Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Cuidados com idosos foram discutidos em seminário

Cuidados com idosos foram discutidos em seminário

Brasil possui cerca de 19 milhões de pessoas idosas. Destas, 3,2 milhões são consideradas frágeis

Os brasileiros estão envelhecendo, e a população que precisa de cuidados de longa duração está crescendo. Este foi um dos assuntos discutidos no seminário Cuidados com a população idosa: um novo risco social a ser assumido?. Os dados foram apresentados pela técnica de planejamento e pesquisa Ana Amélia Camarano, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira, dia 14.

A apresentação discutiu a responsabilidade dos países de assumir os cuidados com a população idosa como risco social. “Muitos países já assumiram esse risco”, afirmou Ana Amélia. O cidadão passa a ser considerado idoso a partir dos 60 anos, conforme a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso. Os determinantes para se considerar alguém nessa faixa etária frágil são, segundo a pesquisadora, a faltas de renda e de autonomia para as necessidades do cotidiano (tomar banho, ir ao banheiro e comer). Todos dentro desse perfil necessitam cuidados de longa duração.

Existem diferentes tipos de cuidado: informal (em geral prestado por cônjuges e/ ou filhos); formal (domiciliar ou institucional, e oferecido pelo Estado ou setor privado); e institucional. Nas pesquisas é possível observar que 71% dos municípios brasileiros não possuem Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). “Dois terços das instituições criadas na década passada são filantrópicas, muitas decorridas da caridade cristã. Nos últimos anos, tem crescido o percentual de estabelecimentos privados”, disse a pesquisadora. As instituições privadas somam 28,2% e as públicas 6,6%, a maioria na esfera municipal. Cabe ao governo federal apenas o abrigo Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, onde residem 298 idosos pobres.

A legislação brasileira diz que a família é o principal responsável pelo idoso. “Historicamente cabe às mulheres os cuidados com os membros dependentes da família. Os especialistas acreditam que para os idosos é melhor serem cuidados pelos familiares”, explicou.  No Brasil, aproximadamente 1% dos idosos residem em uma instituição.

Até a realização da pesquisa não havia, no Brasil, um número exato de instituições que prestavam cuidados aos idosos, e por isso não tem como medir se tem aumentado ou diminuído o número. “Essa pesquisa foi feita em instituições abertas ao longo da pesquisa”, disse Ana Amélia.

O País possui cerca de 19 milhões de idosos e 3,2 milhões deles são considerados  frágeis. “Dos 3,2 milhões, 2 milhões (63%) são mulheres e 100 mil estão nas instituições”, afirmou a autora do estudo. As mulheres vivem até oito anos mais que os homens, o que explica o alto número entre os frágeis.

A entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho contribui com a renda das famílias e com o recurso financeiro necessário para financiar os cuidados dos idosos dependentes. Mudanças de arranjos familiares (inúmeros casamentos, divórcios etc.); declínio da fecundidade; e redução do número de cuidadores familiares disponíveis (filhos) também têm acompanhado o envelhecimento da população brasileira. A exposição destacou que a oferta de cuidados familiares está reduzida.

 Ter filhos não é garantia de receber cuidados na velhice. No Brasil, o cuidado familiar tem pouco apoio, com escassos programas homecare (cuidado em domicílio). “Os programas são por necessidade, e não por idade”, afirmou. No País, 600 instituições recebem valor per capta mensal de acordo com a necessidade dos idosos. Um dos programas assistencialistas, o Programa Saúde da Família (PSF), criado em 2004, visita residências e instituições e faz promoção e prevenção da saúde. A cobertura é considerada baixa pela pesquisadora: menos de 50% das instituições recebem visitas (entre as públicas a proporção é de 67,4%) e 52,6% dos domicílios com idosos frágeis recebem visitas.

As fontes do estudo foram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998, 2003 e 2008 e o primeiro levantamento nacional sobre as condições de funcionamento e infraestrutura das instituições de longa permanência, realizado pelo Ipea em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Ministério do Desenvolvimento Social  (MDS) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

Estudantes participam de atividades do Ipea em Brasília

Estudantes participam de atividades do Ipea em Brasília

Universitários foram selecionados para intercâmbio no Instituto como forma de estimular a pesquisa

Treze estudantes universitários de diferentes partes do Brasil participam, desde a segunda-feira, 19, da Promoção de Intercâmbio de Graduação (PROING) do Ipea. Até 6 de agosto, eles participarão das atividades de pesquisa e de projetos do Instituto, em Brasília. A abertura do intercâmbio foi realizada no auditório do 16° andar do Ipea (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício Ipea/BNDES), com a presença do presidente do Instituto, Marcio Pochmann.

