Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Estudo sobre portos brasileiros traz diagnóstico e perspectivas

Estudo sobre portos brasileiros traz diagnóstico e perspectivas

Série abordará ainda temas como setor elétrico, aéreo, ferrovias, biocombustíveis, petróleo e gás

O Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (Ipea) apresenta, na próxima segunda-feira, 17, às 10 horas, o Comunicado do Ipea n° 48: Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas. Parte da série Eixos do Desenvolvimento Nacional, o estudo aborda as principais questões econômicas e institucionais que têm envolvido os portos brasileiros nos últimos anos.
 
O texto trata de um setor considerado fundamental para a economia do Brasil e o comércio internacional, já que os portos são responsáveis pela maior parte da relação comercial brasileira com o resto do mundo. Entre os assuntos explorados no estudo estão planos e programas desenvolvidos com o intuito de alavancar o setor de portos, além da apresentação de projeções e cenários para os próximos anos.
 
A apresentação do Comunicado do Ipea n° 48 será feita às 10h, no auditório do Ipea em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES, subsolo), pelo diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Marcio Wohlers; pelo coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos; e pelo coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea, Bolívar Pêgo. A entrevista coletiva será transmitida pelos sites www.ipea.gov.br e www.ipea.gov.br. Jornalistas interessados em mandar perguntas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. devem se cadastrar antecipadamente, enviando nome, telefone de contato e veículo de comunicação para o mesmo endereço.
  
Série
O Comunicado faz parte de um conjunto amplo de estudos sobre o que tem sido chamado, dentro da instituição, de Eixos do Desenvolvimento Nacional: inserção internacional soberana; macroeconomia para o pleno emprego; fortalecimento do estado, das instituições e da democracia; infraestrutura e logística de base; estrutura produtivo-tecnológica avançada e regionalmente articulada; proteção social e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.
 
A série nasceu de um grande projeto denominado Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, que busca servir como plataforma de sistematização e reflexão sobre os desafios e as oportunidades do desenvolvimento nacional, de forma a fornecer ao Brasil o conhecimento crítico necessário à tomada de posição frente aos desafios da contemporaneidade mundial.
 
Os documentos sobre os eixos do desenvolvimento trazem um diagnóstico de cada campo temático, com uma análise das transformações dos setores específicos e de suas consequências para o País; a identificação das interfaces das políticas públicas com as questões diagnosticadas; e a apresentação das perspectivas que o setor deve enfrentar nos próximos anos, indicando diretrizes para (re)organizar a orientação e a ação governamental federal.
 
Comunicados
Ao todo, a coleção terá dez livros, cujos capítulos deram origem aos comunicados da série. Estiveram envolvidas no esforço de produção dos textos cerca 230 pessoas, 113 do próprio Ipea e as demais pertencentes a mais de 50 diferentes instituições, entre universidades, centros de pesquisa, órgãos de governo e outras.

O livro no qual o comunicado se insere trata de infraestrutura econômica, cuja função é dar apoio às atividades do setor produtivo. A melhoria da infraestrutura econômica tem impacto direto sobre as empresas e indústrias e pode ampliar a capacidade produtiva por meio de custos, tecnologias e capacidade de distribuição.
 
Dentro da série, ainda serão divulgados comunicados sobre ferrovias, setor elétrico, transporte aéreo, rodovias, biocombustíveis, telecomunicações, petróleo e gás e experiências latino-americanas. Cada capítulo dará origem a um Comunicado do Ipea, que tem por objetivo antecipar estudos e pesquisas mais amplos conduzidos no Instituto, como é o caso da obra completa, que terá dez volumes e cerca de 9 mil páginas. O livro sobre infraestrutura econômica terá cerca de 700 páginas.
 
