Ipea lança publicação com artigos sobre mudança climática
Boletim reúne 12 textos de pesquisadores do Ipea e convidados dos setores público e empresarial
As mudanças climáticas são o tema da quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, lançado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A publicação reuniu 12 artigos sobre aspectos relacionados à economia da mudança do clima; impactos em atividades agrícolas; aspectos regulatórios; principais acordos internacionais; ações de mitigação; alternativas limpas de desenvolvimento; e justiça climática. O lançamento foi realizado em Brasília, com a presença da diretora de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Liana Carleial.
Para o coordenador de Estudos Regionais do Ipea, Carlos Wagner Oliveira, editor do boletim, os artigos são relevantes para a discussão sobre as mudanças do clima não só no Brasil, mas em todo o mundo. O técnico de Planejamento e Pesquisa Jorge Hargrave, um dos organizadores do boletim, disse que a publicação reúne o conhecimento recente sobre a mudança climática e as negociações em andamento. “O boletim também é inovador ao reunir formuladores de políticas e negociadores com pesquisadores do Ipea, professores universitários, pesquisadores e até mesmo representantes do setor empresarial”, afirmou.
O artigo Mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal em países em desenvolvimento (REDD) e sua aplicação no caso brasileiro foi apresentado por Sofia Shellard, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. “O que a gente quis com esse artigo foi levantar algumas situações, dando um panorama sobre como essa discussão está evoluindo e sobre as vantagens comparativas para o Brasil”, disse.
Por meio de uma análise sobre a repercussão nos jornais das enchentes
O último artigo apresentado foi Do MDL às Namas: Perspectivas para o financiamento do desenvolvimento sustentável brasileiro, da técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Maria Gutierrez. O artigo defende que o MDL e as ações de mitigação conhecidas como Namas (Nationally Appropriate Mitigation Actions) tenham caráter complementar, e não exclusivo, já que atendem a necessidades distintas de países em desenvolvimento.
Dia Mundial sem Carro: hora de refletir sobre transporte
Para marcar a data, o Ipea divulga uma análise relativa à mobilidade da população urbana no país. Leia o artigo
Ipea analisa dados da PNAD sobre mercado de trabalho
Comunicado abre a série de análises do Instituto sobre os dados de 2009 da pesquisa, divulgada pelo IBGE
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada lança nesta quinta-feira, dia 23, às 10h, no Rio de Janeiro, o Comunicado do Ipea n° 62: PNAD 2009 – Primeiras Análises: o Mercado de Trabalho Brasileiro em 2009. O comunicado é o primeiro da série de análises que o Instituto fará sobre os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE).
O Comunicado analisa dados da PNAD 2009 sobre taxa de participação de homens e mulheres no mercado de trabalho, crescimento ocupacional, formalização, participação dos ocupados por setor de atividade, escolaridade e idade, taxa de desocupação e rendimento.
Os dados mostram números colhidos no contexto do início da recuperação pós-crise financeira internacional. Apesar da piora em indicadores quantitativos, como o desemprego e a queda da ocupação na indústria e no transporte, houve evolução positiva em índices referentes à qualidade do posto de trabalho, como grau de formalidade e rendimento médio de todos os trabalhos.
A apresentação do Comunicado do Ipea nº 62 será feita pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Carlos Henrique Leite Corseuil. Em seguida, haverá entrevista coletiva. O evento ocorrerá na representação do Ipea no Rio de Janeiro (Avenida Presidente Antonio Carlos, 51, auditório do 10º andar).
Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 62
Mudanças do Clima são tema de publicação do Ipea
Quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, com 12 artigos, é lançada em Brasília por pesquisadores
O Ipea lança na próxima quarta-feira, 22, às 10 horas, a quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental. Inteiramente dedicado ao tema das mudanças do clima, o boletim será lançado no auditório do Instituto em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Ed.BNDES) e transmitido ao vivo, pela internet, para todo o Brasil.