Os estudantes foram selecionados para seis áreas de atuação, divididas de acordo com as diretorias do Ipea: Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura; Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais; Estudos e Políticas Sociais; Estudos e Políticas Macroeconômicas; Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais; e Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia.

A seleção foi feita por meio de chamada pública no sítio do Ipea. Para participar, os estudantes precisavam estar matriculados entre o quarto e o sexto período em cursos de graduação. Também foram exigências a aprovação em disciplinas específicas, a recomendação da coordenação de curso e o Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) mínimo de 7.

Auxílio
Para participar do curso, os universitários de famílias de baixa renda receberão bolsa no valor de R$ 700.  Também serão concedidos auxílio transporte e declaração de participação no intercâmbio, além de publicações do Ipea. Os trabalhos dos estudantes serão publicados no sítio do Instituto na internet.

Seminário discute gestão dos recursos hídricos

Seminário discute gestão dos recursos hídricos

Encontro em parceria com MMA, ANA e CapNet-Brasil será no auditório do Ipea em Brasília

Em parceria com a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (MMA), a Agência Nacional de Águas (ANA) e a CapNet-Brasil, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) organiza o Diálogo Água e Clima: Adaptação aos Riscos para a gestão dos Recursos Hídricos visando a Política Nacional de Mudança do Clima.

O seminário, entre os dias 27 e 29 de julho de 2010, em Brasília, destina-se a representantes de organizações públicas, privadas e da sociedade civil, instituições de ensino e pesquisa, gestores de recursos hídricos e setores usuários de recursos hídricos, entre outros. O objetivo é promover o debate, no contexto de mudanças do clima, sobre a gestão de recursos hídricos, as ações de adaptação e mitigação e a proposição de diretrizes afetas ao tema como subsídio à revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos.

O evento está estruturado em três eixos de debates: “Plano Nacional de Recursos Hídricos e Plano Nacional de Mudanças Climáticas”, “Soluções Participativas de Adaptação aos Riscos e para Mitigação de Impactos”, e “Elaboração de Diretrizes Estratégicas”. Haverá duas oficinas temáticas, uma sobre “Soluções Participativas de Adaptação aos Riscos visando a Gestão de Recursos Hídricos”, e a outros sobre “Elaboração de Diretrizes Estratégicas para o PNRH e PNMC”.

As inscrições podem ser feitas até 23 de julho. Confira abaixo a programação do seminário, que ocorrerá no Auditório do Ipea em Brasília (SBS, Quadra 1, Edifício Ipea/BNDES, subsolo). Mais informações pelo www.cnrh.gov.br/seminario/mudancasclimaticas.

Veja a programação do seminário

Ipea analisa pobreza e miséria por regiões e estados

Ipea analisa pobreza e miséria por regiões e estados

Estudo foi lançado nesta terça, no Rio de Janeiro, e traz ainda a evolução do índice de desigualdade de renda

A realidade recente vivenciada pelo País – de crescimento econômico aliado a avanço social – vem reduzindo as taxas nacionais de pobreza absoluta e miséria. A tendência, no entanto, se apresenta de forma distinta nas diferentes regiões e unidades da federação.

Como vem ocorrendo essa evolução nos estados e regiões do Brasil nos últimos 15 anos (período da estabilidade econômica) e a projeção das taxas de pobreza absoluta e de miséria até 2016 são os principais pontos do Comunicado do Ipea nº 58: Dimensão, Evolução e Projeção da Pobreza por Região e por Estado no Brasil, que traz também evolução do índice de desigualdade de renda (Gini) por unidade da federação.

O estudo foi lançado em coletiva de imprensa nesta terça-feira, dia 13, às 14h30, no escritório do Ipea no Rio de Janeiro (Av. Presidente Antônio Carlos, 51, 10º andar), com a presença do presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Marcio Pochmann.

Os dados primários utilizados no estudo são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE e são apresentados por região e por estados.

