Ipea lançou a Revista Tempo do Mundo
Nova publicação organizada pelo Instituto é quadrimestral e aprofunda o debate sobre temas globais.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quinta-feira,
A primeira edição traz artigos sobre temas como o aumento e a convergência da renda mundial, perspectivas para o pós-crise e para o Brasil em 2022 (bicentenário da independência), e economias em transição. Os textos são assinados por Heiner Flassbeck e Massimiliano La Marca, François-Xavier Merrien, Robert Guttmann, Ignacy Sachs, Cai Fang, Du Yang e Wang Meiyan, Emir Sader e Vladimir Popov.
A revista tem o objetivo de apresentar proposições para a elaboração de políticas públicas, privilegiando comparações internacionais e a interdisciplinaridade, sempre destacando o papel do planejamento. O nome da publicação é uma referência ao termo formulado por Fernand Braudel, historiador francês e um dos fundadores da Universidade de São Paulo.
O lançamento foi às16h, no auditório do Ipea em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Edifício Ipea/BNDES), com transmissão ao vivo pela internet.
Outra publicação do Instituto voltada ao debate de temas mundiais, o Boletim de Economia e Política Internacional, foi lançada em fevereiro pela Diretoria de Estudos, Cooperação Técnica e Políticas Internacionais (Dicod).
Suposta falta de engenheiros não é problema crônico
Assunto é abordado no sexto Boletim Radar, que discute também a Lei do Bem e a reclassificação de propriedades agrícolas
Foto: Sidney Murrieta
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O diretor Marcio Wohlers, da Diset, fez a
apresentação do boletim
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quarta-feira,
O primeiro artigo trata da possível escassez de engenheiros no mercado e de fatores que interferem no equilíbrio entre oferta e demanda deste tipo de profissional, como o crescimento econômico, a formação de novos engenheiros e a migração de funções. Segundo o técnico de planejamento e pesquisa Divonzir Gusso, a exploração da camada do Pré-sal vai exigir uma quantidade maior de engenheiros do que a existente hoje no Brasil. “Em compensação, essa área tem rentabilidade e usa tecnologia muito avançada, o que gera uma grande capacidade de recrutamento no exterior. A preocupação seria se houvesse excesso de engenheiros saindo do País para buscar emprego em outro lugar”, afirmou.
Para a outra autora do artigo, Junia da Conceição, o setor agrícola brasileiro traz uma dualidade: enquanto parte é modernizada e possui ganhos de produtividade altíssimos, outra parte está atrasada. “A criação do Pronaf, por exemplo, é uma alternativa para puxar esses agricultores que não participaram do processo de modernização para que eles possam, também, usufruir de ganhos de produtividade e possam, de fato, se inserir no mercado.”
O terceiro artigo trata dos incentivos fiscais previstos no capítulo 3 da Lei nº 11.196/05, conhecida como Lei do Bem, o mais abrangente instrumento fiscal de estimulo à inovação no Brasil. “O estudo mostra a relação entre a Lei do Bem e a atividade de P&D (pesquisa e desenvolvimento) no Brasil. Para as grandes empresas, a lei do bem ainda não foi capaz de alterar a distribuição setorial dos gastos em P&D existentes no País”, afirmou a autora, Graziela Zucoloto.
Veja os gráficos sobre propriedades agrícolas
Ipea e CNJ assinam acordo para a elaboração de estudo
Cooperação vai permitir o estabelecimento de parâmetros para medir a eficiência das atividades da Justiça no Brasil
Um acordo firmado entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai ajudar o Judiciário a melhorar suas ações de planejamento e gestão. O termo de cooperação técnica para a realização de estudo sobre e o custo unitário do processo de execução fiscal da União foi assinado na tarde desta terça-feira, 23, pelo presidente do CNJ, Gilmar Mendes, e pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, na sede do CNJ, em Brasília.
Segundo Pochmann, essa será uma oportunidade para que o Instituto, criado há 45 anos, amplie suas atribuições de realização de pesquisas e estudos relevantes para a elaboração de políticas públicas para os outros poderes da República, além do Executivo. "Estamos também diante de uma oportunidade que nos dará bons resultados em médio e longo prazos, pois os dados permitirão um melhor planejamento", disse.
O presidente CNJ, Gilmar Mendes, disse que a parceria pode ser ampliada futuramente. "Esse trabalho, por si só, já terá grande relevância, mas terá um valor adicional na medida em que o Ipea poderá prestar outros serviços de pesquisa ao CNJ e à Justiça brasileira", afirmou.