 
Próximos comunicados da série Eixos do Desenvolvimento Nacional:

17/5 - Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas (Brasília-DF)

19/5 - Transporte ferroviário de cargas no Brasil: gargalos e perspectivas para o desenvolvimento econômico e regional (Brasília-DF)

20/5 - Setor elétrico: desafios e oportunidades (São Paulo-SP)

24/5 - Rodovias brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro (Brasília-DF)

26/5 - Biocombustíveis no Brasil: etanol e biodiesel (Brasília-DF)

27/5 - Desafios e oportunidades do setor de telecomunicações no Brasil (São Paulo-SP)

31/5 - Panorama e perspectivas para o transporte aéreo no Brasil e no mundo (Brasília-DF)

1/6 - Perspectivas de desenvolvimento do setor de petróleo e gás no Brasil (Rio de Janeiro-RJ)

2/6 - Experiências latino-americanas em infraestrutura econômica (Brasília-DF)

Estudo sobre portos brasileiros traz diagnóstico e perspectivas

Estudo sobre portos brasileiros traz diagnóstico e perspectivas

Série abordará ainda temas como setor elétrico, aéreo, ferrovias, biocombustíveis, petróleo e gás

O Instituto de Pesquisa Econômica aplicada (Ipea) apresentará nesta segunda-feira, 17, às 10 horas, o Comunicado do Ipea n° 48: Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas. Parte da série Eixos do Desenvolvimento Nacional, o estudo aborda as principais questões econômicas e institucionais que têm envolvido os portos brasileiros nos últimos anos.
 
O texto trata de um setor considerado fundamental para a economia do Brasil e o comércio internacional, já que os portos são responsáveis pela maior parte da relação comercial brasileira com o resto do mundo. Entre os assuntos explorados no estudo estão planos e programas desenvolvidos com o intuito de alavancar o setor de portos, além da apresentação de projeções e cenários para os próximos anos.
 
A apresentação do Comunicado do Ipea n° 48 será feita às 10h, no auditório do Ipea em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES, subsolo), pelo diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Marcio Wohlers; pela diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais, Liana Carleial; pelo coordenador de Infraestrutura Econômica, Carlos Campos; e pelo coordenador de Desenvolvimento Urbano do Ipea, Bolívar Pêgo. A entrevista coletiva terá transmissão pelos sites www.ipea.gov.br e www.ipea.gov.br, com participação on-line de jornalistas.
 
Série
O Comunicado faz parte de um conjunto amplo de estudos sobre o que tem sido chamado, dentro da instituição, de Eixos do Desenvolvimento Nacional: inserção internacional soberana; macroeconomia para o pleno emprego; fortalecimento do estado, das instituições e da democracia; infraestrutura e logística de base; estrutura produtivo-tecnológica avançada e regionalmente articulada; proteção social e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.
 
A série nasceu de um grande projeto denominado Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro, que busca servir como plataforma de sistematização e reflexão sobre os desafios e as oportunidades do desenvolvimento nacional, de forma a fornecer ao Brasil o conhecimento crítico necessário à tomada de posição frente aos desafios da contemporaneidade mundial.
 
Os documentos sobre os eixos do desenvolvimento trazem um diagnóstico de cada campo temático, com uma análise das transformações dos setores específicos e de suas consequências para o País; a identificação das interfaces das políticas públicas com as questões diagnosticadas; e a apresentação das perspectivas que o setor deve enfrentar nos próximos anos, indicando diretrizes para (re)organizar a orientação e a ação governamental federal.

Comunicados
Ao todo, a coleção terá dez livros, cujos capítulos deram origem aos comunicados da série. Estiveram envolvidas no esforço de produção dos textos cerca 230 pessoas, 113 do próprio Ipea e as demais pertencentes a mais de 50 diferentes instituições, entre universidades, centros de pesquisa, órgãos de governo e outras.

O livro no qual o comunicado se insere trata de infraestrutura econômica, cuja função é dar apoio às atividades do setor produtivo. A melhoria da infraestrutura econômica tem impacto direto sobre as empresas e indústrias e pode ampliar a capacidade produtiva por meio de custos, tecnologias e capacidade de distribuição.
 
