Ipea realiza seminário sobre integração Brasil - Venezuela
O evento será na sede do Instituto em Brasília e conta com a presença de embaixadores
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promove nesta quarta-feira, dia 11, o seminário Brasil – Venezuela: Integração Produtiva e de Infraestrutura. O evento será às 14h30, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. BNDES, auditório do 16°andar).
Pedro Silva Barros, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e titular da Missão do Instituto na Venezuela, apresentará os relatórios de pesquisa sobre integração de infraestrutura Brasil-Venezuela e integração produtiva do Norte do Brasil com o Sul da Venezuela, este último resultado de uma parceria com o Ministério do Poder Popular para Ciência, Tecnologia e Indústrias Intermediárias (MCTI) da Venezuela.
Participarão também da mesa de debate José Antônio Marcondes de Carvalho , embaixador do Brasil na Venezuela, e Maximilien Sánchez Arvelaiz, embaixador da Venezuela no Brasil.
Estudo avalia salários após as privatizações
Em seminário no Rio de Janeiro, texto sobre diferenciais dos rendimentos público-privados foi discutido
A privatização das estatais brasileiras nos anos 1990 – um dos maiores programas desse tipo no mundo – e que resultou em várias demissões, foi o tema do seminário Diferenciais de rendimentos público-privados e as privatizações, no auditório do Ipea, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira, 4 de maio.
“Nossa contribuição foi descobrir como foram utilizados os trabalhadores demitidos após as privatizações em larga escala”, revela o palestrante Gustavo Gonzaga, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). O trabalho do pesquisador com Sérgio Firpo mostra as diferenças de trabalho no setor público e privado no Brasil, principalmente após as demissões em massa decorrentes da privatização.
Foram levadas em consideração as diferenças salariais e as estruturas de remuneração, abordando principalmente o que foi feito desse trabalhador após a saída do setor público. O estudo partiu da base de dados da Relação Anual de Informes Sociais (RAIS) de 1995 a 2002, período de maior privatização já ocorrido em um país. “Nosso grupo de comparação é formado por trabalhadores demitidos das empresas do setor privado que foram capazes de encontrar outro emprego no setor privado”, disse o palestrante.
O foco, porém, está no setor público, ao averiguar seus gastos e o retorno em produtividade. Segundo a pesquisa, os trabalhadores demitidos do setor público por causa das privatizações perderam 31,7% dos seus salários reais por hora, quando em comparação com a queda dos salários dos trabalhadores demitidos em massa do setor privado. O pesquisador interpretou este fato como uma perda de rendas públicas para esses trabalhos, aumentando também os gastos do governo. Esses resultados parecem justificar um governo com mais gastos com programas de demissão voluntária.
Os autores ainda afirmam que a maior parte da queda dos salários reais é explicada por uma menor capacidade dos trabalhores privados de encontrar boas empresas, que remunerem bem.
Leia a íntegra do texto Going Private: Public Sector Rents and Privatization in Brazil (em inglês)
Edição nº 13 do boletim Radar traz quatro estudos
Baixa inovação no Brasil, legislação de concorrência, perfis do ensino on-line e das exportações são os temas
| Foto: Sidney Murrieta |
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| Divonzir Gusso, diretor-adjunto da Diset, participou da apresentação do 13º Radar, em Brasília |
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou na manhã desta terça-feira, dia 10, em Brasília, a décima terceira edição do boletim Radar: Tecnologia, Produção e Comércio Exterior. Produzida pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset), a publicação, que traz quatro artigos, foi divulgada em coletiva transmitida ao vivo pelo portal do Instituto.
Autor do artigo Consenso difuso, dissenso confuso: paradoxos das políticas de inovação no Brasil, o técnico de planejamento e pesquisa da Diset Luiz Ricardo Cavalcante observou que embora avanços tenham sido registrados nos indicadores de inovação nas empresas no período de 2005 a 2008 – um crescimento de 0,05% –, os resultados ainda ficaram aquém da expectativa. Segundo ele, em comparação com outros países ainda há muito o que fazer.
