Conheça a Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea
O diretor Alexandre de Ávila Gomide adianta projetos como o Atlas do Estado Brasileiro
Já sabe em que consiste o trabalho da Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest)? Conhece os trabalhos realizados e as perspectivas para 2018? O diretor Alexandre de Ávila Gomide explica a área, cujo foco de análise é o próprio Estado.
A Diest é organizada em áreas temáticas, como governança pública e capacidades estatais, justiça e segurança pública, e instituições e desenvolvimento. "Além disso, no ano passado, a diretoria incorporou dentro da sua estrutura o programa de pós-graduação em políticas públicas e desenvolvimento", ressalta Gomide.
Para 2018, o diretor afirmou que virão muitos projetos como, por exemplo, o Atlas do Estado Brasileiro. "Vamos fazer uma plataforma online reunindo todos os bancos de dados e indicadores com informações sobre o Estado nos três níveis de governo", explica.
Inovação na gestão pública é tema de estudo do Ipea
Pesquisador destaca a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) acaba de lançar o estudo Gestão Pública Contemporânea: do movimento gerencialista ao pós-NPM, em que, entre outros fatores, analisa como positiva a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na administração pública.
Pedro Cavalcante, coordenador de Estudos e Políticas de Estado e Democracia do Ipea, explica que o uso das TICs ampliou o acesso e o engajamento do cidadão na administração pública. “Todas essas tendências pressupõem fortalecimento das capacidades burocráticas do Estado, ou seja, uma burocracia que dentro desse arranjo de governança colaborativa atua de forma interativa e profissionalizada com a sociedade civil e com a iniciativa privada para prover soluções para políticas públicas e problemas governamentais”, explica.
Confira o Texto para Discussão 2319 - Inovação na gestão pública é tema de estudo do Ipea
"Apenas repressão policial não é a saída", diz pesquisador do Ipea
Políticas de segurança pública efetivas dependem de ações voltadas para educação que reúnam sociedade e Estado
Para que a segurança pública tenha de fato uma ação efetiva, o Estado precisa investir em uma reformulação do modelo policial que não vise exclusivamente a repressão. Isso é o que defende o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Daniel Cerqueira.
O pesquisador baseia-se em um modelo de segurança que vislumbre a refundação do modelo policial utilizando a repressão qualificada com uso intensivo da informação e da inteligência. Além disso, Cerqueira entende haver a necessidade de fazer um pacto político entre o Governo Federal e os atores sociais e, ainda, de integrar as agências estatais. “Esses três pilares são fundamentais e representam a direção que o Governo Federal deveria induzir estados e municípios a perseguir”, finalizou.
Saiba mais: Suplemento do Atlas da Violência debate política de segurança pública
Taxa de homicídios de SP foi a que mais caiu entre 2005 e 2015
Redução da violência é resultado de políticas públicas estaduais e da aplicação do Estatuto do Desarmamento
O Ipea lançou na segunda-feira, 5 de junho, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Atlas da Violência 2017. O relatório traz análises segmentadas dos homicídios registrados no Brasil entre 2005 e 2015. Um dos dados que mais chama a atenção está na análise dos crimes cometidos contra negros: “De cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras. Jovens e negros do sexo masculino continuam sendo assassinados todos os anos como se vivessem em situação de guerra”.
O técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do estudo, Daniel Cerqueira, ressaltou a importância desse detalhamento: “Esse problema, que já era severo, já era grave, nas décadas anteriores aumentou ainda mais. Então, a taxa de homicídios contra jovens nesse período aumentou mais de 17%. A taxa de homicídios contra negros aumentou na mesma magnitude”.
Jovens e negros são as principais vítimas de homicídios no Brasil
O Atlas da Violência traz análises específicas sobre a evolução dos assassinatos cometidos contra esses dois grupos entre 2005 e 2015
O Ipea lançou na segunda-feira, 5 de junho, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Atlas da Violência 2017. O relatório traz análises segmentadas dos homicídios registrados no Brasil entre 2005 e 2015. Um dos dados que mais chama a atenção está na análise dos crimes cometidos contra negros: “De cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras. Jovens e negros do sexo masculino continuam sendo assassinados todos os anos como se vivessem em situação de guerra”.
O técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do estudo, Daniel Cerqueira, ressaltou a importância desse detalhamento: “Esse problema, que já era severo, já era grave, nas décadas anteriores aumentou ainda mais. Então, a taxa de homicídios contra jovens nesse período aumentou mais de 17%. A taxa de homicídios contra negros aumentou na mesma magnitude”.
Técnico do Ipea aponta causas da alta taxa de homicídios no país
Estudo realizado pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública traz dados segmentados
O ano de 2017 começou evidenciando um problema antigo e que precisa ser mais estudado no Brasil: a violência. A rebelião ocorrida no presídio de Manaus no dia primeiro de janeiro chamou a atenção para as altas taxas de homicídios registradas no país. Nesta segunda-feira, 5, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgaram, no Rio de Janeiro, o Atlas da Violência 2017, que analisa a evolução da violência letal no Brasil entre 2005 e 2015.
Com informações segmentadas que permitem análises específicas sobre os aspectos de gênero, etnia, faixa etária e renda, por exemplo, o trabalho mostra contextos precisos sobre a violência em diversas regiões brasileiras. Para o pesquisador do Ipea Daniel Cerqueira, o problema deve ser encarado com políticas públicas efetivas dos governos estaduais e federal, pois a violência envolve outras problemáticas: “Existem várias causas, uma delas é a proliferação do mercado de drogas para cidades médias e pequenas. As autoridades também não se organizaram para identificar e retirar armas de fogo de circulação, e essa proliferação de armas de fogo em algumas regiões, como Norte e Nordeste, foi um outro fator relevante”.