Dentro da série, ainda serão divulgados comunicados sobre ferrovias, setor elétrico, transporte aéreo, rodovias, biocombustíveis, telecomunicações, petróleo e gás e experiências latino-americanas. Cada capítulo dará origem a um Comunicado do Ipea, que tem por objetivo antecipar estudos e pesquisas mais amplos conduzidos no Instituto, como é o caso da obra completa, que terá dez volumes e cerca de 9 mil páginas. O livro sobre infraestrutura econômica terá cerca de 700 páginas.
 
 
Comunicados da série Eixos do Desenvolvimento Nacional:

17/5 - Portos brasileiros: diagnóstico, políticas e perspectivas (Brasília-DF)

19/5 - Transporte ferroviário de cargas no Brasil: gargalos e perspectivas para o desenvolvimento econômico e regional (Brasília-DF)

20/5 - Setor elétrico: desafios e oportunidades (São Paulo-SP)

24/5 - Rodovias brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro (Brasília-DF)

26/5 - Biocombustíveis no Brasil: etanol e biodiesel (Brasília-DF)

27/5 - Desafios e oportunidades do setor de telecomunicações no Brasil (São Paulo-SP)

31/5 - Panorama e perspectivas para o transporte aéreo no Brasil e no mundo (Brasília-DF)

1/6 - Perspectivas de desenvolvimento do setor de petróleo e gás no Brasil (Rio de Janeiro-RJ)

2/6 - Experiências latino-americanas em infraestrutura econômica (Brasília-DF)

Foto: Rodrigo Leal / Appa

Carga tributária brasileira foi tema de seminário no Rio

Carga tributária brasileira foi tema de seminário no Rio

Estudo de especialista em regulação da Ancine avalia a influência de regimes e governos de 1946 a 2007

Um estudo sobre a influência de regimes e governos na carga tributária foi exposto nesta quarta-feira, 12, na representação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no Rio de Janeiro. Especialista em Regulação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (EPGE/ FGV), Bruno Schröder apresentou o seminário Regimes, governos e a carga tributária no Brasil (1946-2007).

O especialista mostrou que a carga tributária praticamente triplicou no Brasil durante o período estudado. Segundo o professor, a base política atual é heterogênea e, nesse caso, a relação com a carga tributária costuma ser teórica. “Quanto menos coesos forem os governos, maior será a carga tributária”, explicou.

Segundo Schröder, sob regime autoritário, a dinâmica da política brasileira se manteve, o que contraria alguns conceitos do pensador francês Alexis de Tocqueville e ajuda na compreensão da influência de regimes autoritários. “Segundo a teoria tocquevilliana, os regimes democráticos apresentariam maior carga tributária, pois o eleitor com a renda mediana seria mais pobre e mais favorável a uma maior redistribuição de recursos. No Brasil ocorreu o inverso, pois os autoritários sabem que os benefícios das transferências governamentais favorecem apenas os que votam”, observou.

Apesar de a sociedade eleger um candidato, não há garantias de que o eleito cumprirá as promessas de campanha. Ao longo do século XX, inclusive após a redemocratização com a Constituição de 1988, enquanto a carga tributária aumentava, a franquia eleitoral se expandia, o que mostra, segundo o estudo, uma relação estreita com arranjos políticos. “Os eleitores não gostam de pagar impostos, apenas de receber transferências, como o Bolsa Família. Para conquistar o eleitorado, os candidatos diminuem os tributos ou aumentam os gastos”, disse Schröder.

O professor disse que o enfoque do estudo é o mercado político. “Esse trabalho permite avaliar os efeitos intrarregimes e comparar diferentes governos”, disse. No texto, ele enfatiza que o Brasil possui uma das maiores cargas tributárias entre os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e, na América Latina, a maior. “Na minha produção, a carga tributária é entendida como política pública. A partir daí, acredito que o trabalho contribui para esclarecer a importância da política para a questão tributária, uma atividade estatal e enriquecer o debate”, concluiu Schröder.

