Ipea projeta crescimento da economia neste ano e em 2019
Confira os dados na entrevista com o diretor de Macroeconomia, José Ronaldo Souza
O Ipea lançou a seção Visão Geral da Carta de Conjuntura, que traz dados sobre o cenário econômico para o período atual e, ainda, as previsões para os anos de 2018 e 2019.
Segundo o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Jr., a projeção é que a economia continue crescendo. "A economia deve fechar os anos de 2018 e 2019 com crescimento de 3%", finalizou.
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Setor agropecuário brasileiro teve bom desempenho em 2017
Dados foram apresentados na seção de Economia Agrícola da Carta de Conjuntura n° 38
Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP e da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa) se reuniram com pesquisadores do Ipea para apresentar o desempenho do setor agropecuário brasileiro no ano de 2017 e discutir as projeções para o ano de 2018.
José Eustáquio Filho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e um dos editores da seção de Economia Agrícola da Carta de Conjuntura n°38, destacou que a expectativa para 2018 é que a safra seja um pouco menor que nos dois anos anteriores: “em 2016 tivemos uma safra em torno de 186 milhões de toneladas, em 2017 nós tivemos uma safra recorde de 242 milhões de toneladas, e neste ano há uma expectativa de que a safra seja um pouco menor, mas comparado com o ano de 2016 ela é uma safra significativa”.
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Indicador Ipea aponta que inflação em janeiro ficou menor para os mais pobres
A pesquisadora Maria Andréia Lameiras comenta a inflação por faixa de renda. Confira!
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda referente a janeiro aponta 0,23% de alta dos preços dos bens e serviços consumidos pela parcela mais pobre da população, enquanto o índice para as classes mais ricas foi de 0,36%. "A redução das tarifas de energia elétrica, nos dois últimos meses, contribuiu para a melhora, uma vez que é um item de consumo com peso maior no orçamento dos mais necessitados", explicou a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Maria Andréia Lameiras.
"Por outro lado, as famílias mais ricas continuam com a inflação pressionada pela gasolina, plano de saúde e mensalidade escolar, que são itens em crescimento ao longo dos últimos meses", completou Lameiras.
Saiba mais: Inflação em janeiro ficou menor para parcela mais pobre da populaçãoConheça a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea
O diretor José Ronaldo de Castro Souza Jr. apresenta o foco das pesquisas e realizações da Dimac
A Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea é voltada a pesquisas de curto e longo prazo sobre a situação da economia. Dirigida por José Ronaldo de Castro Souza Júnior, a Dimac oferece à sociedade análises com ênfase em capital humano, infraestrutura e outros fatores que influenciam a produtividade do país.
A diretoria também dedica grande parte dos estudos às contas públicas, com destaque para a análise da previdência no setor público e das contas dos estados e municípios. "Avaliamos projeções para as próximas décadas levando em conta a realização de reformas, o impacto na produtividade e nas contas do governo", explicou José Ronaldo.
Para 2018, a equipe está concluindo análises importantes para o provimento de políticas públicas no Brasil. "Há uma série de estudos de longo prazo em desenvolvimento que são importantes para o planejamento do país, pois temos de olhar bem para frente para saber quais ações tomar agora", comentou o diretor da área.
Diretor explica relação da previdência com teto de gastos
"Se não houver contenção de despesas, o país terá cada vez menos recursos para investir em outras áreas", explica José Ronaldo de Castro
O Brasil passa por um período de elevado deficit público, em que as despesas são maiores que as receitas, mesmo desconsiderando o pagamento de juros. Para conter a rápida elevação da dívida pública, algumas políticas tiveram de ser implementadas. "O governo optou pela contenção via lei do teto dos gastos públicos", explicou o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro.
"Para que esse deficit público seja contido por meio da política do teto, é preciso também conter as despesas previdenciárias, que ocupam boa parte dos gastos do governo", completou. Segundo o pesquisador, se nada for feito, nas próximas décadas as despesas com aposentadorias podem ultrapassar 100% dos gastos públicos totais – de modo que, se não forem contidas, haverá cada vez menos recursos para investir em educação, segurança e saúde.