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 58

Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 58

Conjuntura em Foco mostra expansão do trabalho

Conjuntura em Foco mostra expansão do mercado de trabalho

Boletim do Ipea também analisa nível de atividade, inflação, exportações, finanças e política fiscal

A força do mercado de trabalho em 2010 é o destaque da edição mais recente do boletim Conjuntura em Foco, lançada nesta sexta-feira, 9, pelo Ipea. De acordo com a publicação, o mercado de trabalho brasileiro, cuja dinâmica foi fundamental para minimizar os impactos da crise financeira internacional em 2009, continua apresentando ótimos resultados em 2010.

Segundo o boletim, há forte expansão dos postos de trabalho no país, com a oferta de novas vagas crescendo mais que a Popu­lação Economicamente Ativa (PEA). O número de empregos com carteira assinada também cresce em ritmo superior aos demais, o que significa uma melhoria qualitativa no mercado de trabalho. Também há crescimento na participação dos trabalhadores mais qualificados. A melhora no nível educacional dos trabalhadores, no entanto, não resultou em maiores renumerações: as novas vagas criadas no mercado se concentram em faixas salariais baixas.

Ainda na análise temática, o boletim destaca que o mercado de trabalho parece não ser restrição ao processo de retomada do crescimento econômico brasileiro. Vários segmentos ainda demonstram fôlego e podem garantir uma expansão de oferta de postos. A expectativa para o restante de 2010 é de manutenção do cenário favorável. Para os próximos anos, a publicação indica que o desafio é garantir um crescimento capaz de absorver a força de trabalho que chega ao mercado e formar mão-de-obra.

Números

O boletim também traz análises e números relativos ao nível de atividade, com queda no volume de vendas no varejo; inflação, com arrefecimento dos principais índices de preços ao consumidor; exportações, cujo acumulado de janeiro a maio de 2010 ficou 29,9% maior que o do mesmo período do ano anterior; economia monetária e finanças; e política fiscal.

Produzido pelo Grupo de Análise e Previsões (GAP) da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Instituto, o boletim Conjuntura em Foco é uma publicação mensal que faz análise pontual de temas relevantes da macroeconomia, apresentando números recentes das áreas sob estudo. Trimestralmente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança a Carta de Conjuntura.

Leia a íntegra do boletim

Ipea e Ministério da Justiça assinam cooperação técnica

Ipea e Ministério da Justiça assinam cooperação técnica


Instituto fará avaliações e propostas para fortalecer a governança democrática do setor segurança

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, e o ministro da Justiça, Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto, assinam em 21 de julho, às 11h, na Sala de Retrato do 4º andar do Ministério da Justiça em Brasília, um acordo de cooperação técnica para a execução do projeto de pesquisa Participação Social e Governança Democrática da Segurança Pública.

Coordenado pela Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Ipea, o estudo deverá avaliar a experiência recente de participação social no Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp). Reestruturado no ano passado, esse colegiado, presidido pelo ministro da Justiça, reúne representantes da sociedade civil e dos trabalhadores e gestores de segurança do País, para a formulação de estratégias e o controle de execução da Política Nacional de Segurança Pública.

A pesquisa será baseada no acompanhamento das reuniões do Conasp, além da aplicação de questionários e entrevistas com conselheiros e gestores do Conasp. Após a análise desses dados, o Ipea formulará propostas sobre como a participação social pode ajudar na melhoria da política pública de segurança. As conclusões serão validadas junto ao Conselho atual e divididas com os novos conselheiros, que serão eleitos até agosto deste ano.

Centro de referência
Prevista na Constituição de 1988 como um princípio da organização política brasileira, a participação vem se institucionalizando rapidamente em todos os níveis e setores de governo, por meio de experiências como Conselhos e Conferências.

Acompanhando esse movimento, o Ipea vem realizando uma série de pesquisas sobre o tema. No âmbito federal, além do estudo no Conasp, já foram aplicados questionários no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e no Conselho Nacional de Juventude (Conjuve).

Ipea lança terceira edição de boletim internacional

Ipea lança terceira edição de boletim internacional

A publicação traz oito artigos que abordam desde propriedade intelectual a cooperação internacional 

O Ipea lançou na tarde desta quinta-feira, 8, em Brasília, a terceira edição do Boletim de Economia e Política Internacional. A publicação, da Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Deint) do Ipea, traz oito artigos que tratam de temas como os direitos sobre propriedade intelectual  e a cooperação internacional.