São doze artigos que tratam de aspectos relacionados à economia da mudança do clima; aos impactos em atividades agrícolas; aos aspectos regulatórios; aos principais acordos internacionais; às ações de mitigação; às alternativas limpas de desenvolvimento; e à chamada justiça climática. Participaram da elaboração do boletim 25 autores, entre pesquisadores do Ipea e colaboradores convidados.
O boletim é uma publicação semestral da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea (Dirur).O objetivo é apresentar e analisar dados sobre cidades, meio ambiente, federalismo e desenvolvimento regional, além de discutir políticas públicas brasileiras.
Participam do lançamento da quarta edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental a diretora da Dirur, Liana Carleial; o coordenador de Estudos Regionais do Ipea Carlos Wagner Oliveira, editor do boletim; e o técnico de Planejamento e Pesquisa Jorge Hargrave, um dos organizadores da publicação; além dos autores dos artigos.
Idosos brasileiros cada vez mais moram sozinhos
Pesquisadora do Ipea avalia dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada no dia 8 de setembro
A demógrafa Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea e autora de diversos livros sobre idosos, fez uma primeira análise da PNAD e concluiu que o envelhecimento afeta os arranjos familiares e domiciliares. “Com os filhos criados, os idosos saem de casa e os domicílios ficam menores”.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009 divulgada na quarta-feira, dia 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, no Brasil, os domicílios com apenas um morador passaram de 10,04% em 2004 para 12% em 2009. Além disso, dos 58,6 milhões de domicílios particulares permanentes estimados em 2009, 18,3% tinham cinco ou mais moradores, enquanto em 2004 esse número era de 23,3%. Para Camarano, esse registro evidencia o processo de envelhecimento da população brasileira, que vem aumentando nos últimos 20 anos. Os domicílios com dois e três moradores aumentaram conjuntamente de 42,8% para 47,7% entre 2004 e 2009.
Segundo a pesquisadora, a tendência são as pessoas morarem sozinhas, e há um aumento de “ninhos vazios” (domicílios com idosos). A PNAD mostra que o número médio de pessoas por família residente em domicílio particular foi o mesmo de 2008: 3,1 pessoas. “Os domicílios com menos pessoas são chamados de unipessoais. Pode-se dizer que a família (domicílio) brasileira está menor, mas os dados me chamaram muito a atenção pela grande mudança que ocorreu em apenas cinco anos, porque as mudanças nos domicílios são lentas”, explica a pesquisadora.
Camarano disse que a causa deste fenômeno não pode ter sido a queda da fecundidade, por ser um processo que vem ocorrendo durante toda a década. Segundo ela, as principais causas são o envelhecimento, depois as mudanças na nupcialidade (descasamentos), e, em terceiro lugar, a mudança nos valores das pessoas.
A PNAD 2009 investigou 399.387 pessoas em 153.837 domicílios por todo o País a respeito de temas como família, domicílios, mercado de trabalho e rendimento, tendo setembro como mês de referência.
Crescimento sustentável exige mais investimento público
Boletim Conjuntura em Foco, apresentado no Rio de Janeiro, estima crescimento mais suave na economia
“Na comparação com o segundo trimestre de 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 8,8%, sendo esta a segunda maior taxa verificada na série histórica”, afirma o boletim Conjuntura em Foco, apresentado no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 10.
A economia continua crescendo, mas não no mesmo ritmo. Segundo o documento, o arrefecimento do ritmo de expansão da economia no segundo trimestre já era esperado. Com a retirada dos estímulos fiscais e o início do aperto monetário em abril, vários indicadores antecedentes já apontavam para uma desaceleração do nível de atividade. “Para os trimestres restantes do ano, espera-se que a economia mantenha esta velocidade mais suave de crescimento”, informou em
Para o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto, o Brasil tem a tendência de passar por diversos altos e baixos no crescimento se não houver uma carga maior de investimento público. “Podemos observar que o investimento privado só cresce à medida que o consumo aumenta, então para o Brasil dar um salto real na economia, só com mais investimento público”, afirmou aos jornalistas.
