Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipea realizou curso de Macroeconomia no Recife

Ipea realizou curso de Macroeconomia no Recife 
Aulas ocorreram de 12 a 15 de abril, na FUNDAJ. Claudio Roberto Amitrano, da Dimac encerrou o evento com palestra aberta ao público

O curso Macroeconomia e Desenvolvimento no Recife foi promovido e organizado pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com Centro Internacional Celso Furtado, e com o apoio da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), Conselho Regional de Economia (CORECON) e Fundação Maurício Grabois. O encontrou ocorreu dos dias 12 a 15 de abril no Recife, na sala Aluísio Magalhães, na FUNDAJ (Rua Henrique Dias, 609, Derby). Esta foi a sétima edição do curso, que já passou por Salvador, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa e Belém do Pará (duas edições). No total, cerca de 175 pessoas já participaram de todas as edições.
 
As disciplinas - Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico - foram apresentadas em duas partes. O doutor em economia e técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Victor Leonardo de Araujo apresentou a macroeconomia e sua análise no enfoque keynesiano. Numa primeira parte, foram explicados os determinantes do comportamento do PIB e do emprego, enfatizando o papel da política econômica nesse processo, considerados os três principais instrumentos: a política fiscal, a política monetária e a política cambial. Na segunda parte, foi analisada a condução dos três instrumentos no caso brasileiro, ressaltando sua inadequação a um projeto de desenvolvimento de longo prazo.
 
O tema Desenvolvimento Econômico foi ministrado pelo professor adjunto da Universidade Federal Fluminense (UFF) Carlos Pinkusfeld, tomando por base a perspectiva histórica desde a Revolução Industrial e as experiências de desenvolvimento de América Latina e Ásia. A perspectiva teórica foi debatida em duas partes: as principais correntes do pensamento econômico; a economia do desenvolvimento e a Cepal.
 
Nesta quinta-feira, 15, Claudio Roberto Amitrano, da Dimac encerrou o curso com uma palestra aberta ao público, às 18h30. O curso foi destinado a estudantes de economia a partir do 6° período, estudantes de curso de pós-graduação em economia e profissionais de instituições parceiras. A avaliação será enviada a cada participante por e-mail e deve ser respondida e entregue até esta sexta-feira, dia 16, na Prefeitura, que a encaminhará aos professores. Os certificados serão conferidos a todos que alcançaram 75% de participação e aprovação nas avaliações.

Previsão para 2010 é de crescimento superior a 5,5%

Previsão para 2010 é de crescimento superior a 5,5% 
Dimac do Ipea divulga nota com estimativas de PIB, saldo em transações correntes e inflação

Além da Carta de Conjuntura e da Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea apresentou nesta quinta-feira a nota Previsões Macroeconômicas para 2010. O texto traz estimativas de desempenho da economia brasileira referentes a três variáveis: crescimento econômico (variação real do PIB); inflação (variação real do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA); e saldo em transações correntes.
 
O Instituto usualmente divulga as previsões macroeconômicas no primeiro quadrimestre do ano, e todas elas são feitas no formato de faixa de resultados. Ou seja, não é apresentado um número apenas, mas um intervalo. Novas previsões podem ser realizadas ao longo do ano, caso a evolução do quadro macroeconômico invalide as análises feitas no primeiro quadrimestre.
 
O Grupo de Análise e Previsões do Ipea aponta uma expectativa de crescimento do PIB, em 2010, da ordem de 5,5% a 6,5%. "Da expansão média prevista para este ano, quase a metade já estaria garantida, mesmo com o PIB ficando estagnado no nível dessazonalizado do quarto trimestre de 2009", acrescenta a nota. Em relação ao saldo em transações correntes, a estimativa é de forte redução no comparativo com 2009, e o IPCA deve ficar na faixa de 4% a 5%.
 

Carta de Conjuntura aponta cenários para a economia

Carta de Conjuntura aponta cenários para a economia
Publicação aborda variáveis como emprego e inflação. Instituto também divulga Avaliação das Previsões de 2009

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quinta-feira, 15, a Carta de Conjuntura referente ao mês de março. A publicação trimestral do Instituto apresenta, como primeiro tópico de análise, o nível de atividade da economia. Pelo lado da demanda, observou-se um crescimento do consumo das famílias pelo 24º trimestre consecutivo no Brasil. Em relação ao desempenho do emprego, o cenário também é otimista. Em janeiro e fevereiro de 2010, os saldos de emprego formal atingiram os maiores níveis da série histórica para esses meses.