O coordenador do Boletim, André Rego Viana, abriu o evento. Em seguida,  técnicos de Planejamento e Pesquisa da Deint apresentaram três artigos. A atuação do Brasil na cooperação internacional para o desenvolvimento foi o tema da exposição de Guilherme Schmitz. O pesquisador falou sobre a metodologia do levantamento de recursos investidos pelo governo federal para a promoção do desenvolvimento em outros países.

Propriedade intelectual

André de Mello e Souza apresentou artigo sobre o acordo comercial anti-contrafação (Acta), que tem o objetivo de garantir o direito à propriedade intelectual em escala global, mas mostra pouca transparência. “O acordo está sendo feito sigilosamente. Não é possível dizer no momento quais as cláusulas que fazem parte desse acordo, o que é algo bastante inusitado, dada a atual conjuntura das relações internacionais”, disse André.  

Para ele, o Acta não é uma iniciativa isolada, tem um caráter multilateral e é conseqüência da evolução de diversos acordos como o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), em que já se observava a tentativa de aumentar o alcance do direito sobre a propriedade intelectual.

Os incentivos às exportações e a legislação tributária brasileira foram tratadas por Daniel Grimaldi. “As mudanças na legislação tributárias ainda são tímidas e um dos entraves para a competitividade dos insumos para a indústria produzidos no país frente aos importados é o ICMS”, destacou.  

 Boletim de Economia e Política Internacional foi apresentado na sede do Ipea, em Brasília, e teve transmissão ao vivo pelo sítio do Instituto. 

Leia a íntegra do Boletim Internacional

Veja os gráficos sobre "A Estratégia para Globalização dos Direitos de Propriedade Intelectual e suas Implicações para o Brasil"

Veja os gráficos sobre "Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional"

Veja os gráficos sobre "O recente pacote de incentivo às exportações e a legislação tributária brasileira:novas medidas e velhos problemas"

Boletim Internacional nº 3 será lançado nesta quinta

Boletim Internacional nº 3 será lançado nesta quinta


Publicação debate temas como cooperação internacional, incentivo às exportações e propriedade intelectual

Três painéis apresentam nesta quinta-feira, 8, artigos produzidos por técnicos de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Deint) do Ipea. Os textos compõem a terceira edição do Boletim de Economia e Política Internacional.

“Cooperação brasileira para o desenvolvimento internacional: primeiro levantamento de recursos investidos pelo governo federal” é o tema que terá como palestrante o técnico Guilherme de Oliveira Schmitz. Em seguida, Daniel Grimaldi falará sobre “O recente pacote de incentivo às exportações e a legislação tributária brasileira: novas medidas e velhos problemas”. O último painel abordará “A estratégia para globalização dos direitos de propriedade intelectual e suas implicações para o Brasil: o caso do Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA)”. O palestrante será André de Mello e Souza.

A mediação dos painéis caberá a André Rego Viana, coordenador do editorial do Boletim de Economia e Política Internacional. A publicação é trimestral e representa o primeiro produto coletivo da nova área de estudos internacionais do Ipea, criada em 2009. O público-alvo é composto por gestores de políticas públicas vinculadas a temas internacionais.

O lançamento da terceira edição começará às 14h30, no auditório do Instituto (SBS, Quadra 1, Edifício Ipea/BNDES, subsolo), com transmissão ao vivo e coletiva on-line pelo site do Ipea. Jornalistas interessados em participar devem enviar e-mail para o endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., com nome, veículo de comunicação e telefone de contato.

Leia a íntegra do Boletim Internacional

Ipea e Iphan discutem mobilidade e acessibilidade

Ipea e Iphan discutem mobilidade em áreas tombadas

Programação continua nesta terça-feira, 6, com debate sobre plano de mobilidade e acessibilidade e conclusões

As malhas das cidades históricas com suas especificidades e condicionantes devem ser levadas em consideração ao se criar um plano de mobilidade. Esse foi um dos temas abordados na Oficina Técnica do Programa Nacional de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O evento, que está sendo realizado na sede do Ipea em Brasília (SBS 1 Bloco J, Ed. BNDES) desde a última segunda -feira, 5, termina hoje.