Para Luiz Cavalcante, o dissenso está no descompasso entre as categorias analíticas para subsidiar as políticas de inovação, que são amparadas no modelo sistêmico, e os instrumentos empregados para implementá-las, já que estes foram concebidos de acordo com a lógica do modelo linear. Nesse aspecto, ele destacou que aos gestores convém mais pulverizar os recursos para inovação nas empresas que eleger áreas prioritárias, com focos claros de intervenção.
Segundo a se apresentar, o técnico de planejamento e pesquisa do Diset Luis Cláudio Kubota traçou um perfil do uso da educação on-line a partir de dados das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) no Brasil, do Comitê Gestor de Internet (CGI). O artigo conclui que o uso da internet é tão ou mais importante que as características demográficas. O técnico observou que o perfil de uso de internet é relevante para avaliar quem é usuário ou não usuário de cursos online. Ele ressaltou que fatores como idade, sexo e escolaridade influenciam de forma decisiva nesse aspecto: “Interessante observar que a Região Sul é onde se observa a menor tendência de utilizar a internet no Brasil”.
A 13ª publicação do Radar traz mais dois trabalhos. Um deles aborda a pauta brasileira de exportações e o ciclo atual de valorização das commodities. O outro faz uma análise dos principais pontos incorporados à proposta de aperfeiçoamento da legislação brasileira de defesa da concorrência no Senado Federal e sistematiza argumentos contrários a algumas das emendas apresentadas aos projetos de lei que tratam do tema.
Ipea lança a 13° edição do boletim Radar
Artigos presentes na publicação abordam exportações, educação on-line, inovação e lei de defesa da concorrência
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira, dia 10, às 10h, a décima terceira edição do boletim Radar:Tecnologia,Produção e Comércio Exterior. Produzida pela Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset), a publicação traz quatro artigos e foi divulgada na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício Ipea/BNDES, auditório do subsolo).
No primeiro artigo, o tema abordado é a pauta brasileira de exportações e o ciclo atual de valorização das commodities. O segundo trabalho, intitulado Um perfil do uso da educação on-line no Brasil, discute questões relacionadas ao uso da banda larga, ou seja, serviços, aplicativos e conteúdo. Com base em dados das pesquisas sobre uso das TICs no Brasil conduzidas pelo Comitê Gestor de Internet (CGI), os autores analisam os fatores que explicam a participação ou não em cursos on-line.
Em seguida, o terceiro artigo debate os paradoxos das políticas de inovação no Brasil, que carecem de uma estrutura institucional adequada à sua implementação. Por fim, o último trabalho analisa os principais pontos incorporados à proposta de aperfeiçoamento da legislação brasileira de defesa da concorrência no Senado Federal e sistematiza argumentos contrários a algumas das emendas apresentadas aos projetos de lei que tratam do tema.
Famílias estão otimistas com o futuro do País
Nona edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) também revela, no entanto, menor intenção de consumir
O Ipea divulgou na manhã de quinta-feira, dia 5,
O IEF revela que 74% das famílias brasileiras percebem sua situação como melhor, na comparação com um ano atrás. As famílias que acreditam que o país passará por melhores momentos nos próximos 12 meses representam 59% dos domicílios pesquisados. As regiões mais otimistas foram Centro-Oeste e Sudeste.
Um aspecto positivo evidenciado pela pesquisa aponta que 73% das famílias se consideram pouco endividadas ou sem dívidas. Ainda de acordo com o estudo, 92% das famílias responderam não ter a intenção de contrair um financiamento ou empréstimo nos próximos meses.