A Carta de Conjuntura revela, ainda, que o ponto central para a definição dos rumos da inflação em 2010 será o comportamento das commodities. "Dessa forma, na ausência de choques nos preços das commodities, a tendência é de desaceleração nos IPCs ao longo do ano", afirma o estudo.

A avaliação da trajetória dos saldos comerciais brasileiros aponta que a tendência recente de queda é fruto, principalmente, do "dinamismo relativamente baixo das vendas externas de produtos manufaturados aliado à crescente penetração, nos mercados domésticos, das compras externas de bens duráveis e de insumos industriais". A publicação traz, também, análises sobre economia monetária e financeira (política monetária e taxa de juros, mercado de capitais, mercado de crédito) e finanças públicas.

Além da Carta de Conjuntura, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea apresentou nesta quinta-feira as Previsões Macroeconômicas para 2010 e a Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009. Esta última revela os números definitivos da economia brasileira em 2009 e os compara com as previsões produzidas pelo Ipea ao longo do ano passado.

Leia a Carta de Conjuntura de março de 2010

Leia a nota Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009

Comunicado revela potencial dos BRIC no comércio internacional

Comunicado revela potencial dos BRIC no comércio internacional

Estudo foi divulgado pelo Ipea durante a Cúpula BRIC de Think Tanks, em Brasília

Foto: Sidney Murrieta
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Aproveitando a realização da Cúpula BRIC de Think Tanks: O papel dos BRIC na transformação global após a crise econômica, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira, 14, o estudo Rússia, Índia e China: comércio exterior e investimento direto externo. Realizado pela Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Direpi) do Instituto, o documento aponta os diferenciais de cada BRIC (Brasil, Rússia, China e Índia) no comércio global e seus principais desafios.

 
O estudo, apresentado como Comunicado do Ipea nº 43, revela que, entre os BRIC, o Brasil se "caracteriza como uma economia com elevada participação do consumo e mercado doméstico forte". A Rússia, por sua vez, se destaca pelas vendas externas de commodities energéticas, a Índia pelas exportações de serviços, e a China pelas exportações de manufaturas e elevadas taxas de investimento.
 
Apesar de contar com boa vantagem comparativa em relação aos demais BRIC no quesito produtos intensivos em recursos naturais e primários agropecuários, o Brasil apresentava em 2008 o menor valor exportado entre os quatro países. O Comunicado do Ipea nº 43 menciona, ainda, o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) dos BRIC. Nesse ponto, a China se destaca.
 
Luciana Acioly, coordenadora de Estudos de Relações Econômicas Internacionais do Ipea, tirou dúvidas dos jornalistas sobre o estudo durante a Cúpula BRIC de Think Tanks, que se encerra nesta quinta-feira no Hotel Mercure Eixo, em Brasília. Mais informações sobre a cúpula podem ser acompanhadas no hotsite do evento.
 

 

Ipea lançou estudo sobre ações sociais em congresso no Rio

Ipea lançou estudo sobre ações sociais em congresso no Rio

 A pesquisadora Anna Peliano apresentou estudo no 6º Congresso do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife)

Apenas 16% das cerca de 95 mil empresas que atuam no social no Brasil declararam possuir algum tipo de avaliação documental das ações sociais realizadas. As companhias, que na década de 1990 se diferenciavam por atuar no social, hoje se destacam no resultado obtido com a avaliação documental. As informações estão presentes no estudo Cultivando os Frutos Sociais: A Importância da Avaliação nas Ações das Empresas, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo foi lançado na sexta-feira, 9 de abril, pela pesquisadora Anna Peliano, durante o 6º Congresso do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife), no Sheraton Hotel & Resort (Avenida Niemeyer, 121, Leblon, Sala Lagoa), no Rio de Janeiro.

O uso da avaliação é recente e prevê algumas dificuldades como tempo, recurso e definição de instrumentos para a realização. Ainda há muita resistência dos gestores na avaliação. Segundo o estudo, 41% acham ser perda de tempo. Outras dificuldades seriam desenvolver um modelo simples e de recursos viáveis, capacitar a equipe interna e contornar tensões (corte de recursos, por exemplo).

No trabalho das empresas na área social, há interesses em parcerias e apoios e em legitimar a participação. No setor privado, a avaliação serve para corrigir rotas e elaborar formas de firmar a imagem da empresa, principalmente na comunidade em que atua. “A avaliação tem de ser instrumento de gestão, pois os resultados na área social são longos e difíceis. Às vezes resolve-se um problema e gera-se outro sem intenção”, argumentou Anna.