 Na primeira parte, na manhã do dia 5, o debate foi sobre Diretrizes para o Programa de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas. As apresentações couberam a Yole Medeiros, Coordenadora Geral de Cidades e George da Guia, Coordenador do Programa de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas, ambos do Iphan; e Carolina Cavalcanti, da Secretaria Nacional de Programas Urbanos (SNPU) e Higor Guerra, da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (Semob), ambos do Ministério das Cidades.

 Os palestrantes discutiram temas como o Programa Nacional de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Urbanas Tombadas pelo Iphan, a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano, o Programa de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais e o projeto de lei 694/1995, sobre mobilidade urbana, que tramita no Senado Federal.

 Preservação do patrimônio

Carlos Henrique de Carvalho, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, e Nazareno Stanislau, coordenador da Associação Nacional dos Transportes Públicos e diretor da ONG Rua Viva,  participaram como debatedores. Carlos alertou que as políticas de mobilidade priorizam a eficácia e se preocupam mais com a otimização dos recursos, deixando de lado a efetividade da equidade e do desenvolvimento sustentável. Segundo o pesquisador, ao se discutir áreas tombadas, torna-se mais urgente ainda colocar em primeiro plano a preservação do patrimônio.

Para tanto, em vez de seguir a lógica das cidades de veículos grandes e pesados, os transportes urbanos coletivos devem ser menores e menos poluentes, para não danificar o patrimônio histórico com a trepidação e a poluição. Novas tecnologias como o mini e o midi-ônibus; o uso do diesel S50, com menos enxofre; os veículos elétricos; e os veículos leves sobre trilhos (VLT)  também devem ser pensadas em um novo conceito de mobilidade que humanize o trânsito, priorize os pedestres e o transporte público.

O pesquisador do Ipea mostrou que o aumento das motocicletas é tema de preocupação. “Daqui a dois anos e meio, serão vendidas mais motocicletas do que automóveis. Esse crescimento representa mais acidentes e conflitos com os pedestres.” Carlos defendeu também que a política de Estado privilegie o transporte coletivo com tributações, pedágios urbanos e políticas de preços altos para estacionamento de carros.

Nazareno apontou que a política atual tem o objetivo de universalizar o acesso ao automóvel. Ele defende que o Estado, assim como financia a indústria automobilística, também deveria investir no transporte público, e não deixar que predomine uma lógica de mercado. “Essa política de mobilidade suicida, com mais mortes, atropelamentos, congestionamentos, acidentes e poluição, é insustentável”, acusou Nazareno.

À tarde, foram apresentados os Planos de Mobilidade e Acessibilidade do Centro Histórico de Paranaguá e de Lacuna. Nesta terça-feira, 6, a discussão será sobre o Plano de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Históricas (metodologia de elaboração e melhores práticas). As conclusões dos trabalhos serão apresentadas a partir das 12h30. O evento está sendo realizado na sala de reuniões do 16º andar do edifício Ipea/BNDES, em Brasília (SBS, Quadra 1). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 Veja a apresentação sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano

Veja a apresentação sobre o Programa de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas

 

Oficina discute mobilidade em áreas tombadas pelo Iphan

Oficina discute mobilidade em áreas tombadas pelo Iphan

Encontro realizado no Ipea é dividido em três mesas de debate. Conclusões serão apresentadas nesta terça-feira

O Ipea sedia em Brasília, nesta segunda e terça-feira, 5 e 6 de julho, a Oficina Técnica do Programa Nacional de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O encontro foi dividido em três mesas, duas na segunda-feira, e uma na terça.

Na primeira parte, na manhã do dia 5, o tema de debate foi Diretrizes para o Programa de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas. As apresentações couberam a Dalmo Vieira Filho, diretor do Depam; Yole Medeiros, Coordenadora-Geral de Cidades; George da Guia, Coordenador do Programa de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas; e outros representantes do Ministério das Cidades. Carlos Henrique, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, e Nazareno Stanislau participaram como debatedores.

As duas mesas seguintes têm como tema, respectivamente, Definindo o Plano de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Tombadas e Plano de Mobilidade e Acessibilidade em Áreas Históricas (metodologia de elaboração e melhores práticas). As conclusões dos trabalhos serão apresentadas a partir das 12h30 desta terça-feira. O evento ocorre na sala de reuniões do 11º andar do edifício Ipea/BNDES, em Brasília (SBS, Quadra 1). Mais informações pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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