Agentes internacionais acreditam que pobreza cairá no Brasil
Expectativa para o País também melhorou em itens como queda da desigualdade e crédito
A expectativa dos agentes internacionais em relação à melhoria em indicadores sociais no Brasil aumentou nos últimos três meses. A informação é do Monitor da Percepção Internacional do Brasil. A segunda edição do indicador foi lançada nesta quinta-feira, 21, na sede do Ipea em Brasília.
O indicador, calculado trimestralmente, mostra a avaliação de agentes internacionais sobre o País. Entre as instituições ouvidas estão embaixadas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas multinacionais. O Monitor, disponível em Português, Inglês, Francês e Espanhol, avalia três temáticas: aspectos econômicos, sociais e político-institucionais.
Em relação à pobreza o indicador passou de +32 em julho para +43 em outubro com 86% dos agentes entrevistados esperando queda moderada da pobreza nos próximos 12 meses. Para a redução da desigualdade, o indicador passou de +25 para +38, com 79% dos agentes acreditando em queda da desigualdade ao longo do próximo ano. De acordo com o método de cálculo, quanto maior o número do indicador, menores são a pobreza e a desigualdade.
Também melhoraram os indicadores relativos às condições de crédito (de +3 para +14) e de acesso da população a bens de consumo (de +18 para +36). “Foi um salto significativo com relação à pesquisa anterior, feita em julho, quando havia refluxo da compra de bens de consumo duráveis com o fim do período de isenção do IPI e das medidas de incentivo fiscal tomadas durante a crise”, afirmou o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea André Pinelli. De acordo com o técnico, dois terços dos agentes ouvidos esperam melhora no acesso a bens de consumo nos próximos 12 meses.
A variação mais negativa foi do indicador relativo à condução da política econômica nos últimos 12 meses, que passou de +59 para +9. “Na pesquisa de julho, 38% dos respondentes acreditavam que a condução da política econômica havia sido muito favorável ao crescimento econômico com estabilidade. Em outubro, foram só 14%”, afirmou André. Para ele, a mudança na avaliação pode ser explicada pelo fato de a guerra cambial estar em evidência durante o mês de outubro.
Leia a íntegra do Monitor da Percepção Internacional do Brasil
Apresentação Monitor, edição nº 2
Bioética em âmbito internacional foi tema de discussão
A proposta de uma convenção do Mercosul e a discussão sobre o vazio jurídico marcaram a última mesa de seminário
Ipea lança segunda edição do Monitor Internacional
Análise parte de um conjunto de entidades, como embaixadas e multinacionais.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança nesta quinta-feira, 21, às 14h, a segunda edição do Monitor da Percepção Internacional do Brasil. O indicador, calculado trimestralmente, mostra a avaliação de agentes internacionais sobre o País.
Entre as instituições ouvidas estão embaixadas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas multinacionais. O indicador, disponível em português, inglês, francês e espanhol, avalia três temáticas: aspectos econômicos, sociais e político-institucionais. Na primeira edição, o indicador mostrou resultados moderadamente favoráveis, com todos os indicadores positivos.
A segunda edição do indicador será lançada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, na sede do Instituto em Brasília, no Setor Bancário Sul, quadra 1, bloco J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo. O lançamento terá entrevista coletiva, transmitida ao vivo pelo sítio do Ipea.
Leia a íntegra do Monitor da Percepção Internacional do Brasil
Foto: Sidney Murrieta
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Representantes da academia, governo e organizações
internacionais participam do evento
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A bioética integrada ao contexto social, político e de direitos humanos foi o destaque nos discursos de abertura do Seminário Bioética em debate – aqui e lá fora, realizado pelo Ipea, em parceria com a Presidência da República, com o apoio da Cátedra Unesco de Bioética do Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB). A abertura do seminário foi realizada na manhã desta quarta-feira, 20, às 9 horas, na sede do Ipea em Brasília.
A doutora e secretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Izabel Maior, elevou o debate à visão social da bioética. Defendeu que as políticas públicas baseadas nos direitos humanos devem ser o tema principal da bioética. A secretária destacou as questões de vulnerabilidade humana, como a população em situação de rua. “A ausência de políticas públicas para sanar esse problema é uma violação dos direitos humanos,” afirmou Izabel.
Ana Gabas, assessora especial do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, encerrou o primeiro painel destacando que a discussão sobre bioética no Brasil deve considerar as diferenças regionais. Afirmou ainda que, apesar de ser uma ciência nova, a bioética deve ser inserida no cotidiano das pessoas.
