Ipea mede percepção social sobre igualdade de gênero
Dados de igualdade de gênero mostram que maior parte da população acha que investigação criminal em casos de violência contra a mulher deve seguir mesmo sem representação da vítima
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança na próxima terça-feira, 7, às 10h30, em Brasília, o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de gênero. O indicador mostra como a população avalia os serviços públicos em áreas específicas e qual é o grau de importância deles para a sociedade. O lançamento será feito em entrevista
O SIPS sobre igualdade de gênero mostra que mais de 90 % dos entrevistados acham que, no caso de agressão contra a mulher, a investigação deve prosseguir, mesmo que ela retire a representação contra o ofendido. Além de dados sobre a percepção da população sobre a violência contra a mulher, o indicador mostra como são avaliados creches e transporte escolar, visto que ainda são as mulheres as principais responsáveis pelo trabalho de cuidado com os filhos.
SIPS
O novo sistema de indicadores vai permitir ao setor público estruturar as suas ações para uma atuação mais efetiva, de acordo com as demandas da população brasileira. As primeiras edições foram sobre justiça e cultura. Ainda serão lançadas avaliações sobre bancos; mobilidade urbana; saúde; educação; e qualificação para o trabalho.
A pesquisa é feita presencialmente. Para a elaboração do novo indicador, foram ouvidos 2.770 brasileiros em todos os estados do Brasil. A técnica usada é a de amostragem por cotas, que garante representatividade e operacionalidade e mantém a variabilidade da amostra igual à da população nos quesitos escolhidos. A margem máxima de erro por região é de 5% e o grau de confiança é de 95%.
Leia a íntegra do Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre gênero
Veja os gráficos da apresentação do Sistema de Indicadores de Percepção Social sobre gênero
Ipea recebe o Congresso Panamericano de Comunicação
Evento internacional reúne pesquisadores de vários países na sede do Instituto e na Universidade Católica de Brasília
Começa nesta quarta-feira, 1º de dezembro, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, o Congresso Panamericano de Comunicação 2010. O tema do encontro deste ano é Indústrias de Conteúdos Digitais, Redes Sociais e Desenvolvimento Sustentável. O congresso vai até sexta-feira, dia 3, e contará com a presença de mais de 70 especialistas nacionais e internacionais.
O encontro também analisará as mudanças necessárias no mundo acadêmico visando à atualização de alunos, professores e pesquisadores para a nova cultura digital interativa, as novas profissões, os novos modelos de negócios que emergem da cultura digital, e para as possibilidades de participação e inclusão social que ela pode proporcionar.
Para mais informações sobre o encontro, visite o sítio do congresso. Lá, é possível encontrar a programação completa, todos os temas abordados pelos grupos de trabalho e todos os palestrantes.
Qualidade regulatória foi tema de debate no Rio
6ª Jornada de Estudos de Regulação reuniu mais de 200 pessoas, entre elas especialistas do Brasil e do exterior
Fotos: Marcio Maia![]() |
Em sua sexta edição, a Jornada de Estudos de Regulação reuniu representantes da academia, do poder público e de entes regulados |
Com o tema “Aperfeiçoando a Qualidade Regulatória”, a 6ª Jornada de Estudos de Regulação, promovida pelo Ipea, reuniu de
O diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura, Marcio Wohlers, abriu o encontro e lembrou que “o Brasil importou as agências de países com tradição regulatória”. Por esse motivo, o país ainda tem um bom caminho a percorrer nesse tema.
Também presente na abertura, a coordenadora do evento, Lúcia Helena Salgado, coordenadora de Estudos de Regulação e Mercado do Ipea, ressaltou a importância desse “fórum de discussão do Brasil”. A jornada tem vários objetivos, inclusive criar ideias de aperfeiçoamento da qualidade regulatória.
A Jornada é realizada em parceria com o Programa de Fortalecimento da Capacidade Institucional para Gestão em Regulação (Pro-Reg), da Casa Civil da Presidência da República, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores.
Em sua sexta edição, a segunda com dimensão internacional, a Jornada se consolida como um fórum de debate interdisciplinar. O evento costuma reunir representantes da área acadêmica, do poder público e dos entes regulados. O foco é agregar, estimular, debater e divulgar trabalhos sobre temas em voga na agenda regulatória, identificados a cada ano.
