Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipea analisa diferença de salários públicos e privados
Instituto analisa diferença de salários nos setores público e privado
Nível de instrução é um dos principais fatores para a diferença de 56% no salário médio a favor do setor público (todas as esferas de governo)

 Divulgado nesta segunda-feira, dia 14, o Comunicado da Presidência nº 37: Salários no Setor Público Versus Salários no Setor Privado no Brasil apresenta os condicionantes para a disparidade de vencimentos entre essas áreas e elementos importantes para discussão do tema.

 O estudo mostra como, em 2008, o salário médio no serviço público era 56% maior que no setor privado. Em 1998, a diferença era de 33%. Estes dados são calcados nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa diferença se explica principalmente pelo perfil dos ocupados segundo o grau de instrução. Cerca de um terço dos trabalhadores no setor público tem nível superior completo, enquanto, no setor privado, em 2008, esse número era de 11,4%.

Na outra ponta do espectro, por exemplo, o setor privado empregava, em 2008, 27,7% de pessoas com o ensino fundamental incompleto e 17,8% com o fundamental completo. Na administração pública, havia 22% de empregados com até o fundamental completo. 

Comparação internacional
Para a formulação dos dados e de forma a evitar distorções nos resultados, foram considerados apenas empregados assalariados, com idade entre 25 e 59 anos, e contribuintes da previdência.

 O Comunicado da Presidência nº 37 também mostra que a disparidade entre salários no setor público e privado no País não difere da de outros países, assim como o peso do gasto do governo central com o funcionalismo no total de gastos do governo federal.

 Leia o comunicado na íntegra

OIT apresentou no Ipea estudo sobre trabalho decente

OIT apresentou no Ipea estudo sobre trabalho decente

Divulgação do relatório, que analisa a evolução do indicador de 1992 a 2007, foi no auditório do Instituto

A Organização internacional do Trabalho (OIT) no Brasil apresentaou no Ipea, nesta quarta-feira (16), um relatório sobre o perfil do trabalho decente no País. O estudo analisa a evolução desse indicador no período 1992-2007 e leva em conta diversas dimensões do trabalho decente, a exemplo de oportunidades de emprego, jornada de trabalho, combinação entre trabalho e vida familiar, trabalho a ser abolido (trabalho infantil e trabalho forçado), ambiente de trabalho seguro, entre outros tópicos.

O documento foiapresentado pelo especialista da OIT José Ribeiro, coordenador nacional do projeto Monitorando e Avaliando o Progresso do Trabalho Decente, com a participação do diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jorge Abrahão de Castro.

O relatório é um dos projetos-piloto pioneiros no mundo na avaliação dos programas de trabalho decente levando-se em conta indicadores específicos. Ele deverá servir como instrumento para o monitoramento das Agendas de Trabalho Decente.

Marco Aurélio Garcia participou de seminário no Ipea
Marco Aurélio Garcia participou de seminário no Ipea
 Assessor da Presidência da República para Assuntos Internacionais falou sobre as Políticas Externas do Brasil no médio prazo

"As instituições hoje estão caducas e o que estamos vendo hoje são instituições provisórias (G8, G20). Por isso, estamos insistindo no fortalecimento, na reconstrução da legitimidade, da representatividade das Nações Unidas". A afirmação é do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que debateu o novo papel do Brasil no mundo nesta segunda-feira, 14, em Brasília.

O seminário Prioridades e Desafios da Política Externa Brasileira no Médio Prazo foi promovido pela Diretoria de Estudos, Cooperação Técnica e Políticas Internacionais (Dicod) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e contou com a participação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, de pesquisadores e de técnicos do Instituto.

O assessor explicou que o Brasil, apesar de ter um excelente mecanismo de política externa como o Itamaraty, se revelou despreparado, no passado, para assumir uma postura mais relevante no cenário internacional. Segundo ele, a visibilidade que o País conquistou recentemente no âmbito internacional se deve ao fato de o Brasil ter enfrentado de forma articulada grandes desafios como o crescimento econômico, distribuição de renda, equilíbrio macro-econômico e redução da vulnerabilidade externa, em um marco da democracia. A convergência desses fatores e os acertos da política externa no sentido de definir que lugar o Brasil deve ocupar no mundo permitiram o lugar de destaque que o País ocupa hoje.

Garcia ressaltou que a transformação do modelo de unilateralismo, centrado pelos Estados Unidos, para o multilateralismo exige que o Brasil qualifique melhor sua intervenção internacional e lute por uma mudança das instituições da governança mundial. A estratégia para o Brasil ser um pólo nesse cenário seria sua integração com a América do Sul, a fim de se fortalecer.   

O assessor defendeu o estímulo a projetos de integração física, energética e produtiva, seja no domínio industrial seja no agrícola para resolver as assimetrias na América do Sul. "Não podemos ficar na situação de exportar quase tudo para esses países e importar muito pouco. É preciso diversificar as economias. Isso é importante pela relação comercial que eles possam manter e também do ponto de vista interno, que vai significar uma diversificação social saudável", afirmou.

Ao final, Garcia apontou a parceria com o Ipea como relevante não só para que o governo brasileiro tenha informações mais acuradas sobre o desenvolvimento da economia internacional, mas também para que possa intervir mais diretamente na articulação econômica com outros países. A próxima reunião do assessor com o grupo de trabalho formado pelos técnicos do Instituto está prevista para a primeira quinzena de janeiro.