De janeiro a abril de 2011, houve uma diminuição de 12% do número de famílias que, quando perguntadas se consideram bom o momento atual para a aquisição de bens duráveis, responderam “sim”. Para Pochmann, isso pode ser reflexo da elevação do custo do crédito no Brasil. “Os bens de consumo duráveis, em geral, têm valores maiores que a renda mensal de uma família, a qual depende, portanto, de crédito”, disse o
Leia a íntegra da 9ª edição do Índice de Expectativas das Famílias
Ipea assina cooperação com o CIEPS, do México
A parceria prevê a promoção do desenvolvimento social e econômico do México, incentivando a troca de informações
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Consejo de Investigación y Evaluación de
O
Para o secretário Eriko Pérez, a experiência brasileira é importante para o México, pois apresenta de forma positiva políticas sociais de apoio à sociedade, mas ressaltou que apenas o Distrito Federal mexicano reúne 15 milhões de habitantes, e que o restante da população está distribuído nos 4.400 municípios, os quais necessitam de políticas públicas direcionadas. “Entendemos que temos que seguir de maneira progressiva, alcançando a cobertura total dos direitos sociais, porém focalizados”, disse Eriko Pérez. Segundo o conselheiro Genaro Gutiérrez, é necessário haver políticas macroeconômicas, além dos programas sociais conhecidos.
A assinatura
O acordo tem por objetivo a integração no desenvolvimento regional em áreas de impacto relacionadas aos programas sociais, à inclusão social, à igualdade social, ao desenvolvimento produtivo, às políticas macroeconômicas, ao mercado de trabalho e às competitividades econômicas e sociais.
Pochmann, após abordar o processo de desenvolvimento brasileiro e citar as atuais transformações mundiais, lembrou que para o Ipea e o CIEPS o “importante é ter, agora, um instrumento que nos legitima e estabelece uma institucionalidade, um programa de trabalho para o desenvolvimento”. O cumprimento do acordo será através da realização de pesquisas, seminários, elaboração e edição de publicações e intercâmbio de informações.
Situação das empregadas domésticas é precária
Comunicado do Ipea traçou o perfil atual das trabalhadoras domésticas
| Foto: João Viana |
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| “A situação do emprego doméstico permanece precária”, aponta Luana Pinheiro |
A formalização no emprego doméstico avançou pouco entre 1999 e 2009. A constatação está no Comunicado 90: Situação atual das trabalhadoras domésticas no país, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quinta-feira, 5. Com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD/ IBGE), o estudo revela que, em dez anos, a proporção de trabalhadoras domésticas com carteira assinada mudou de 23,7% para 26,3%, crescendo menos de três pontos percentuais.
Como conseqüência do alto índice de informalidade, a renda média do emprego doméstico permaneceu abaixo do salário mínimo. Em 2009, as trabalhadoras domésticas ganhavam R$ 321,27. No mesmo ano, a remuneração mínima nacional era R$ 465. “Houve ganho de renda nesse período porque, mesmo para quem não tem carteira assinada, o salário mínimo funciona como um indexador, mas a situação do emprego doméstico permanece precária”, comentou Luana Pinheiro, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea.
O Comunicado mostrou ainda que, por causa da baixa perspectiva da ocupação e a abertura de novas oportunidades com o aquecimento da economia, o emprego doméstico tem atraído cada vez menos as jovens brasileiras. Em dez anos, ocorreu um significativo envelhecimento entre as trabalhadoras domésticas. As mulheres com mais de 30 anos ganharam importância na composição do grupo, representando 72,7%. Em 1999, elas eram 56,5%.
“O envelhecimento aponta uma redução gradual no número de mulheres com ocupação doméstica. Até 2009, isso vinha acontecendo; mas, especificamente nesse ano, houve recuperação da proporção de trabalhadoras domésticas, o que pode ter sido provocado pela crise econômica”, explicou Luana.
No período avaliado pela pesquisa, houve um crescimento expressivo no número de diaristas. A proporção de trabalhadoras domésticas que prestam serviços em mais de um domicílio atingiu, em 2009, 29,3%, 12 pontos percentuais acima do registrado dez anos antes. Se, por um lado, a opção pela ocupação de diarista elevou a renda do emprego doméstico, por outro, tornou o vínculo empregatício ainda mais precário.
“O ganho de renda foi de cerca de R$ 50, muito pouco se considerarmos que essas mulheres não têm carteira assinada, férias, 13º. O poder público deveria ter uma preocupação em regulamentar essa atividade”, concluiu Luana Pinheiro.
Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 90, Situação atual das trabalhadoras domésticas no país
Seminário discutirá PD&I em telecomunicações
O evento, promovido pelo Ipea e a Agência Nacional de Telecomunicações, será no próximo dia 17, em Brasília
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promovem, no dia 17 de maio, o seminário Estímulos à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no Setor de Telecomunicações. O evento será realizado em Brasília, no miniauditório da Anatel (SAUS, Quadra 6, Bloco E - 2º andar).