Reformas tributária e cambial rendem melhores empregos

 

Reformas tributária e cambial rendem melhores empregos

Estudo do Ipea aponta para políticas públicas de investimento e qualificação

 

Foto: Sidney Murrieta
O técnico em Planejamento e Pesquisa e assessor da
Presidência do Ipea Sandro Sacchet apresentou os dados

O desenvolvimento brasileiro de longo prazo precisa ter uma estrutura com políticas de governo que visem a melhores empregos para trabalhadores mais qualificados. A afirmação foi feita pelo técnico em planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea) Sandro Sacchet de Carvalho, ao apresentar nesta quinta-feira, 13, em Brasília, o Comunicado nº 49, A Evolução Recente dos Rendimentos do Trabalho e o Papel do Salário Mínimo. O documento mostra que os rendimentos do trabalho no País beneficiaram os trabalhadores com menores salários enquanto os mais qualificados tiveram queda da renda.

Questionado sobre as perspectivas dos que se aprimoram em mestrados e doutorados diante desse resultado, Carvalho respondeu que os dados revelam que há uma tendência de queda da desigualdade importante no Brasil. “Precisamos manter essa tendência por mais uma ou duas décadas e, ao mesmo tempo, investir em políticas que garantam melhores empregos. De modo geral, faltam qualificações em determinadas áreas e sobram em outras”, afirmou o pesquisador.

Milko Matijascic, assessor-chefe da presidência do Ipea, argumentou que os dados mostram que os ganhos salariais ocorreram em razão dos investimentos do Estado. “Obteve ganho quem esteve mais ligado às decisões de ação do Estado, de recuperação do salário mínimo e do salário do serviço público”, afirmou.

As políticas salariais, de renda, segundo Matijascic, dependem de outras decisões, “notadamente da política tributária e de câmbio”, frisou, ao defender uma reforma tributária que impeça a incidência de impostos sobre os que ganham menos e uma política econômica voltada para um futuro mais complexo, tanto na linha de produção como no respeito ao meio ambiente e ao cidadão”. Ele considera que as pesquisas apontam que o País optou por uma política até o momento “inequívoca, no caminho para uma sociedade mais civilizada. 

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 49

Ciência, tecnologia e instituições democráticas em debate

Ciência, tecnologia e instituições democráticas em debate

Seminário promovido pela Dimac no Rio de Janeiro discute estratégias para o desenvolvimento

Foto: Pedro Libânio
O diretor da Dimac, João Sicsú (E) e convidados
na segunda noite de seminário

A segunda noite do seminário “Brasil: Economia, Política e Desenvolvimento”, realizado no Rio de Janeiro, contou com a presença de Luis Fernandes, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da cientista política Eli Diniz, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (PPED/UFRJ) e do diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, João Sicsú. A mesa teve a mediação de Sidney Pascouto, vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Estado do Rio de Janeiro, Corecon-RJ. 

A cientista política Eli Diniz fez um histórico das inflexões no processo político brasileiro desde a década de 1930. As reformas feitas por Getúlio Vargas, entre as quais a trabalhista, foram colocadas como exemplos de quebra da estrutura da preservação de interesses dominantes. 

Diniz enfatizou que a ruptura de 1964 promoveu um enfraquecimento das instituições políticas e, ao mesmo tempo, o avanço de uma visão mais desenvolvimentista do Brasil. Ela argumentou que o conceito de desenvolvimento correspondeu somente ao crescimento econômico. Segundo a pesquisadora, hoje existe um novo paradigma da inserção internacional do Brasil nos mercados globais e o momento é de debate da continuidade ou ruptura das políticas sociais. “Essa discussão tornou-se muito mais complexa”, afirmou a cientista política.

 Ciência e Tecnologia

O presidente da Finep, Luis Fernandes, defendeu uma política arrojada de investimento público no  desenvolvimento de pesquisas científicas. “O desafio atual é criar uma política nacional de ciência e tecnologia para fomentar o investimento privado nesse setor e alavancar o desenvolvimento do País”, argumentou.  Ao destacar a importância do Brasil na produção de ciência e tecnologia na América Latina e sua crescente participação no desenvolvimento científico no mundo, reafirmou: “O País precisa de uma política de C&T que se alinhe às necessidades do desenvolvimento nacional, soberano e competitivo no mundo globalizado”

Países em desenvolvimento lideram o crescimento mundial no pós-crise
Países em desenvolvimento lideram o crescimento mundial no pós-crise
Estudo do Ipea sobre o desenvolvimento do Brasil e a nova divisão internacional do trabalho é apresentado na Câmara dos Deputados 
 
Pela primeira vez, não são mais os países desenvolvidos os grandes responsáveis pela saída da crise e pelo crescimento. Enquanto estes contribuíram 24% para o crescimento mundial em 2008, os países em desenvolvimento representaram quase 76%. Dois terços desse crescimento foram dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China).
 