Em 2002, o Ipea divulgou a primeira Pesquisa Ação Social das Empresas (Pase) que gerou um mapeamento. Dos estabelecimentos empresariais do Brasil, 59% desenvolviam atividades sociais. Para isso, alocaram recursos da ordem de R$ 7,8 bilhões. Na segunda pesquisa, em 2006, houve uma retração, principalmente na região Sudeste, e os recursos chegaram à casa dos R$ 6 bilhões. Mesmo assim, a região continua sendo a de maior participação (25%), e um quarto das empresas tem avaliação estruturada.

A coordenadora do estudo lembrou que os investimentos das empresas não devem ser vistos como a solução dos problemas sociais. “É apenas ajuda. No setor privado, não há muito compromisso com o que é certo ou errado, há mais flexibilidade para as empresas adequarem seus projetos sociais.”, a pesquisadora afirma que a experiência que vem sendo desenvolvida pelas empresas no campo da avaliação social poderá, no futuro, contribuir para o aprimoramento das avaliações das políticas públicas.

Leia a íntegra do estudo 

 

Taxa de fecundidade nacional assemelha-se à de países ricos

Taxa de fecundidade nacional assemelha-se à de países ricos

Seminário do Ipea no Rio de Janeiro discutiu as perspectivas demográficas e o crescimento econômico brasileiro

Um estudo sobre queda da taxa de fecundidade, ligada ao processo de envelhecimento e crescimento econômico do País, foi apresentado na última quarta-feira, dia 7, no seminário Enriquecer antes de envelhecer: redução da fertilidade e crescimento econômico no Brasil. Jorge Saba Arbache Filho, do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), expôs o trabalho na representação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no Rio de Janeiro.

No debate, houve comparações com crescimento e fecundidade de outros países. “O regime de fecundidade aqui é de país rico. Estamos abaixo de Estados Unidos, França e Inglaterra porque nestes a taxa voltou a crescer”, disse Arbache. Na China, a taxa aumenta desde 2002. O país implantou uma nova política demográfica e começou a liberar o controle da fecundidade. E 55% da população ainda está no campo. “A China cresce 10% ao ano e sabe que um dia isso vai acabar. A política deles é crescer o mais rápido possível e amadurecer a economia para poder crescer 4, 5% tranquilamente.”

A rápida queda da taxa de fecundidade no Brasil está ligada ao processo de envelhecimento da população. A taxa assemelha-se à de países com renda alta, mas está abaixo da registrada nos países de renda média e os da América Latina. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam estabilização em torno de 1,5 ponto percentual. Dessa forma, a economia começará a sofrer com a queda populacional a partir de 2040. Segundo Jorge Arbache, a situação pode ficar crítica. “O Japão, por exemplo, entrou numa estagnação crônica e não consegue sair. Há um grande problema demográfico por lá, e nós estamos indo por esse caminho.”

Os grupos jovens no Brasil estão encolhendo, e a população acima de 25 anos está crescendo. Além da taxa de fecundidade, a expectativa de vida do brasileiro seria outro fator preponderante para esses fatos. Em 2030, a perspectiva é de que haja uma elevada taxa de dependência dos idosos, em torno de 20%. Para a economia resistir a essa mudança, serão necessárias alterações na previdência social. “Este aumento sugere maior custo com a saúde, por exemplo. A receita da previdência em relação ao PIB está em 8% e não para de aumentar. População envelhecendo implica poupança menor. Se o País não se adaptar às políticas públicas, vamos ter sérios problemas na poupança pública”, afirma Arbache.

Segundo o estudo apresentado, alguns dos desafios para suavizar a queda da fecundidade do Brasil são estimular os aumentos da poupança, da fecundidade, da migração e do crescimento demográfico. “O Brasil não é mais um País de jovens. Nesse ritmo, em 2025 daremos adeus ao bônus demográfico.” De acordo com o texto, o País deveria aproveitar o período de bônus demográfico para alavancar o seu crescimento econômico por meio do aumento da poupança e do investimento. “Envelhecer onde a renda ainda é baixa. Como um País em desenvolvimento consegue isso?”, indagou Arbache. A pergunta diz respeito à possibilidade de o Brasil conseguir alcançar características de economia madura e estagnada antes mesmo de atingir níveis mais elevados de renda per capita.

