Índice do Ipea avalia qualidade do desenvolvimento no Brasil
Terceira edição de 2011 do IQD foi divulgada nesta quarta-feira, dia 22, na sede do Instituto, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nessa quarta-feira, 22, a terceira edição de 2011 do Índice de Qualidade do Desenvolvimento (IQD). O IQD é uma pesquisa realizada periodicamente que avalia se o desenvolvimento vivido pelo país tende a se sustentar ao longo do tempo e se o crescimento econômico promove o bem-estar e a distribuição de renda. O lançamento será transmitido ao vivo pelo site www.ipea.gov.br
A nova edição do índice foi apresentada pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, às 14h30, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Qd. 1, Bloco J, Edifício BNDES, auditório do subsolo). A pesquisa qualifica o desenvolvimento a partir de três dimensões (Qualidade do Crescimento, Qualidade da Inserção Externa e Qualidade do Bem-Estar), em patamares que vão de péssimo (0 a 100 pontos) a ótimo (400 a 500 pontos), passando pelos níveis ruim, instável e bom.
Leia a íntegra da 3ª edição do Índice de Qualidade do Desenvolvimento
Brasil em Desenvolvimento será apresentado em Goiânia
A publicação visa contribuir para a promoção de debates sobre as políticas públicas
Lançada recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília, a publicação Brasil em Desenvolvimento 2010: Estado, Planejamento e Políticas Públicas será apresentada nesta terça-feira, dia 21, em Goiânia, no auditório Jaime Câmara, da Camara Municipal da cidade. Contendo 29 artigos, a coleção reúne três volumes que abordam os diversos aspectos do desenvolvimento social, econômico e político do país. Seu objetivo é contribuir para a promoção de debates sobre as políticas públicas. A apresentação será feita pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e pelo coordenador do Projeto Brasil em Desenvolvimento, Aristides Monteiro Neto.
O evento também contará com a presença de técnicos de Planejamento e Pesquisa do Instituto, do secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás, Mauro Neto Faiad, do vereador e presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia, Fábio Tokarski, do presidente do Conselho Regional de Economia da 18ª Região, Júlio Alfredo Rosa Paschoal, e dos reitores Edward Madureira Brasil, Wolmir Therezio Amado e Luiz Antonio Arantes, respectivamente, das Universidade Federal de Goiás (UFG), Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e Universidade Estadual de Goiás (UEG), entre outros acadêmicos e autoridades.
Confira a programação:
9h - Abertura - Lançamento da publicação Brasil em Desenvolvimento Estado, Planejamento e Políticas Públicas (2010):
- Marcio Pochmann, Presidente do Ipea
- Mauro Neto Faiad, Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás
- Fábio Tokarski, Vereador e Presidente da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia
- Edward Madureira Brasil, Reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG)
- Wolmir Therezio Amado, Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
- Luiz Antonio Arantes, Reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)
- Júlio Alfredo Rosa Paschoal, Presidente do Conselho Regional de Economia – 18ª Região
Apresentação da obra
- Aristides Monteiro Neto, Coordenador do Projeto Brasil em Desenvolvimento (Ipea)
10h - Sessão - Alicerces para a prosperidade econômica
Coordenação: José Carlos dos Santos, Pesquisador-colaborador da Diest (Ipea)
Debatedor: Fausto Miziara, Professor Titular do Doutorado em Ciências Ambientais da UFG
1. O Regime de crescimento econômico brasileiro
- Cláudio Amitrano, Diretor-adjunto de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Ipea)
2. Gasto social federal: uma análise da execução orçamentária de 2009
- José Aparecido Ribeiro, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Disoc (Ipea)
3. Instituições participativas e políticas públicas no Brasil: características e evolução nas últimas duas décadas
- Roberto Pires, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Diest (Ipea)
14h - Sessão - O desenvolvimento nacional e o desenvolvimento econômico em Goiás: novos desafios
Coordenação: Murilo José de Souza Pires, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Dimac (Ipea)
