que participou da elaboração da pesquisa.
Acesse o site do projeto Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
Saiba mais: Estudo mostra desigualdades de gênero e raça no Brasil em 20 anos
Confira a apresentação da pesquisa Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça
Coordenador do Ipea comenta os riscos para as gerações futuras sem a reforma da Previdência
Rogério Nagamine explica os principais resultados da Nota Técnica n° 32
O coordenador de Previdência do Ipea, Rogério Nagamine, comentou a Nota Técnica Relação entre Valor dos Benefícios Previdenciários e Massa Salarial dos Trabalhadores Ocupados: implicações para a sustentabilidade previdenciária.
“No Brasil, em função do grande aumento da despesa com previdência, este custo para os trabalhadores ativos tem crescido de forma significativa”, explica. A pesquisa buscou avaliar a evolução da relação entre massa de aposentadoria e pensão com a massa de rendimento de trabalho dos contribuintes nos dados da PNAD.
“Essa relação que era 21,9% em 1992 cresceu para 33%, em 2015, o que significa que cada vez mais há a necessidade de uma alíquota de contribuição maior sobre os ativos para financiar os benefícios dos inativos”, aponta.
O estudo também simulou qual seria a alíquota de equilíbrio sem uma reforma da previdência, ou seja, quanto teria que se taxar a folha de salários para fazer o pagamento integral dos benefícios previdenciários. “Essa alíquota de contribuição que hoje está na casa dos 30% poderia chegar, na ausência de uma reforma, em 50% em 2040, e por volta dos 70% em 2060”, alerta o especialista.
O coordenador conclui que sem uma reforma haverá um custo absolutamente insustentável para as gerações futuras. “Precisamos de uma reforma da Previdência para garantir a sustentabilidade a média e longo prazo e também por uma questão de responsabilidade com as gerações futuras”, defende.
Alíquota para manter previdência pode chegar a 50,8% em 2040
Livro traça perfil dos jovens brasileiros
Publicação do Instituto foi apresentada e debatida durante seminário, em Brasília
Foi lançado no dia 30/05, durante seminário no Ipea, o livro Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas Públicas, que analisa diversos setores da juventude como mercado de trabalho, juventude rural e participação política, entre outros.
Para a organizadora da obra e pesquisadora do Ipea, Enid Rocha, a juventude brasileira está mais politizada: “Hoje a juventude participa muito mais da política e consegue colocar melhor suas demandas”.
Leia o livro Dimensões da Experiência Juvenil Brasileira e Novos Desafios às Políticas Públicas