De acordo com o plano de trabalho acertado entre o CNJ e o Ipea, a pesquisa será realizada ao longo de 2010. O objetivo é construir uma metodologia para o cálculo dos custos dos procedimentos judiciais, tendo como ponto de partida as ações de execução fiscal da União, que, em 2006, respondiam por cerca de 37% do estoque de processos judiciais em andamento na Justiça Federal.
O estudo será desenvolvido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ e pela Diretoria de Estudos do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Ipea. Contará ainda com a participação de juízes do CNJ e das cinco regiões da Justiça Federal, além de representantes da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e da Receita Federal.
Publicações internacionais foram divulgadas no Itamaraty
Evento teve a apresentação do Boletim de Economia e Política Internacional e da revista Tempo do Mundo
Foto: Sidney Murrieta |
![]() Mário Lisboa Theodoro, diretor da Dicod (E), participou da divulgação das publicações do Ipea no Itamaraty |
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) promoveram nesta quarta-feira, dia 24, o evento Ipea e as Relações Econômicas e Políticas Internacionais, no qual foi feita a divulgação do Boletim de Economia e Política Internacional e da revista Tempo do Mundo.
O subsecretário de Cooperação e de Promoção Comercial do Ministério, Ruy Nogueira, afirmou que a parceria entre Itamaraty e Ipea já existia, mas agora essa cooperação passa a ser efetiva, considerando a internacionalização do Instituto na África, América Latina e Haiti, objetos de estudos sobre os mais diversos assuntos, como clima, G20 e energia.
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, ressaltou a importância dessa colaboração, pois o Instituto “não deve produzir estudos meramente acadêmicos, mas análises que tenham repercussão e apoio dos embaixadores, que são os gestores da política internacional brasileira”. Pochmann falou também sobre o processo de internacionalização do Ipea com a ajuda do MRE e a ampliação de estudos do Instituto na temática internacional, que resultou nas publicações do primeiro Boletim de Economia e Política Internacional e na revista Tempo do Mundo.
O boletim, realizado pela Diretoria de Estudos, Cooperação Técnica e Políticas Internacionais (Dicod), é trimestral e traz na primeira edição artigos sobre a reação dos países à crise, a geopolítica do etanol, as assimetrias estruturais no Mercosul, entre outros. Já a revista semestral é publicada em português e inglês e tem por meta promover o debate sul-sul, incorporando visões plurais de autores reconhecidos.
Pochmann sugeriu a participação dos embaixadores nas próximas edições da revista e destacou projetos em andamento, como a produção anual Mundo em Perspectiva, que trata da presença do Brasil no mundo, e um indicador que captará a percepção de parceiros, empresas multinacionais e consultorias internacionais sobre o Brasil.
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, concluiu o evento reforçando o valor da cooperação entre Ipea e Itamaraty no cenário que o Brasil vive hoje, de diversificação do comércio exterior, acordos de cooperação tecnológica e científica com os países da América Latina e da África, e a presença política do País no mundo (desde 2003, foram 30 novas embaixadas brasileiras).
Destacou também os impactos dos acordos internacionais nas políticas públicas do Brasil. “A responsabilidade é muito grande para os que estão à frente dessas negociações. Por isso, a necessidade dessa parceria com o Ipea, que está em um processo permanente de geração de conhecimento sobre a realidade brasileira, cada vez mais complexa”, afirmou o ministro.
Leia a íntegra do Boletim de Economia e Política Internacional
O evento é realizado pelo Ipea em parceria com Ufal e vai reunir professores e pesquisadores em Maceió (AL)
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada promove, em Alagoas, o seminário Nordeste 2010. O evento, realizado em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), faz parte do programa Cátedras Ipea para o Desenvolvimento, que oferece a professores de universidades brasileiras bolsas para estudar a obra de pensadores do desenvolvimento do País.
O seminário será dividido em três mesas-redondas. A primeira terá como tema O Nordeste: A novo conjuntura - 2000/2010. Na segunda parte do evento, as discussões serão sobre a agroindústria canavieira no Nordeste. A terceira mesa tratará da obra do pernambucano Manuel Correia de Andrade, patrono escolhido pelo professor Cícero Péricles de Carvalho, da Ufal, contemplado com uma bolsa do programa Cátedras.
O evento será realizado nos dias 18 e 19 de março, auditório da Faculdade de Economia e Administração (FEAC) da Ufal, em Maceió. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até a data do seminário pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..