Consumo das famílias avança pelo 26º trimestre seguido
Dados são da 11ª edição da Carta de Conjuntura do Ipea, apresentada nesta segunda-feira no Rio de Janeiro
O consumo das famílias avançou pelo 26º trimestre seguido no Brasil, crescendo 6,7% na comparação entre o segundo trimestre de 2010 e o mesmo período do ano anterior. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, na série livre de efeitos sazonais, o consumo também registrou alta. Contudo, o crescimento de 0,8% sobre os primeiros três meses de 2010 representou a quarta queda consecutiva, nessa base de comparação. Ainda assim, o crescimento acumulado no primeiro semestre chegou a 8%, o maior em toda a série histórica.
Os dados foram divulgados na 11ª edição da Carta de Conjuntura do Ipea, lançada nesta segunda-feira, 18, na representação do Instituto no Rio de Janeiro. A publicação foi apresentada por Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Ipea. Apesar da trajetória de desaceleração apresentada pelo consumo das famílias desde o segundo trimestre de 2009, quando registrou uma expansão, na margem, de 3,1%, as expectativas para o seu desempenho no decorrer do segundo semestre são otimistas, levando-se em conta o atual ambiente econômico do país.
Com a retirada das isenções tributárias em alguns setores importantes da economia no final do primeiro trimestre e o início do aperto monetário no mês seguinte, os agentes econômicos, que já haviam antecipado algumas decisões de consumo, e já se encontravam com um grau de endividamento elevado, reduziram seus gastos com novas aquisições, fazendo com que a taxa de crescimento do consumo voltasse a cair.
Após este período de acomodação, há indícios de que o ritmo de expansão do consumo das famílias possa voltar a acelerar. Além da interrupção do ciclo de aumento da taxa básica de juros, em virtude do arrefecimento ocorrido nas taxas de inflação, os fundamentos que vinham estimulando as decisões de consumo continuam presentes na economia.
Tanto o mercado de trabalho quanto o mercado de crédito seguem apresentando resultados positivos e, apoiados pela manutenção do crescimento da massa salarial, têm contribuído para manter o ânimo dos consumidores num patamar elevado. De acordo com as pesquisas Sondagens do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas (FGV), e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), os níveis de confiança dos consumidores, após um período de estabilidade durante o primeiro e parte do segundo trimestres de 2010, voltaram a apresentar melhora substancial.
Ipea firma parceria com Instituto Virtual da UNCTAD
Associação permitirá acesso a informações atualizadas produzidas em uma rede mundial de universidades
O Ipea se associou ao Instituto Virtual (IV) da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). As conversas sobre a parceria começaram em agosto e tiveram a participação de Antonio Carlos Macedo e Silva, da Universidade de Campinas e coordenador do núcleo brasileiro do IV, e do técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Ivan Tiago Machado Oliveira.
O Instituto Virtual é composto por uma rede global de universidades, especialmente nos países em desenvolvimento, que visa a incrementar as capacidades dessas instituições no ensino e na pesquisa de temas relacionados ao comércio e investimentos. A iniciativa responde a uma necessidade de agentes públicos e outros atores sociais em seus países de origem.
Os participantes do Instituto Virtual têm acesso a informações atualizadas produzidas em universidades e podem utilizá-las em pesquisas e salas de aula. O Instituto também realiza oficinas de trabalho para acadêmicos, com foco em temas como Investimento Estrangeiro Direto, Produção de Commodities e Comércio, e Análise de Dados sobre Comércio.
O UNCTAD Instituto Virtual vê o Ipea como uma usina de conhecimento cujas pesquisas abrangem toda a gama de temas de comércio e desenvolvimento e são divulgadas extensivamente por meio de publicações próprias, como a série de Textos para Discussão, o Boletim de Economia e Política Internacional, e as revistas Tempo do Mundo e Desafios do Desenvolvimento.
A cooperação entre o Ipea e o Instituto Virtual será coordenada pelo diretor-adjunto de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Deint) do Ipea, Marcos Cintra.
Bioética no Brasil e no mundo é tema de debate no Ipea
Seminário em conjunto com a Presidência da República reúne autoridades nesta quarta, no auditório do Ipea
A bioética no Brasil e no mundo estará em pauta no Ipea nesta quarta-feira, 20 de outubro. O auditório do Instituto em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Edifício Ipea/BNDES, subsolo) sediará o seminário Bioética em debate aqui e lá fora, organizado em conjunto com a Presidência da República, com o apoio da Cátedra Unesco de Bioética do Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB).