Parceria entre ABDI e Ipea mapeia a base industrial de defesa brasileira
A sistematização das informações contribui para a elaboração de políticas públicas
O seminário Mapeamento da Base Industrial de Defesa, realizado no último dia 27, apresentou algumas das conclusões do livro de mesmo nome publicado pelo Ipea e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A coordenadora de desenvolvimento tecnológico da ABDI, Karen Leal, explica que o livro veio responder à demanda de sistematizar informações sobre a área que permitissem estruturar políticas públicas. “Defesa não é um setor, é uma base industrial. São várias indústrias dentro de uma só, e o que vale no produto de defesa é a sua aplicação”, esclarece Leal, ao falar dos desafios de traçar o mapeamento. “Daí surgiu a parceria com o Ipea e conseguimos concluir o estudo.”
O livro divulgado em 2016 analisa oito segmentos da base industrial de defesa, dos quais quatro foram discutidos no seminário. O contra-almirante Luiz Carlos Faria Vieira, da secretaria de produtos de defesa do Ministério da Defesa, explica que já existem várias políticas públicas em andamento no ministério. “Foi anunciada uma nova linha de crédito para as exportações dos nossos produtos e temos um grupo de trabalho atuando com o BNDES, com o Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e toda essa nova política de financiamento e garantia que sem dúvida vai alavancar nossa indústria de defesa”, diz o almirante.
O livro Mapeamento da Base Industrial de Defesa está disponível na íntegra neste link. Para mais informações, confira a matéria que detalha a discussão do seminário:
Setor de defesa pode impulsionar o crescimento tecnológico do país
Transparência e interatividade no novo Mapa das OSCs
Apresentação da nova versão da plataforma está disponível na íntegra
A versão atualizada do Mapa das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) já está disponível no Portal Ipea. Felix Garcia Lopez, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea responsável pela plataforma, aponta que um dos desafios do Mapa é manter todas suas bases de dados atualizadas automaticamente, sem depender de circunstâncias administrativas. “Atualmente, há 15 bases de dados, quase todas da administração federal”, explica Lopez. Ele acrescenta que já existe um esforço em colher informações de governos estaduais, municipais e das próprias OSCs.
A inserção colaborativa de dados é um dos diferenciais do Mapa. As organizações podem editar seus próprios perfis dentro da plataforma, ampliando o conhecimento sobre a complexidade da atuação das OSCs, que de acordo com Lopez, é pouco sistemático. “Cada pedaço de informação que chega é importante, porque é como se fosse um quebra cabeça em que você ajuda a montar uma imagem mais ampla desse campo”, afirma o técnico.
“Esse mapa não é um cadastro, é uma fonte de consulta”, explica Lopez. Atualmente, apenas organizações com CNPJ são exibidas na plataforma, que é um dos critérios de busca no site. Também é possível encontrar as OSCs por nome ou pela localidade. O objetivo é que a base de dados mais ampla e atualizada, além de instrumento de apoio aos gestores públicos, sirva para fomentar a transparência na relação entre as OSCs e o governo, bem como novas pesquisas na área.
O Mapa pode ser acessado aqui.
Saiba mais: Nova plataforma do Ipea reúne dados sobre OSCs no Brasil
Plataforma do Ipea reúne dados sobre OSCs no Brasil
Versão atualizada do Mapa das Organizações da Sociedade Civil traz informações de 390 mil instituições
A nova versão do Mapa das Organizações da Sociedade Civil é uma plataforma virtual inteligente com informações sobre 390 mil OSCs existentes no país. Nela, podem ser consultadas organizações por área de atuação, número de empregados, parcerias com o setor público e privado.
Entre as novidades no Mapa das OSCs, está o mapa georreferenciado e dinâmico, fundamental para ampliar a transparência das OSCs e apoiar a interlocução entre essas organizações e os governos. As OSCs podem inserir ou editar dados em páginas próprias. Além disso, os gestores públicos poderão saber onde estão, o que fazem as OSCs em cada local do país e o histórico de atuação de cada organização específica.
“O Brasil precisa investir em políticas de prevenção à criminalidade”
Pesquisadores do Ipea analisam a situação da segurança pública brasileira
A violência tende a aumentar no mesmo ritmo que aumentam as desigualdades e as dificuldades de as pessoas inserirem-se no mercado de trabalho e na vida comunitária. É o que analisa o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Fábio de Sá e Silva. Outro fator de relevância neste cenário é a própria forma de organização das cidades. “A criação de zonas de exclusão estimula o surgimento de focos de violência”, alerta.
O especialista explica que, no caso do Brasil, a falta de políticas públicas capazes de evitar efetivamente a criminalidade nas cidades é um ponto de preocupação e um fator que contribui para o crescente número da população carcerária, que hoje já é a quarta maior do mundo. A oferta de saúde, educação, lazer e cultura, em especial para os jovens que vivem em localizações mais deterioradas, é uma urgência para o enfrentamento à violência.
Alternativas penais
A forma como a punição aos crimes é aplicada também é determinante para o aumento da população carcerária. A principal pena no Brasil ainda é a prisão. “Se você verifica no Código Penal, cada crime já vem com a tipificação da quantidade de anos que precisa ser cumprido”, lembrou Helder Ferreira, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea. Ele acrescentou que a utilização de penas alternativas – que já é permitida – precisa avançar e ser mais frequente.
“O sistema de justiça criminal só consegue dar conta de poucos crimes - em termos de investigação, julgamento e punição, então a sociedade deve escolher concentrar-se em crimes realmente relevantes”, argumentou o pesquisador, que acredita na necessidade de utilizar penas alternativas ao encarceramento. “O Brasil possui uma população carcerária enorme. Precisamos repensar as políticas de repreensão de crimes”, defendeu.