O seminário é uma oportunidade para os diversos agentes do setor de telecomunicações – governo, operadoras, fornecedores, institutos de pesquisa – apresentarem seus pontos de vista sobre o tema e trazerem subsídios à elaboração de uma proposta de Regulamento de Estímulo à PD&I em Telecomunicações.
O Regulamento, previsto pela Anatel no Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR), tem como finalidade definir medidas que ampliem a atuação brasileira em PD&I no setor, de forma a tornar o País mais competitivo nesse aspecto, em conformidade com as políticas estabelecidas pelo Governo Federal.
Os interessados em participar do seminário devem se inscrever no portal da Anatel.
Confira a programação e faça a inscrição
Fonte: Anatel
Ipea lança edital para audiência pública
Instituto anuncia certame licitatório para contratação de prestador de serviços de solução integrada da rede WAN
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulgou nesta sexta-feira, dia 6, o edital de Audiência Pública nº 01/2011, sobre certame licitatório para contratação da prestação de serviços de solução integrada de rede de longa distância (WAN) do Ipea. A sessão será em 13 de maio de 2011, às 14h, no auditório do 4º andar da sede do Instituto, em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco “J”, sala 401, Edifício BNDES). Para ter acesso à íntegra do edital, clique no link abaixo.
Edital de Audiência Pública nº 001/2011
Relatório da ONU lançado no Ipea mostra que comércio intrarregional pode proporcionar melhorias aos países
O relatório anual da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para Ásia e Pacífico de 2011, lançado nesta quinta-feira, 5, no Ipea, mostra ainda que os benefícios do comércio intrarregional não foram totalmente explorados devido à barreiras ligadas à tarifas elevadas. Os países menos avançados da região (LDCs) mantiveram-se à margem da exportação de bens manufaturados nos últimos 40 anos e não se beneficiaram do dinamismo experimentado pela região, devido à falta de capacidade produtiva.
A ESCAP também aponta a Cooperação Sul-Sul como elemento chave para o desenvolvimento da região. Para o Diretor do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), Rathin Roy, “a relação entre o Brasil e os países emergentes da Ásia transcende o estereótipo do Brasil como provedor de commodities e recursos minerais para a industrialização asiática; para asiáticos e brasileiros, o que importa é garantir melhores condições de vida e oportunidades para os cidadãos de amanhã”.
Roy aponta que “esse é o desafio do crescimento inclusivo: não o debate entre modelos orientados às exportações e modelos de substituição de importações, mas um caminho para o desenvolvimento a longo prazo que transforme a vida das pessoas”. Para o diretor do IPC-IG, a base da cooperação entre os países emergentes da América do Sul e Ásia é um entendimento compartilhado do que é preciso para se alcançar o crescimento econômico com inclusão social. “A experiência brasileira é crucial para orientar a Ásia em como abordar esses urgentes desafios”, adiciona o diretor do IPC-IG, instituição responsável pelo lançamento do relatório no Brasil.
O relatório da Comissão da ONU para Ásia e Pacífico, lançado pela primeira vez no Brasil desde 1957, destaca alternativas que podem ajudar formuladores de políticas públicas brasileiros. “Existe grande potencial para aprendizado mútuo por meio do diálogo de políticas públicas sobre temas da agenda atual, como o controle da inflação, a volatilidade do mercado financeiro global, a diversificação do comércio e de investimentos, e uma melhor e mais adequada infraestrutura”, conclui Roy.
Para o embaixador José Botafogo Gonçalves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, “os dados trazidos a nós pelo lançamento do novo Relatório da Comissão Econômica e Social para a Ásia e Pacífico no Brasil são importantes fontes para futuras oportunidades comerciais do Brasil com a Ásia”. O presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro, acredita que, “com a emergência de novos players em um mundo multipolar, a Cooperação Sul-Sul torna-se ainda mais importante para a economia brasileira”.
Fonte: IPC-IG