Debatedor: Gesmar Rosa dos Santos, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Diset (Ipea)
4. Ocupação econômica e urbanização dos Cerrados do Centro-Oeste: uma exigência do agronegócio
- Aristides Moysés, Coordenador do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial/PUC GOIÁS
- Fernando Cesar de Macedo, Professor Livre-Docente do Instituto de Economia da UNICAMP
- Tule Barcelos Maia, Professor do Mestrado em Desenvolvimento e Planejamento Territorial/PUC GOIÁS
5. Desenvolvimento recente de Goiás: ação estatal, deslocamento de capitais e impactos sociais e ambientais
- Fausto Miziara, Professor Titular do Doutorado em Ciências Ambientais da UFG
6. O desenvolvimento econômico recente no estado de Goiás: entre as contradições, os dilemas e a normalidade desse processo
- Marcelo Moreira, Diretor da Unidade Universitária de Ciências Socioeconômicas e Humanas da UEG
Pobreza extrema diminuiu 47% no Maranhão
Estado ainda tem 13% da população abaixo da linha da miséria
Entre 2004 e 2009, o índice de pobreza extrema no Maranhão teve redução de 47%, mas a proporção da população maranhense abaixo da linha da miséria (renda de R$ 70 por pessoa) ainda é muito superior à média nacional. Os extremamente pobres são 13% no estado, enquanto no restante do país eles são 5%.
A pobreza extrema vem caindo com rapidez no Nordeste. A região é responsável por 58% da queda registrada nacionalmente. 12% dos brasileiros que superaram a linha da pobreza extrema vivem no Maranhão. 63% dos maranhenses mais pobres moram na zona rural de pequenos municípios e 78% não têm acesso ao saneamento básico.
Os dados sobre a pobreza extrema no Maranhão foram apresentados pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Rafael Guerreiro Osório, durante o seminário A Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil – O Caso do Maranhão, organizado em São Luís pelo Instituto, em parceria com o Sebrae.
A série de encontros regionais organizados pelo Ipea tem traçado um diagnóstico, por estado, da pobreza extrema e é uma contribuição do Instituto para o debate sobre a erradicação da miséria, colocada em pauta com o lançamento do Programa Brasil sem Miséria do governo federal.
Confira a apresentação dos dados da pobreza extrema no Maranhão
Alto custo da mão de obra eleva inflação de serviços
Setor foi o que apresentou maior disparidade entre aumentos salariais e produtividade, segundo boletim
“A alta de preços no setor de serviços está ligada aos aumentos dos custos de produção com mão de obra”, afirma o boletim Conjuntura em Foco de junho. Nos últimos 12 meses, encerrados em maio de 2011, os serviços acumularam alta de 8,5%, superior à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de (+) 6,6%. As maiores pressões derivam dos segmentos cujo principal (senão único) fator de produção é constituído pela mão de obra (residenciais, pessoais, educação).
O setor de serviços foi o que apresentou maior disparidade entre aumentos salariais e de produtividade, e isso parece ser uma das causas da aceleração da inflação nesse segmento no Brasil. Enquanto os salários reais cresceram 10,7% na comparação dos quartos trimestres de 2010 e 2007, a produtividade elevou-se em 3,1%, segundo dados do Banco Central. Para o primeiro trimestre de 2011, os ganhos salariais reais em relação ao quarto trimestre de 2007 (12%) foram duas vezes superiores aos ganhos de produtividade (6%) no período. No caso dos serviços, este diferencial é ainda mais elevado, com salários exibindo crescimento de 12,5% ante apenas 4% da produtividade.
O processo de formalização do mercado de trabalho no Brasil nunca esteve em patamar tão elevado desde a mudança na metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2002. Mas é no setor terciário que essa formalização se faz mais presente. O crescimento de ocupações no setor terciário tende a concentrar-se nas atividades de serviços sociais e de apoio à atividade empresarial (serviços financeiros, imobiliários, de seguros etc.), cuja qualificação da mão de obra é recompensada com rendimentos acima da média do setor de serviços. Por outro lado, ocupações em serviços pessoais ou em atividades comerciais geram rendimentos baixos e precárias condições de trabalho.