A mesa de abertura do seminário começará às 8h30, com a presença do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, de Marcio Pochmann, presidente do Ipea, de Swedenberger Barbosa, chefe de gabinete-adjunto da Presidência da República, e de representantes do Ministério das Relações Exteriores, da Opas/OMS no Brasil, UnB e Unesco.
Em seguida, serão realizadas duas mesas. A primeira, com o tema Bioética no Brasil, será coordenada pelo Ipea. A segunda, sobre Bioética no âmbito internacional e do Mercosul, terá coordenação do Ministério das Relações Exteriores e vai até as 16h30. Na ocasião, será apresentada uma proposta da UnB para uma Convenção Regional do Mercosul sobre Bioética.
Bioética em debate aqui e lá fora terá transmissão ao vivo pelo sítio do Ipea na internet. Para obter mais informações sobre o evento, ou para confirmar presença, entre em contato pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone para (61) 3315-5264.
Confira a programação completa do seminário Bioética em debate aqui e lá fora
Ipea participará do 34° Encontro da ANPOCS
Evento anual promove intercâmbio entre pesquisadores brasileiros nas áreas de antropologia, ciência política e sociologia
O 34° Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação
Participarão do evento o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann; e os técnicos de Planejamento e Pesquisa do Instituto André de Mello e Souza, da Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Deint); Bernardo Abreu de Medeiros e Alexandre dos Santos Cunha, da Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), e Rute Imanishi Rodrigues, da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur).
Na terça-feira, dia 26, às 9 horas, duas mesas-redondas serão compostas por pesquisadores do Ipea. Na sala 10, André de Mello e Souza será um dos expositores na conversa sobre Política Externa Brasileira: as práticas da política e a política das práticas. André vai apresentar o trabalho Saúde Pública, Patentes e Atores Não-Estatais: A Política Externa do Brasil frente à Epidemia de AIDS; na sala 11, Bernardo de Medeiros e Alexandre dos Santos Cunha serão coordenadores da mesa Estado, Instituições e Democracia: atualidade da questão republicana no Brasil.
Na quarta-feira, dia 27, às 19h30, será exibido na sala 4 o documentário Território e violência, que complementa o estudo Indicadores de Proteção e Risco para a instrumentação de Políticas em Favelas no Rio de Janeiro, realizado em 2008 pela técnica do Ipea Rute Imanishi Rodrigues e pela professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Patrícia Sonia Silveira Riviero, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Na quinta-feira, dia 28, na sala 9, às 9h, a 3ª sessão do simpósio Desenvolvimento em debate terá como um dos palestrantes o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.
Ipea realiza conferência sobre o desenvolvimento
Code tem entrada franca e reunirá vários pensadores. Inscrição poderá ser feita na Secretaria do evento
Entre os dias 24 e 26 de novembro, o Ipea leva ao centro da Esplanada dos Ministérios parte de seu conhecimento em pesquisas econômicas aplicadas para realizar a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code). A conferência tem entrada franca, e as inscrições podem ser feitas por meio de preenchimento de formulário no sítio www.ipea.gov.br/code. Durante os três dias, serão nove painéis temáticos sobre o desenvolvimento, 88 oficinas do desenvolvimento e 50 lançamentos de livros. São esperados mais de 200 palestrantes e debatedores.
O objetivo da Code é criar um espaço nacional de debates no coração do Brasil, no momento em que o país volta a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento. Para isso, a conferência terá vídeos, apresentações de livros, instalações, projeções, oficinas e palestras. As exposições serão norteadas pelos sete eixos temáticos do desenvolvimento definidos pelo Ipea: inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.
A programação é dividida em três tipos de atividades: painéis (palestras e debates mais abrangentes, no plenário da conferência); oficinas do desenvolvimento (exposições e mesas de debate realizadas em salas de aula dentro da Code); e desenvolvimento cultural (apresentações de experiências de desenvolvimento do ponto de vista da cultura). Para obter outras informações sobre as atividades e anotar o horário das que mais interessam, acesse www.ipea.gov.br/code.
Aberta a toda a sociedade, a conferência está sendo realizada no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral de Brasília. Estarão presentes conselheiros de orientação do Ipea, diretores e técnicos de planejamento e pesquisa do Instituto, além de acadêmicos e autoridades de todas as regiões do país. O Ipea não arcou com despesas de transporte, alojamento e alimentação, que ficaram a cargo do público.
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