Leia a íntegra do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre segurança pública
Veja a apresentação do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre segurança pública
A pesquisa sobre segurança pública mostra que nove em cada dez entrevistados têm medo de sofrer crimes como homicídio, assalto a mão armada e arrombamento de residência. Também há dados com recortes de renda, sexo, idade, estado civil e escolaridade sobre a confiança nas instituições policiais, a atuação da polícia, a avaliação dos serviços prestados e os problemas relatados pela população no contato com os policiais.
A pesquisa é feita presencialmente, com visitas aos domicílios. Para a elaboração do novo indicador, foram ouvidos 2.770 brasileiros em todos os estados do Brasil. A técnica usada é a de amostragem por cotas, que garante representatividade e operacionalidade e mantém a variabilidade da amostra igual à da população nos quesitos escolhidos. A margem máxima de erro por região é de 5% e o grau de confiança é de 95%.
Ipea discute indicadores estratégicos de comunicação
Colóquio Ipea/Socicom está sendo realizado em Brasília. Acompanhe">em Brasília e reúne vários especialistas.
O Ipea realiza, entre os dias 30 de novembro e 1° de dezembro, em Brasília, o Colóquio Ipea/Socicom 2010 - Os Indicadores Estratégicos da Comunicação no Novo Ciclo do Pensamento Brasileiro. O evento, que reúne grandes nomes da pesquisa em comunicação no Brasil, ocorre na sede do Instituto em Brasília, no Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea (auditório do subsolo).
Colóquio Ipea/Socicom 2010
Estudos analisam Censo 2010 e orçamento familiar
A divulgação dos Comunicados do Ipea será nesta quarta, 1º, na representação do Instituto no RJ, às 14h
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai lançar dois Comunicados nesta quarta-feira, 1º de dezembro, às 14h, em entrevista coletiva com a imprensa no auditório do Ipea no Rio de Janeiro (Avenida Presidente Antonio Carlos, 51, 10º andar, Centro). Os estudos foram realizados pela Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur).
O Comunicado do Ipea n° 68: Censo 2010: análise dos dados preliminares traça o mapa de variação populacional da década, com as taxas de crescimento de diferentes municípios e regiões. A avaliação responde questões como: qual é a dinâmica populacional do principal município de uma região metropolitana?; qual região metropolitana tem se dinamizado mais em termos populacionais?; há municípios isolados que têm se destacado em crescimento ou estagnação?; os municípios desmembrados nesse intervalo (2000-2010) tiveram uma dinâmica que justificasse seu desmembramento?; municípios de portes diferentes ou de regiões diferentes tiveram taxas de crescimento diferentes?
O texto descreve a dinâmica populacional inferida do Censo 2010 e sua diferença em relação à projeção e estimativa existentes. Há também recortes específicos de análise populacional de acordo com a Unidade da Federação, com a Região Metropolitana, com o estrato de tamanho da cidade, e com os 58 municípios criados de 2000 até o momento.
Já o Comunicado do Ipea n° 69: Evolução das despesas com habitação e transporte público nas Pesquisas de Orçamentos Familiares: análise preliminar, 2002-2009 avalia a evolução das despesas urbanas, como aluguel, IPTU, condomínio, água e transporte, entre outros, nas diversas regiões brasileiras. O estudo mostra a evolução dos dados urbanos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada em 2002/2003 e 2008/2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram definidas sete categorias de despesas: taxas urbanas, aluguel, tributos imobiliários, aquisição de imóvel, condomínio, água e transporte urbano.
Para a análise, elaboraram-se dois indicadores relacionados à frequência de famílias que declararam realizar a despesa e a participação da despesa na renda total (monetária e não monetária). O texto apresenta ainda os resultados por seis faixas de estrato familiar, de forma a medir o perfil distributivo da despesa. O Comunicado também mostra uma análise regional dos dados, em uma subdivisão entre municípios de capitais e regiões metropolitanas e em municípios do interior urbano.
Leia o comunicado nº 68 na íntegra
Veja os gráficos da apresentação
Leia o comunicado nº 69 na íntegra
Veja os gráficos da apresentação
Estudo mostra impacto da Petrobras nos fornecedores
Livro sobre poder de compra da Petrobras envolveu o trabalho de 43 pesquisadores do Ipea e de universidades brasileiras
As empresas fornecedoras da Petrobras têm maior produtividade, maiores salários e pessoal mais qualificado que as não fornecedoras. Essa é uma das conclusões do livro O Poder de Compra da Petrobras: Impactos Econômicos nos seus Fornecedores – Síntese e Conclusões. Resultado de uma parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Petrobras, a obra foi lançada durante a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code), nesta sexta-feira, 26, em Brasília.