Esses dados, que constam na publicação Brasil Estado de uma Nação, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foram apresentados nesta quarta-feira, dia 12, pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. 
 
Pochmann mostrou que há um movimento de concentração das indústrias nos países em desenvolvimento. "A discrepância de qualificação de mão de obra deixa de ser significativa entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento com os avanços na escolaridade", afirmou.
 
O presidente do Ipea explicou que houve uma transformação no comércio exterior do País, com a ampliação do número de parceiros do Brasil, das relações sul-sul, e a busca por sair da dependência com os países desenvolvidos.As empresas brasileiras que passaram a exportar aumentaram de 17 mil, em 2003, para 24 mil, em 2010. Apesar desse crescimento, esse universo ainda é pequeno e não chega a 1% das empresas.
 
Pochmann alertou que o comércio ainda está muito concentrado nos grandes empreendimentos. ?Precisamos de políticas sofisticas para estimular pequenas e médias empresas. A sustentação do crescimento depende da ampliação da capacidade produtiva, por isso o financiamento é estratégico?, defendeu o presidente do Ipea ao lembrar que o Brasil tem 190 milhões de habitantes, menos de 170 bancos e 500 municípios sem agência bancária,ou seja, não existem bancos que financiem a agricultura familiar e as pequenas e médias empresas.

Ipea apresenta propostas para o Fundo Social do pré-sal

Ipea apresenta propostas para o Fundo Social do pré-sal

Estados que recebem royaties não avançaram no combate à pobreza

 

Foto: João Viana
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann (E) apresentou
dados sobre pobreza nos estados que recebem royalties 

“O pré-sal não pode ser apenas um milagre econômico, mas também social”, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, durante a primeira audiência pública conjunta de seis comissões do Senado Federal, para debater o projeto que cria o Fundo Social, nesta quarta-feira, dia 12.

Pochmann mostrou com dados que os Estados que recebem os royalties do petróleo não necessariamente evoluíram no combate à pobreza, no aumento da qualidade da educação, no aumento de atendimento público com bibliotecas e SUS. O presidente do Instituto afirmou que o atual modelo não está fazendo diferença no campo social.

Segundo o economista, é preciso aplicar os recursos com transparência, monitoramento, foco e definir melhor as prioridades do que fazer com as receitas do petróleo. “A abertura desses recursos para muitas ações não vai ser suficiente para alterar a realidade do Brasil”. Alertou também que mais de 84% dos recursos vinculados são contingenciados. E pôs em questão qual o resultado desse sistema de vinculações na esfera federal.

Fundo sustentável

O técnico do Ipea Marcelo Piancastelli também participou da audiência e indicou que as experiências internacionais bem sucedidas foram as que transformaram uma riqueza natural, não renovável, num ativo financeiro permanente a ser desfrutados pelas gerações futuras, além de garantir a sustentabilidade fiscal e a transparência e assegurar a compatibilidade orçamentária no uso eficiente dos recursos.

E defendeu que a renda sustentável deve ser um percentual fixado pelo Congresso que incidirá sobre a riqueza total do Fundo Social e que deveria ser transferida para o Orçamento Geral da União para investimento em educação, ciência e tecnologia, meio ambiente e cultura. Na Noruega, essa renda é 4% do valor total e no Timor Leste, é 3%.