Seminário discute papel dos BRIC no pós-crise

Seminário discute papel dos BRIC no pós-crise

Encontro de técnicos governamentais é realizado pela Dicod do Ipea. Acompanhe o hotsite do evento

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realiza nos dias 14 e 15 de abril a Cúpula BRIC de Think Tanks: O papel dos BRIC na transformação global após a crise econômica, aproveitando a oportunidade da Cúpula dos presidentes dos países que compõem o BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - marcada para o dia 16 de abril em Brasília, DF. O evento reune representantes dos governos e pesquisadores de centros de estudos dos quatro países. A cúpula, cujas informações são atualizadas no hotsite www.ipea.gov.br/bric, é realizada no Hotel Mercure Eixo, em Brasília (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 5, Bloco G).

O evento é organizado pela Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dicod). Durante os dois dias, serão discutidos o novo papel desses países no cenário mundial, com destaque para os impactos da crise financeira internacional, a dinâmica do comércio exterior, a mudança climática global, o papel dos investimentos estrangeiros diretos, o processo de introdução de inovação tecnológica e as transformações nas instituições da governança global.

A abertura ocorreu às 8h30, com a participação do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães; do presidente do Ipea, Marcio Pochmann; do secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Patriota; do diretor do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (CIP-CI), Rathin Roy; do vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Li Yang; e dos embaixadores da Índia, B. S. Prakash; da China, Qiu Xiaoqi; e da Rússia, Sergey Pogosovich Akopov.

 

Fórum
Na mesma semana da cúpula BRIC, nos dias 12 e 13 de abril, foi realizado em Brasília o Fórum Acadêmico Ibas: Um Diálogo de Políticas Públicas. O evento, organizado pelo CIP-CI, reuniu cerca de 120 formuladores de políticas públicas, especialistas e pesquisadores de Índia, Brasil e África do Sul para construir uma agenda de cooperação para o desenvolvimento social. A abertura teve a participação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann. Técnicos do Instituto participam dos debates. Mais informações estão disponíveis em http://www.ipc-undp.org/pressroom/pdf/IPCPressroom261.pdf.

 
Confira a programação da Cúpula BRIC de Think Tanks:

Quarta-feira, 14 de abril


8:30-10:00 - Cerimônia de abertura

- Ministro Samuel Pinheiro Guimarães (Secretaria de Assuntos Estratégicos, Brasil)
- Presidente Marcio Pochmann (Ipea, Brasil)
- Secretário-Geral Antonio Patriota (Ministério das Relações Exteriores, Brasil)
- Diretor do IPC-IG Rathin Roy (Pnud)
- Embaixador B. S. Prakash (Índia)
- Vice-Presidente Li Yang (Academia Chinesa de Ciências Sociais, China)
- Embaixador Qiu Xiao Qi (China)
- Embaixador Sergey Pogosovich Akopov (Rússia)


10:15-12:15 - Os BRIC e a crise financeira internacional

Coordenador: André Rego Viana (Dicod/Ipea, Brasil)
Debatedor: José Gilberto Scandiucci Filho (Divisão de Política Financeira, Ministério das Relações Exteriores, Brasil)
Apresentadores:
- Marcos Antonio Cintra (Dicod/Ipea, Brasil)
- Vladimir Davydov (Instituto da América Latina, Academia de Ciências da Rússia)
- Ritwik Banerjee (ICRIER, Índia)
- Li Xiangyang (Instituto de Estudos da Ásia e Pacífico, CASS, China)


12:15-14:00 - Almoço


14:00-16:00 - Os BRIC e o comércio internacional

Coordenador: Ivan Tiago Machado Oliveira (Dicod/Ipea, Brasil)
Debatedor: Paulo Ferracioli (PUC-Rio, Brasil)
Apresentadores:
- Renato Baumann (Cepal, Brasil)
- Vladimir Davydov (Instituto da América Latina, Academia de Ciências, Rússia)
- Biswajit Dhar (RIS, Índia)
- Zhang Yuyan (Instituto de Economia e Política Mundial, CASS, China)


16:15-18:15 - Os BRIC e a mudança climática global 

Coordenador: Jorge Hargrave (Dirur/Ipea, Brasil)
Debatedor: Gustavo Luedeman (Dirur/Ipea, Brasil)
Apresentadores:
- Eduardo Viola (Universidade de Brasília, Brasil)
- Nikolai Nikolaevitch Mikhailov (Programa para as Américas, Fundação Russkiy Mir, Rússia)
- Samir Saran (Observer Research Foundation, Índia)
- Wu Enyuan (Instituto de Estudos da Rússia, Europa Oriental e Ásia Central, CASS, China)