O que é preciso mudar na previdência do setor público?
Pesquisador do Ipea afirma que aumentar o tempo de contribuição é importante para as contas públicas
"Em tempos de vacas magras, se as pessoas pudessem se aposentar um pouco mais tarde, a dificuldade de caixa que os estados estão passando seria aliviada", comentou o coordenador de Finanças Públicas do Ipea, Cláudio Hamilton, sobre o grande número de funcionários que se aposentam antes dos 60 anos, caso sejam homens, e 55 anos, se mulheres.
Ademais, o pesquisador identificou necessidade de mudança na previdência do setor público no que tange a diferença de regras para pessoas do setor público e privado. "A previdência complementar é importante nesse ponto, porque ela limita os benefícios previdenciários dos setores públicos ao teto do regime geral que vale para o restante dos brasileiros", concluiu.
Expansão econômica mundial é a maior desde a crise internacional de 2007 e 2008
O momento chamou a atenção de pesquisadores da Dimac, que analisam as causas e perspectivas do crescimento
O mundo, atualmente, passa por um momento de expansão econômica, fato não visto desde a crise internacional de 2007 e 2008. O Grupo de Conjuntura do Ipea afirma que o avanço foi positivo tanto para as economias desenvolvidas quanto para os países emergentes.
“Não se têm observado ainda pressões inflacionárias. Por seu turno, isso permite que as políticas monetárias continuem com uma postura mais expansionista em países desenvolvidos, o que favorece os Estados em desenvolvimento na medida que estimula os fluxos de capital para esses países”, comenta Paulo Mansur Levy, gerente de projetos da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac).
Para o pesquisador, a perspectiva é de estabilidade ao longo dos próximos anos.
Confira a seção de economia mundial da Carta de ConjunturaIpea avalia evolução dos investimentos e aponta perspectivas para o PIB
O pesquisador Paulo Levy comenta os dados disponibilizados pelo IBGE acerca do PIB do terceiro trimestre de 2017
O Indicador de Formação Bruta de Capital Fixo evidencia que o investimento voltou a crescer no Brasil após três anos e meio, além de mostrar que o país está voltando a construir as bases para um crescimento sustentável.
O pesquisador do Ipea Paulo Levy explica esse aquecimento da economia em dois componentes: "O primeiro tem a ver com o consumo aparente de máquinas e equipamentos, e revela um crescimento bastante expressivo de 5% no terceiro trimestre. O segundo componente corresponde à construção civil, que revela um crescimento de 0,9% e, apesar de pequeno, é significativo, porque esse indicador vinha mostrando taxas negativas a vários trimestres".
PIB agropecuário deve fechar o ano em 10,8%
Dados foram divulgados na seção de economia agrícola da Carta de Conjuntura
O Ipea lançou a seção de economia agrícola da Carta de Conjuntura com dados do PIB agropecuário de 2017 e a previsão para 2018. O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo de Castro Souza Jr., explica que a alta do PIB agropecuário em 10,8% se deu por conta de uma alta expressiva da safra de grãos. Para 2018, a previsão é de queda de 1,7% em relação a 2017.
Grupo de Conjuntura aponta que PIB do setor agropecuário deve fechar o ano em 10,8%
Pesquisadora Maria Andréia Lameiras comenta o novo Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda
O indicador foi lançado nesta quinta-feira, dia 16, na unidade do Ipea no Rio de Janeiro, junto com a Seção de Inflação da Carta de Conjuntura
O Grupo de Conjuntura lançou o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, que mede a inflação em seis faixas de rendimento e será divulgado mensalmente. Maria Andréia Lameiras destaca que os números observados ocorreram por conta do alto peso da inflação de alimentos nos últimos 10 anos. "Quando a gente olha a cesta de consumo por faixa de renda, os mais pobres gastam muito mais, proporcionalmente a sua renda, que as classes mais ricas", explica.