A audiência pública conjunta de seis comissões do Senado Federal contou também com as apresentações de Fernando Siqueira, da Associação dos Engenheiros da Petrobras, Maurício Albuquerque, secretário de Macro Avaliação Governamental do Tribunal de Contas da União, Paulo Springer de Freitas, consultor legislativo do Senado Federal e Nelson Barbosa, secretário de Políticas Econômicas do Ministério da Fazenda.

Veja o slide

Renda média do trabalho aumentou no País

Renda média do trabalho aumentou no País

Trabalhadores com menores salários foram os mais beneficiados entre 2004 e 2008

A renda média do trabalho no Brasil cresceu 17,1% entre 2004 e 2008. Os rendimentos, no entanto, não apresentaram uma trajetória homogênea para todos os ocupados. De modo geral, trabalhadores com menores salários apresentaram um crescimento acima da média e os mais qualificados tiveram queda da renda.

Os dados constam no Comunicado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)  nº 49 A Evolução Recente dos Rendimentos do Trabalho e o Papel do Salário Mínimo que foi divulgado nesta quinta-feira,13, às 10h30, no auditório do Instituto em Brasília (SBS Quadra 1 Ed. BNDES, subsolo).

O documento analisa o papel que o salário mínimo teve na evolução pró-pobre da renda do trabalho e traz um relato da evolução recente da renda proveniente do trabalho no País, para as diferentes ocupações no mercado de trabalho.

Na visão dos autores do estudo, é preciso aprofundar dois fenômenos que ocorreram no período avaliado e que contribuíram para a diminuição da desigualdade de renda do trabalho no Brasil: o aumento do salário mínimo e a queda dos rendimentos dos trabalhadores mais qualificados.

As principais informações utilizadas no Comunicado foram obtidas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), produzida pelo IBGE. Os rendimentos estão em reais de setembro de 2008 e foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 49

 

 

Especialistas analisam no Rio desenvolvimento e economia

Especialistas analisam no Rio desenvolvimento e economia

 Seminário debate equilíbrio das contas públicas, taxa de juros e incentivo ao investimento

 “Não se pode ter uma taxa de juros maior do que a taxa de crescimento, pois, se assim for, o que você faz na prática é transferir o investimento da produção para o mercado financeiro”, destacou o economista e cientista político Theotônio dos Santos durante o seminário “Brasil: Economia, Política e Desenvolvimento” promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, (Ipea), no Rio de Janeiro.  O evento continua hoje, no auditório do Conselho Regional de Economia  (Corecon - RJ), na Avenida Rio Branco, 109, Centro. Durante dois dias especialistas debatem os rumos da economia e o papel do Estado no desenvolvimento.

Theotônio dos Santos abordou os conceitos de neoliberalismo e as teorias econômicas keynesianas, fazendo uma relação das duas correntes na economia atual e demonstrando como o Estado, de certa forma, está sempre atuando nos mercados. O economista listou as crises cíclicas do capitalismo, com ênfase nas instabilidades que o dólar e a economia norte-americana enfrentaram no século passado. Ele defendeu as diversas formas de atuação do Estado na economia e ressaltou a importância do equilíbrio das contas públicas e do controle do déficit fiscal. “A queda da taxa de juros  incentivará o investimento no setor produtivo”, argumentou.

Macroeconomia

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, João Sicsú, foi o segundo palestrante da noite. Sicsú apresentou indicadores econômicos que demonstram a situação do País no período da crise mundial iniciada em 2008. Ele destacou a importância do setor de comércio e serviços na manutenção da economia durante a crise, como principal setor de geração de empregos no período. “Tivemos um ano de 2009 que não foi bom, mas foi um ano com criação de quase um milhão de empregos, o que pode ser considerado um ótimo resultado para um ano de crise”, observou Sicsú.

O diretor fez uma análise do crescimento do crédito e da participação dos bancos ao emprestar dinheiro para prover o aquecimento da economia. “Alguns dizem que os bancos nunca lucraram tanto, mas deve-se pensar que a economia nunca cresceu tanto também”, ponderou Sicsú ao destacar ainda os benefícios de formalização do emprego e o crescimento do salário mínimo real, como conseqüência das políticas econômicas do governo.