 

 A iniciativa do seminário faz parte da estratégia do Ipea de ampliar o conhecimento sobre as políticas internacionais, que incluiu a criação de uma área específica para tratar do tema na Dicod e a abertura de vagas no último concurso público, realizado no ano passado. Desde o início de 2009, 15 técnicos da área internacional tomaram posse e têm se encontrado com pessoas-chave de dentro e fora do governo para tratar dos desafios e potencialidades do Brasil na área.

 

 

Mapeamento da presença do Estado revela carências

Mapeamento da presença do Estado revela carências

Disseminação de estabelecimentos públicos de educação e cultura ainda é insuficiente

 

                                                                  Foto: Daniel Castro
091215_presenest3
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, falou
sobre os números divulgados no estudo

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira (15), em São Paulo, o estudo Presença do Estado no Brasil: Federação, suas Unidades e Municipalidades. Com base em dados de ministérios e do IBGE, a publicação permite conhecer os municípios, estados e regiões mais carentes em áreas como educação, saúde, segurança pública e previdência social. O documento foi explicado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann.

O estudo apresenta informações detalhadas sobre 5.564 municípios brasileiros, e sua análise leva a conclusões importantes. Um exemplo é o fato de apenas 157 municípios do País (2,8% do total) possuírem estabelecimento público de ensino superior. Desses, 23,6% se localizam em São Paulo, o que demonstra grande concentração geográfica das universidades públicas.

Embora o ensino fundamental já esteja universalizado no Brasil, as escolas públicas de ensino médio ainda não se fazem presentes em 46 municípios, 16 deles em Minas Gerais. O estado do Sudeste é, porém, o que mais possui municípios no Brasil (853).

No caso de estabelecimentos públicos de cultura, os problemas ainda são muitos: 2.953 municípios não têm qualquer instituição desse tipo, o equivalente a 53% do total. Quando esse dado é detalhado por estabelecimento, as ausências ficam mais claras. Entre todos os municípios brasileiros, 82,6% não possuem museus públicos. Daqueles que não têm instituições de cultura, públicas, 37% se situam no Nordeste.

“Precisamos de um esforço enorme do ponto de vista de educação, saúde e cultura. Há um descompasso muito grande entre avanço econômico e a vida urbana do século 21”, assinalou Pochmann. Ele lembrou que o setor privado pode fazer o que o Estado não faz, mas o papel do Estado é crucial principalmente para as populações de baixa renda, que não podem pagar, por exemplo, por ensino e saúde privados.

Saúde
O objetivo do estudo realizado pelo Ipea é analisar a presença ou ausência do Estado em diferentes localidades do território nacional. O trabalho foi complexo, pois as informações se encontravam disseminadas em diferentes órgãos públicos. Em relação à saúde, a compilação dos dados levou o Instituto a concluir que 1.875 municípios não têm estabelecimento de internação ligado ao Sistema Único de Saúde, e apenas Paraíso (SP) e Mimoso (GO) não possuem, atualmente, estabelecimento ambulatorial do SUS.

Os serviços de vigilância epidemiológica e sanitária são mais preocupantes, pois 2.780 municípios estão sem cobertura pública nessa área. O atendimento por parte de médicos do serviço público ainda não está universalizado: 7,7% dos municípios não têm esse tipo de profissional. O levantamento completo, de todas as áreas, pode ser acessado pelo site do Ipea. A apresentação do estudo foi feita na Superintendência Regional da Caixa Econômica no bairro de Santana, em São Paulo (Rua Voluntários da Pátria, 1512, 3º andar).

 Leia a íntegra do estudo

Veja a apresentação sobre a pesquisa

Ipea e Academia Chinesa de Ciências Sociais fecham acordo de cooperação

Ipea e Academia Chinesa fecham acordo de cooperação

Parceria deve ter como primeiro resultado a realização de um seminário com instituições de pesquisa de todos os países do BRIC em 2010

                                                                           Foto: Sidney Murrieta
O presidente substituto do Ipea, Jorge Abrahão, e o
vice-presidente da Academia, Zheng Bingnwen,
assinam o documento

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais assinaram, nesta quinta-feira, 10, um acordo de cooperação. Representando o presidente do Ipea, o diretor de Estudos e Políticas Sociais, Jorge Abrahão, firmou o memorando com o vice-presidente da Academia, Zheng Bignwen.

Bignwen ressaltou a importância da parceria no setor acadêmico, apontando os pontos em comum de Brasil e China, ambos países em desenvolvimento. Segundo o diretor, o Ipea e a Academia Chinesa representam os melhores institutos de pesquisa de seus respectivos países e devem aproveitar essa oportunidade.  

O primeiro trabalho em conjunto será a organização de um seminário com os principais institutos de pesquisas dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) no final de abril do ano que vem. A ideia é debater temas como as mudanças climáticas e a reforma do sistema financeiro global e levar a discussão para a 2ª Cúpula do BRIC, prevista para junho de 2010 no Brasil.  

Também estavam presentes na reunião o chefe de gabinete da Presidência do Ipea, Pérsio Davison; o assessor da Presidência Milko Matijascic; o diretor-adjunto de Estudos, Cooperação Técnica e Políticas Internacionais, Marcos Cintra; a coordenadora de Estudos das Relações Internacionais e do Desenvolvimento, Luciana Acioly; e o pesquisador convidado da Academia Chinesa Wu Zhihua.

Subcategorias



Reportar Erro
Escreva detalhadamente o caminho percorrido até o erro ou a justificativa do conteúdo estar em desacordo com o que deveria. O que deveria ter sido apresentado na página? A sua ajuda será importante para nós, obrigado!

Form by ChronoForms - ChronoEngine.com