A elevação da demanda por mão de obra mais qualificada no setor de serviços está diretamente ligada à deficiência da qualificação do trabalhador, responsável pelo baixo ritmo de produtividade. Daí a necessidade de atração da mão de obra por meio de um nível de remuneração mais elevado. Para que o crescimento da economia, que é o principal motor de impulsão no mercado de trabalho, ocorra sem gargalos setoriais, é necessário melhorar a qualidade da mão de obra, para que os ganhos de produtividade comportem a expansão dos salários reais sem prejuízo da estabilidade inflacionária.
Salário real do brasileiro irá aumentar, segundo Ipea
Boletim Conjuntura em Foco de junho, apresentado no RJ, revela as expectativas para o emprego no Brasil
“O Brasil está reduzindo o ritmo do consumo e ampliando a taxa de investimento, e isso gerará um equilíbrio na taxa de inflação e um aumento no salário real do trabalhador”, afirmou o coordenador do Grupo de Análise e Pesquisas (GAP) do Ipea, Roberto Messenberg, na coletiva de imprensa da divulgação do Conjuntura em Foco de junho de 2011, nesta quarta-feira no auditório do Ipea, no Rio de Janeiro.
A pesquisa mostrou que, conforme era esperado, a inflação está sob controle e em queda, graças a uma diminuição do consumo e das operações de crédito, situação que eleva o salário real dos trabalhadores. A economia, segundo a publicação, está entrando numa acomodação e vem ocorrendo uma estabilização no mercado de trabalho e um crescimento do salário real, principalmente entre os empregados no setor terciário, em que mais cresce o número de formalização de empregos.
A mão de obra residencial, por exemplo, é uma das que mais sofreu aumento numa variação acumulada nos últimos 12 meses, um crescimento de 10,78%. Outras profissões de mão de obra de serviços pessoais, como médico, empregada doméstica, manicure, cabeleireiro e outras sofreram grandes variações. Os dados informam que há uma tendência – que deve continuar em todo o ano - para um aumento da população ocupada e uma queda na taxa de desocupação mensal. A pesquisa ainda verificou que itens como as passagens de avião sofreram queda de 11,37% no seu valor em um ano.
A inflação está controlada, segundo Messenberg. Para ele, há algumas pessoas utilizam a mídia para disseminar o medo e criar uma ideia de desgoverno da política econômica para a população. “Eles miraram na questão do trabalho e esta pesquisa serviu para comprovar que o trabalho também está equilibrado e nos rumos certos.”
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Pobreza extrema afeta 10% dos cearenses
Proporção da pobreza extrema é o dobro da média nacional, mas foi reduzida em 38% de 2004 a 2009
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Banco do Nordeste (BNB) promoveram nessa quinta-feira, dia 16, em Fortaleza (CE), o seminário A Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil – O Caso do Ceará. Durante o evento, o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Rafael Guerreiro Osório traçou um perfil da pobreza extrema no Ceará.
De acordo com o dados apresentados, 10% da população cearense está abaixo da linha nacional da miséria (renda inferior a R$ 70 por pessoa), o dobro da média nacional (5%). Essa proporção, no entanto, vem caindo nos últimos anos. Em 2004, os mais pobres eram 18% no estado.
A maioria vive na área urbana (56%) e em pequenos municípios (76%). O peso do Programa Bolsa Família na renda média dos cearenses extremamente pobres mais que dobrou entre 2004 e 2009. Hoje 43% da renda monetária dessas famílias vêm de repasses do programa. Apesar da melhoria na renda, ainda é precário o acesso a serviços públicos como o saneamento básico. 77% dos mais pobres do estado não tem acesso à rede de água e esgoto adequada.
A série de encontros regionais organizados pelo Ipea tem traçado um diagnóstico, por estado, da pobreza extrema e é uma contribuição do Instituto para o debate sobre a erradicação da miséria, colocada em pauta com o lançamento do Programa Brasil sem Miséria do governo federal. O próximo seminário será em São Luís (MA), nesta sexta-feira, 17 de junho.