Para realizar o estudo, os técnicos do Ipea tiveram acesso a uma base de dado nunca antes liberada para pesquisas. Os dados são de cerca de 70 mil empresas, que venderam à Petrobras produtos e serviços no total de mais de R$ 370 bilhões entre 1998 e 2007. Os dados referentes às empresas não fornecedoras da Petrobras são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Banco Central e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre outros.
De acordo com o estudo, em 2006, as fornecedoras da Petrobras representavam 6,4% das firmas com mais de 30 pessoas ocupadas na indústria e serviços, mas tinham 16,4% do total de pessoal ocupado e 26% da massa salarial dessas empresas. O salário médio era de R$ 1.691 nas fornecedoras, contra R$ 932 nas não fornecedoras e os trabalhadores das fornecedoras tinham, em média, 1,3 ano de estudo a mais. “A cadeia de fornecedores da Petrobras tinha, ainda, 37,8% do total de científicos, 39,71% dos engenheiros, 38,14% dos pesquisadores e 29,66% dos trabalhadores com nível superior dessas empresas”, explicou o diretor de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura do Ipea, Marcio Wohlers.
“O estudo mostra que tivemos resultados interessantes de ganhos de produtividade, aumento de escolaridade e de capacidade de desenvolvimento tecnológico, que realmente são o foco do processo de desenvolvimento”, afirmou Antônio Vianna, que representou a Petrobras no lançamento. De acordo com Lenita Turchi, uma das coordenadoras do estudo, a parceria entre Ipea e a Petrobras é parte de uma série de estudos. Em breve, será divulgada uma pesquisa sobre o impacto da Petrobras no desenvolvimento tecnológico do Brasil.
Infraestrutura do Brasil foi tema de painel na Code
Presidente da Caixa Econômica e outras autoridades participaram da sétima mesa de debates na conferência
Foto: Sidney Murrieta![]() |
José Sydrião, diretor do Banco do Nordeste, disse que a melhoria da infraestrutura na região pode abrir mercados internacionais |
A 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code/Ipea) trouxe no sétimo painel temático a discussão sobre “Infraestrutura econômica, social e urbana”. Nesta sexta-feira, 26, último dia da Code, a diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Liana Carleial, moderou o debate. Participaram Márcio Fortes, ministro de Estado das Cidades, Maria Fernanda Coelho,
O debate abordou a infraestrutura em segmentos: saneamento básico, transporte, habitação, banda larga, bancos públicos, entre outros. A moderadora ressaltou que há um conjunto de novos fatos na economia brasileira e falta torná-los mais positivos por meio de melhoramentos na infraestrutura e no desenvolvimento sustentável, em uma grande estratégia de longo prazo.
De acordo com Maria Fernanda Coelho, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está ampliando a atuação do banco quando se trata de infraestrutura urbana. Ela ressaltou que o programa Minha Casa, Minha Vida é um exemplo de política de habitação desenvolvida pela Caixa e destacou que o Brasil teve uma evolução, a partir de 2007, no saneamento básico.
Para a
Nordeste e banda larga
O diretor do Banco do Nordeste, José Sydrião, abordou problemas enfrentados pela Região Nordeste do país. Um dos maiores, segundo Sydrião, está relacionado à infraestrutura. Ele explicou que a infraestrutura econômica e social pode criar no Nordeste uma dinâmica nacional e abrir mercados internacionais estratégicos, pois a região “dispõe dos quatro principais portos do país, com capacidade de expansão para os próximos 10 anos”.
Nelson Fujimoto destacou o papel do Programa Nacional de Banda Larga como instrumento de cidadania. Ele disse que, para o cidadão, banda larga significa mais educação, qualificação e desenvolvimento social. O assessor lembrou que, de acordo com estudo do Ipea, a banda larga no Brasil é cara, concentrada e lenta. “É cinco vezes mais cara que a do Japão, 2,7 mais cara que a da Rússia. É localizada principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e apenas 21% dos domicílios no Brasil têm acesso. Além disso, é lenta”, explicou.
O Secretário de Política Nacional de Transportes, Marcelo Perrupato, lamentou o fato de o Brasil, no passado, ter perdido oportunidades de melhorar sua infraestrutura. Para ele, reposicionar a mão de obra é o maior desafio. Perrupato afirmou que o que antes era gasto por ano em infraestrutura no país (R$ 1,5 bilhão), atualmente é pago por mês.