Por outro lado, pelo critério do acumulado de 12 meses, as contratações líquidas mantêm ritmo de crescimento. O mês de julho de 2010 representa o maior nível da série histórica: 2.212.318 empregos com carteira assinada. Mais uma vez o setor de Construção Civil foi o destaque, com um crescimento de 9,42% em relação ao antigo recorde para o mês de julho, alcançado em 2008.
O setor de Serviços continua desempenhando o papel importante na geração de empregos formais. Com a criação de 61.606 vagas, o setor registrou saldo recorde para o período. Acompanhando o bom desempenho dos Serviços, a Indústria de transformação teve 41.530 postos de trabalho criados em julho deste ano, com maior crescimento relativo, seguindo a base de comparação julho de 2010/2009: 139,3%.
“O efeito da correção do salário mínimo e da política ativa de gastos sociais no ano de 2010, ao manter o dinamismo da demanda agregada, tem contribuído para provocar um impacto multiplicador significativo sobre a economia e, por consequência, conduzir ao aumento do PIB, da arrecadação e do controle e redução na relação dívida/PIB”, conclui o documento.
Seminário internacional discute uso do tempo
Especialistas de diversas entidades apontam horas dedicadas ao trabalho, transporte e tarefas domésticas
Nesta quinta e sexta-feiras (9 e 10), o Rio de Janeiro será sede do II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo: Aspectos Metodológicos e Experiências Internacionais. O evento é organizado conjuntamente pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, todas integrantes do Comitê de Estudos de Gênero e Uso do Tempo.
O objetivo é promover uma nova rodada de discussões sobre diferentes metodologias de uso do tempo aplicadas na América Latina pelos integrantes da Associação Internacional de Pesquisadores de Uso do Tempo. Os participantes também vão apresentar e discutir a experiência brasileira e as aplicações das pesquisas para as políticas públicas. Como resultado, espera-se aprimorar este piloto para incluir o módulo de uso do tempo no Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares.
“O IBGE e as instituições parceiras, entre elas o Ipea, discutem melhores caminhos para a realização de uma pesquisa que mostrará quanto tempo brasileiros e brasileiras dedicam ao trabalho remunerado, aos deslocamentos, aos afazeres domésticos, às atividades sociais, políticas, culturais, aos trabalhos de cuidado de crianças e idosos, ao trabalho não-remunerado, aos cuidados com a saúde, atividades domésticas, atividades de formação/ capacitação/ educação, atividades religiosas, viagens, e muitos outros”, informa a pesquisadora Natália Fontoura, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
II Seminário Internacional sobre Pesquisas de Uso do Tempo: Aspectos Metodológicos e Experiências Internacionais
Data: 9 e 10 de setembro de 2010
Local: auditório do IBGE no Centro de Documentação Disseminação de Informação (CDDI), Av. General Canabarro, nº 706 –Maracanã – Rio de Janeiro
Mais informações: Coordenação de Comunicação Social
Tel: (21) 2142-4651/ 8786/ 4620/ 0986/ 0985/ 0890
Ipea espera crescimento econômico suave no final do ano
Conjuntura em Foco, publicação do instituto, também destaca altos e baixos da inflação de 2010
O boletim Conjuntura em Foco será apresentado em entrevista
A publicação analisa dados do Produto Interno Bruto (PIB), inflação, exportações, finanças e política fiscal.
Produzido pelo Grupo de Análise e Previsões (GAP) da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Instituto, o boletim Conjuntura em Foco faz uma análise pontual de temas relevantes da macroeconomia. A apresentação da publicação será feita pelao coordenador do GAP, Roberto Messenberg.