Confira a apresentação dos dados da pobreza extrema no Ceará
Ipea e CAF assinam acordo de cooperação
Instituto trabalhará com a Corporación Andina de Fomento em projetos de gestão pública e desenvolvimento sustentável
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Corporación Andina de Fomento (CAF) firmaram em Brasília um acordo de cooperação. Os representantes da CAF no Brasil Moira Paz Estenssoro Cortez e José Rafael Neto, juntamente com o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Vitória Gehre representaram as instituições durante a solenidade de assinatura nesta terça-feira, 14, na sede do Instituto.
O Ipea e a CAF – instituição financeira multilateral, criada há 40 anos, com sede na cidade de Caracas, Venezuela, e escritório em Brasília (DF) – criaram uma parceria para desenvolver atividades e projetos de cooperação relacionados à gestão pública e às políticas públicas de desenvolvimento sustentável e inclusão social.
As instituições disponibilizarão equipes técnicas qualificadas para atuar na realização de trabalhos em conjunto que devem resultar em missões, estudos e pesquisas, seminários, eventos e reuniões, intercâmbio de pesquisadores, capacitações, intercâmbio de informações e na elaboração e edição de publicações.
A representante da CAF Moira Cortez comentou a possibilidade de obter o apoio de instituições nas áreas de políticas públicas sociais em países como o Peru e a Venezuela. Ressaltou ainda a necessidade de “... ir passo a passo na busca pelo desenvolvimento nas áreas de pesquisas em prol de políticas sociais de inclusão, com uma estrutura de apoio como a do Ipea que já está nesta mediação”, disse ela.
O presidente do Ipea afirmou que o Instituto tem grande interesse na aproximação com os países da América Latina. “Estivemos na cidade de Lima, vimos como está a situação, passamos a semana conversando com diferentes ministérios. Outro país da América Latina com o qual evoluímos em participação foi a Argentina. Temos convênios com eles”, disse Pochmann, ressaltando ainda o trabalho intenso que o Instituto tem realizado com a Venezuela.
O documento assinado considera a cooperação como ferramenta fundamental para promover a formação e o treinamento de recursos humanos em áreas de conhecimento que buscam o desenvolvimento sustentável dos países. Após a assinatura, o presidente do Ipea sugeriu a organização de um seminário voltado às questões da Amazônia, com a participação dos representantes dos países da região.
Monitor revela expectativa de melhoria social no Brasil
Mas agentes internacionais se mostram menos otimistas sobre a evolução da inflação e do acesso ao crédito
As embaixadas e consulados instalados no país, câmaras de comércio internacionais, empresas com controle estrangeiro e organizações multilaterais ouvidas na 4ª edição do Monitor da Percepção Internacional do Brasil se revelaram otimistas em relação à eficácia de políticas sociais implementadas pelo governo brasileiro. No entanto, manifestaram maior preocupação sobre o desempenho da inflação, o acesso da população ao crédito e a bens de consumo. Os dados foram apresentados na manhã desta quinta-feira, 16, pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e pelo técnico de planejamento e pesquisa André Pineli Alves. A coletiva pública ocorreu na Caixa Econômica Federal da Praça da Sé, em São Paulo.
Para esta quarta edição do Monitor, foram consultadas na segunda quinzena de maio – antes da divulgação do PIB do primeiro trimestre – 170 entidades, que responderam a um questionário com indagações sobre três campos: econômico; político, governamental e institucional; e social. Entre estes, o econômico é o que despertou menor percepção de otimismo. Na escala de -100 a +100, registrou +4. “Houve uma acomodação da percepção desses agentes em relação ao Brasil. O segundo semestre do ano passado foi atípico, com o país crescendo muito, inflação baixa e debate eleitoral. Esse grau de euforia sofre agora uma acomodação”, explicou Pochmann.
O destaque positivo ficou por conta da expectativa de redução da desigualdade de renda nos próximos 12 meses (evolução de 17 pontos para 28 pontos entre fevereiro e maio) e a expectativa sobre o percentual da população vivendo em condições de pobreza no mesmo período (aumento de 26 para 40 pontos no índice). “A impressão dos agentes internacionais, no entanto, é de que nos últimos 12 meses não houve aumento da efetividade das políticas sociais, elas continuam no mesmo nível, sem elevação da capacidade de atendimento”, disse Pineli.