Quinta-feira, 15 de abril


9:00-11:00 - Os BRIC e os investimentos estrangeiros diretos

Coordenador: Magali Naves (Assessoria Internacional, SEPIIR, Brasil)
Debatedor: André Gustavo Pineli (Dicod/Ipea, Brasil)
Apresentadores:
- Luciana Acioly (Dicod/Ipea, Brasil)
- Svetlana Pavlovna Glinkina (Instituto de Economia, Academia de Ciências, Rússia)
- Radhika Kapoor (ICRIER, Índia)
- Liu Youfa (Instituto de Estudos Internacionais da China)


11:15-13:15 - Inovação tecnológica nos BRIC

Coordenador: André de Mello e Souza (Dicod/Ipea, Brasil)
Debatedor: Marcio Wohlers de Almeida (Diset/Ipea, Brasil)
Apresentadores:
- Luiz Ricardo Cavalcante (Diset/Ipea, Brasil)
- Rakesh Basant (IIM-A, Índia)
- Zheng Bingwen (Instituto da América Latina, CASS, China)


13:15-15:00 - Almoço


15:00-17:00 - Os BRIC e as instituições da governança global

Coordenador: Adbul Nafey (JNU, Índia)
Debatedor: Alexander Zhebit (UFRJ, Brasil)
Apresentadores:
- Embaixador José Botafogo Gonçalves (Cebri, Brasil)
- Boris Fedorovitch Martynov (Instituto da América Latina, Academia de Ciências da Rússia)
- Nandan Unnikreshnan (Observer Research Foundation, Índia)
- Ye Qing (Institutos de Estudos Internacionais de Xangai, China)

 

Ipea e ONU apresentam relatório dos Objetivos do Milênio

Ipea e ONU apresentam relatório dos Objetivos do Milênio

O evento mostrou os avanços do Brasil em relação às metas propostas pela Organização das Nações Unidas

 

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta quinta-feira, dia 8, o quarto relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU). A abertura foi feita pela representante da ONU Marie-Pierre Poirier, e o relatório foi apresentado pelo diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea,  Jorge Abrahão. O documento contou com a colaboração de mais de 20 ministérios, supervisão da Casa Civil, e coordenação do Ipea, da Secretaria-Geral da Presidência da República  e do Ministério do Planejamento e Gestão.
 
Poirier iniciou sua apresentação dizendo que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são hoje uma prioridade para a ONU e que diversos países têm alcançado as metas estabelecidas. "A agenda dos Objetivos do Milênio se tornou a agenda de muitos países. As metas do milênio precisam se tornar metas de Estado", disse a representante da ONU. Poirier afirmou ainda que os objetivos mais difíceis de serem alcançados pelos países têm sido o da redução da mortalidade materna e a redução da população sem acesso permanente e sustentável a água potável e esgotamento sanitário.
 
O Brasil alcançou metas como a redução da população urbana sem acesso a água, porém, em relação à população rural, os níveis de cobertura ainda são muito deficitários. As metas de redução da pobreza extrema e da fome já foram alcançadas e superadas pelo Brasil, que criou metas próprias, mais ousadas do que as da ONU, para esse objetivo específico. "Grande parte do atingimento das metas é resultante de políticas públicas do Brasil, que não foram criadas por acaso, tais como políticas sociais e econômicas que, por meio da estabilidade, favoreceram os pobres. Os programas de transferência de renda foram fundamentais no combate à fome e à pobreza extrema", disse Jorge Abrahão. 
 
O diretor enfatizou que embora os objetivos da ONU e do Brasil tenham sido alcançados em relação à fome e à pobreza extrema, persistem disparidades regionais que precisam ser combatidas. "Precisamos de ações concretas das políticas públicas para a superação das diferenças regionais", destacou Abrahão. Em relação à educação, alguns objetivos como a redução da razão na inclusão de meninos/meninas no ensino fundamental foi alcançada, porém é preciso elevar o nível do ensino público. "O Brasil se propôs uma meta mais ousada para a inclusão na educação para todos, mas ainda há uma deficiência no processo escolar, onde as falhas são muitas", afirmou o diretor do Ipea.
 
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram estabelecidos em 2000 pela Organização das Nações Unidas e foram assinado por 189 países, entre eles o Brasil, com o compromisso de lutar contra a pobreza, a fome, a desigualdade de gênero, o vírus da Aids, degradação ambiental, entre outros. O quarto relatório dos ODM traz a avaliação de 18 metas monitoradas por 48 indicadores propostos pela ONU e 60 assumidos voluntariamente pelo Brasil.

Íntegra do Relatório dos Objetivos do Milênio

• Iniciativas governamentais

• Veja os gráficos da apresentação dos Objetivos do Milênio

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