Ipea promoveu oficina de trabalho com a OIT
Evento, que contou com palestra de Raymond Torres, abordou os desdobramentos da crise econômica de 2008
O desempenho dos países frente à crise econômica iniciada nos Estados Unidos em 2008 e seus desdobramentos – como as políticas públicas adotadas, a oferta de emprego e questões sociais – foram o tema da oficina de trabalho Brasil – lições de políticas frente à crise econômica internacional, promovida pelo Ipea nesta sexta-feira, dia 3, em Brasília.
Atingido pela contração internacional de crédito e diminuição da oferta interna de crédito, além da redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil não ficou imune aos impactos da crise. No entanto, a recessão no País durou somente dois trimestres, e as estimativas atuais apontam para um crescimento do PIB da ordem de 7,3% ao ano, ultrapassando o período pré-crise – que registrava 7%, no primeiro trimestre de 2008. O Brasil já demonstra retomada do crescimento da oferta de emprego, com incremento de 5% nos sete primeiros meses de 2010.
Boa parte do êxito evidenciado se deve à existência de programas formais e iniciativas governamentais destinados a mitigar os efeitos da recessão, como destacou em sua palestra o diretor do Instituto Internacional de Estudos Laborais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Raymond Torres. Segundo ele, ao contrário do ocorrido em crises anteriores, foi fortalecida a proteção social, o que melhorou a continuidade e a duração do seguro desemprego, e estimulou a demanda agregada.
O evento teve na abertura a participação do presidente do Ipea, Marcio Pochmann, da diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, e a palestra de Torres.
Ipea e ABDE apresentam resultado de pesquisa
Apresentação de relatório sobre Instituições Financeiras de Desenvolvimento reuniu especialistas no Rio
Foi apresentado na manhã da última sexta-feira (3), no Rio de Janeiro, o resultado preliminar da pesquisa Papel e perspectivas das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFD) no sistema financeiro nacional. O estudo é resultado da parceria entre o Ipea e a Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE).
Os técnicos de Planejamento e Pesquisa do Ipea Victor Leonardo de Araújo e Murilo José Pires fizeram a apresentação do relatório com as conclusões preliminares. Victor enfatizou a importância das IFD no crédito de longo prazo. “O perfil do prazo é melhor que o dos bancos privados, mas as IFDs podem alongar mais”, comentou o técnico. Ao abordar a concentração dos financiamentos pelas IFD nas regiões mais dinâmicas de cada estado, Murilo Pires deixou claro que o investimento ainda é muito concentrado. “No entanto, nota-se um movimento de desconcentração a partir de
O diretor-adjunto de Estudos e Pesquisas Macroeconômicas do Ipea, Renaut Michel, participou da mesa de abertura, que foi composta também pelo presidente em exercício da ABDE, Luiz Alberto Pititinga. O trabalho foi comentado pela professora da Unicamp Maria Cristina Penido Freitas, que ressaltou a dificuldade de obtenção de dados sobre esse setor e falou sobre a distinção entre as IFD e os bancos privados. “O setor privado prioriza o lucro e foge do risco. Mesmo nos países desenvolvidos, o Estado está sempre presente na indução do desenvolvimento nos setores estratégicos. Os EUA são o maior exemplo disso”, enfatizou.
O superintendente executivo da ABDE, Marco Antonio de Araújo Lima, fez observações sobre a importância do planejamento até para os estados mais desenvolvidos do Brasil. O superintendente aproveitou para valorizar as parcerias entre o BNDES e as IFD. “Nada mais legítimo que a união do BNDES com as IFD em prol do desenvolvimento estadual. Há muitos instrumentos que podem viabilizar o suporte do banco às IFD, inclusive a participação acionária”, destacou Marco Antônio.
Em seguida, no debate, tópicos mais expressivos da atuação das IFD no desenvolvimento, dentro do relatório da pesquisa, foram detalhados pelos participantes. A metodologia e a abordagem da pesquisa foram também examinadas e, por conta da complexidade e da importância dos bancos de desenvolvimento para o País, foi proposta a abertura de nova agenda de pesquisas sobre o tema.