Embate político

O ano eleitoral e a análise da atuação do governo na economia foram os temas da palestra do jornalista e historiador Gilberto Maringoni. Ele citou como ações estratégicas do Estado para o desenvolvimento nacional a existência dos bancos de desenvolvimento na oferta de crédito, a aquisição do Banco da Patagônia pelo Banco do Brasil e a reativação da Telebrás. Maringoni colocou o Brasil como uma grande potência, atuante no desenvolvimento na América Latina e em outros mercados emergentes. “A busca de mercados na América do Sul e na Ásia, por exemplo, demonstra a ascensão de novos mercados, diferentes dos tradicionais europeus e norte- americano”, afirmou.

A entrada da Venezuela no Mercosul foi citada como exemplo de uma necessidade do desenvolvimento local na América Latina. “Existe uma demanda do próprio mercado brasileiro de estreitamento das relações com a Venezuela, por isso a sua entrada no Mercosul”, destacou Maringoni.O jornalista criticou a forma como a imprensa brasileira vê as relações do Brasil com países como o Irã e a Venezuela, áreas de expansão para a economia Brasileira.

Futuro

Na última palestra da noite, o professor Emir Sader fez um panorama da realidade econômica mundial com o avanço da China e seu crescente modo de vida consumista, seguindo o padrão norte-americano. Sader enfatizou o poder do capital financeiro e da necessidade de atuação do governo nesse setor. “O capital financeiro tem uma força gigantesca no mundo. No Brasil, sua pressão ainda é muito grande. A penetração do capital estrangeiro é um problema sério, como o envio do lucro para fora, a especulação, entre outros”, alertou Sader ao abordar o controle de fluxos de capitais.

Sader propôs um balanço dos últimos anos e destacou o novo papel do Brasil no cenário internacional. “É um momento bom, de fim de governo, para fazermos um grande debate, para sabermos o que fizemos o que queremos fazer, para organizarmos o futuro. A visibilidade do Brasil no cenário mundial aumenta a responsabilidade do País”, argumentou o professor ao defender um planejamento de longo prazo para o Brasil.

 

 

 

 

Oficina aborda efetividade de instituições participativas

Oficina aborda efetividade de instituições participativas

Evento consolidará acordo entre o Ipea e o Prodep para o desenvolvimento de pesquisas a longo prazo

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realiza, nos dias 12 e 13 de maio, a oficina de trabalho A Efetividade das Instituições Participativas no Brasil: Perspectivas, Estratégias Metodológicas e Resultados. O evento terá a participação de pesquisadores de diversas instituições parceiras e consolidará o acordo de cooperação técnica entre o Ipea e o Projeto de Democracia Participativa (Prodep), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Organizada pela Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (DIEST), a oficina tem como objetivo proporcionar o debate e a troca de experiências entre os participantes para o desenvolvimento de um conjunto de indicadores sobre a efetividade das instituições participativas. Os trabalhos serão mediados pelo diretor da DIEST, José Celso Pereira Cardoso Jr., e pelo coordenador do Prodep e professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, Leonardo Avritzer.

A programação está dividida em mesas-redondas, com estímulo às discussões geradas a partir de dois textos-base previamente distribuídos aos participantes.  Os temas em discussão serão os desafios da avaliação e estratégias possíveis; as instituições participativas como categoria de análise; e a qualidade dos processos participativos: dimensões e variáveis relevantes.

Participam do evento pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e das universidades de Campinas (UNICAMP), de São Paulo (USP), Federal de Minas Gerais (UFMG), de Brasília (UnB), Federal de Santa Catarina (UFSC) e Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de representantes do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), do Instituto Pólis, da Boise State University e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

A oficina de trabalho A Efetividade das Instituições Participativas no Brasil: Perspectivas, Estratégias Metodológicas e Resultados será realizada no auditório do 16º andar do Ipea (SBS, Qd 1, Bl J. Edifício Ipea/BNDES, Brasília- DF).  A programação terá início no dia 12 de maio, das 19h às 22h. No dia 13, os trabalhos serão realizados entre 9h e 18h.

 

 

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