Em comparação com a terceira edição do Monitor, de fevereiro, os resultados da nova pesquisa mostram crescimento da percepção de que o Brasil está mais influente em instituições multilaterais (como ONU, FMI e Banco Mundial), apesar de a expectativa de influência política na América Latina ter caído no mesmo intervalo (de 16 pontos para 12 pontos).
De acordo com a sondagem, 64% dos entrevistados responderam que esperam inflação de 5,5% nos próximos 12 meses – portanto, um resultado acima da meta de 4,5%. As impressões sobre condições gerais de crédito também registraram piora (recuo de -7 pontos em fevereiro para -14 em maio). Nesta edição, outras duas perguntas foram incluídas. Uma sobre a probabilidade de a inflação de 2012 ficar acima da meta de 4,5%. Dos consultados, 57% disseram que será maior que a meta.
Indagados se a estratégia do Banco Central de combater a inflação com elevação da taxa de juros e adoção de medidas macroprudenciais é correta e bem-sucedida, a maioria (76%) apontou que ela é certa, mas tem efeito limitado devido à natureza de parte das pressões inflacionárias, que advém da alta internacional das commodities.
Ipea e Senado firmam cooperação técnica
O acordo vai promover o intercâmbio e desenvolvimento de estudos entre as instituições
| Foto: Sidney Murrieta |
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| Os presidentes do Senado Federal e do Ipea, José Sarney e Marcio Pochmann, respectivamente, assinaram o acordo de cooperação |
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Senado Federal vão desenvolver projetos, estudos e pesquisas sobre temas de interesse mútuo. Nessa quarta-feira, dia 15, os presidentes das duas instituições, Marcio Pochmann e José Sarney, assinaram um acordo de cooperação técnica.
O documento prevê a realização de estudos e pesquisas sobre temas acordados, o intercâmbio de pesquisadores do Ipea e de consultores legislativos do Senado, bem como a troca de informações sobre estudos e pesquisas realizados pelos participantes, a organização de seminários, conferências, palestras e outras reuniões de interesse mútuo e edições conjuntas de publicações. O acordo tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois.
Pochmann destacou que o acordo com o Senado Federal é o primeiro com o Poder Legislativo e que muitos ainda poderão ser firmados, incluindo os âmbitos estadual e municipal. O presidente do Ipea disse também que os temas de interesse nacional poderão contar com o conjunto da expertise do Ipea para oferecer subsídios às demanda dessa Casa Legislativa, a exemplo das questões em torno do Projeto de Lei nº. 1876/99, que trata da alteração do atual código florestal, e a criação de novos estados.
José Sarney acrescentou que a Casa possui um conjunto bem preparado de técnicos e que o apoio do Ipea irá somar significamente ao trabalho que já vem sendo desenvolvido. “A cooperação do Ipea será de suma importância para que o Senado possa desenvolver suas atividades”, afirmou.
Entidades internacionais avaliam situação no Brasil
Edição do Monitor que será apresentada em SP nesta quinta traz a percepção econômica, política e social do país
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quinta-feira, dia 16, uma sondagem realizada com entidades internacionais na qual foram avaliadas a conjuntura econômica atual no Brasil e a situação política e social do país. O Monitor de Percepção Internacional do Brasil será apresentado, às 10h pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, no auditório da Caixa Econômica,
Os agentes consultados pelo Ipea revelaram suas expectativas e percepções quanto à redução das desigualdades e combate à pobreza no Brasil, à influência do país em instituições multilaterais (ONU, OMC, FMI) e à política de combate à inflação adotada pelo governo federal, entre outros temas.
O Monitor da Percepção Internacional do Brasil é uma pesquisa trimestral em que são ouvidas entidades internacionais com atuação ou representação no Brasil. O universo da sondagem é composto por embaixadas, consulados, câmaras de comércio, empresas com controle estrangeiro e organizações multilaterais.