Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Curso de Macroeconomia e Desenvolvimento vai ao RS

Curso de Macroeconomia e Desenvolvimento vai ao RS

Esta será a décima e última edição do evento, que já reuniu cerca de 250 participantes em nove estados do País

Foto: Vítor Hugo Komura
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"Claudio Amitrano, Técnico de Planejamento e Pesquisa da Dimac, ministra aula de Macroeconomia em Belo Horizonte"

O curso de Macroeconomia e Desenvolvimento em Santa Maria, Rio Grande do Sul, é promovido e organizado pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com Centro Internacional Celso Furtado, com apoio da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O encontro será realizado dos dias 2 a 5 de agosto no auditório de Ciências Sociais e Humanas da UFSM (Avenida Roraima, 1000, Cidade Universitária, Camobi) das 9h às 12h30.  Esta será a décima e última edição do curso, que já foi ministrado em Salvador, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Belém do Pará (duas edições), Recife e Belo Horizonte. No total, cerca de 250 pessoas participaram de todas as edições.
 
Endereçado a economistas em atividade em instituições públicas e estudantes, esse curso de capacitação tem obtido excelente avaliação por parte dos participantes e das entidades envolvidas. O estado do Rio Grande do Sul recebe a última edição e encerra um ciclo de sucesso e metas alcançadas com a discussão da macroeconomia e desenvolvimento por nove estados brasileiros.
 
Macroeconomia e Desenvolvimento Econômico são as duas disciplinas ensinadas, cada uma com sete horas de aula. A primeira, sobre os fundamentos da análise macroeconômica no enfoque keynesiano, conta com o professor e técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Victor Leonardo de Araujo. Entre os temas abordados, os determinantes do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) e do emprego, com ênfase no papel da política econômica, considerados os três principais instrumentos: a política fiscal, a política monetária e a política cambial. A condução dos três instrumentos no caso brasileiro é analisada, com realce na inadequação a um projeto de desenvolvimento de longo prazo.
 
Já a disciplina Desenvolvimento Econômico é ministrada por Carlos Pinkusfeld Bastos, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF). O palestrante toma por base a vertente teórica e o processo histórico do desenvolvimento. Ele aborda os elementos centrais da teoria do desenvolvimento, elaborada a partir da segunda metade do século XX, seus eixos analíticos e os seus principais autores, bem como a organização do mundo a partir do desenvolvimento do capitalismo industrial, no século XIX. O curso destaca o caso brasileiro como exemplo dessa dinâmica da economia mundial.
 
A palestra de encerramento será proferida por Claudio Roberto Amitrano, da Dimac, no dia 5, às 19h. O tema será “A economia brasileira no período recente e as perspectivas de crescimento”. O coordenador do curso é Marcelo Fernandes, e o professor responsável é Elder Estevão de Mello, do Departamento de Ciências Econômicas da UFSM. Haverá avaliação final e entrega de certificados na Faculdade de Economia a todos que comparecerem a, no mínimo, 75% das aulas.

Sensor revisa previsão de crescimento do PIB para cima

Sensor revisa previsão de crescimento do PIB para cima

Indicador, que traz as expectativas do setor produtivo, revela também aumento nas exportações em 2010

Foi divulgado na quinta-feira, dia 29, em São Paulo, o terceiro Sensor do ano de 2010. O indicador, que traz a expectativa do setor produtivo para os próximos doze meses, foi apresentado pelo diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, João Sicsú.

O Sensor aponta que as entidades do setor produtivo esperam um crescimento do PIB na ordem de 6,5%, resultado mais otimista do que as expectativas anteriores. A taxa de inflação também se mostrou maior ficando em 5,5%. O único índice que apresentou retração foi a taxa de câmbio que ficou em 1,82. Nos dois indicadores dos dois bimestres anteriores a taxa foi 1,89 e 1,83, respectivamente.

Sicsú deixou claro que os valores não demonstram a visão do Ipea, que realiza a pesquisa. “Esta é uma pesquisa implementada e realizada pelo Ipea, que demonstra a expectativa do setor produtivo, das entidades ouvidas e, portanto, não reflete a previsão do Instituto. O Ipea faz a consolidação dos dados do setor produtivo”, enfatizou o diretor.

Apresentaram aumento também a previsão da taxa Selic para o fim do ano, 11,5%, o número de empregos formais que subiu de 1,5 para 1,55 milhões para este ano e a variação do investimento no setor produtivo, ficando em 15% do PIB. 

O indicador traz também dados sobre o comércio exterior brasileiro que aponta um saldo positivo da balança comercial. As importações mantiveram-se estáveis em 160 bilhões de reais e as exportações ficaram em 180 bilhões de reais.

Ao ser perguntado sobre a situação atual da economia brasileira, Sicsú foi otimista. “Basta lembrar que nunca tivemos uma situação de não termos nenhuma dívida externa, nenhuma dívida interna dolarizada e termos uma reserva de mais de 250 bilhões de dólares” destacou o Sicsú.

Leia o Sensor Econômico referente a maio de 2010

Saiba mais sobre o Sensor Econômico

Acordo resultará em pesquisa sobre segurança pública

Acordo resultará em pesquisa sobre segurança pública


Cooperação com o Ministério da Justiça vai sugerir rumos para governança das políticas públicas no setor

Foto: João Viana
Ao lado de Luiz Paulo Barreto, ministro da Justiça, o presidente do
Ipea, Marcio Pochmann, assina o acordo de cooperação técnica

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o Ministério da Justiça assinaram na quarta-feira (21), em Brasília, um acordo de cooperação técnica para execução de pesquisa Participação Social e Governança Democrática da Segurança Pública. O estudo deverá avaliar a recente experiência da participação social no Conselho Nacional de Segurança Pública (Conasp), reestruturado em 2009.

O acordo foi assinado pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. O acordo permite que outras pesquisas possam ser realizadas pelo Ipea por meio da Diretoria de Estudos do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), responsável por coordenar a pesquisa.

Entre os objetivos do estudo está aferir a integração entre o Conasp e as instâncias governamentais em seus três níveis e sugerir diretrizes para a criação de um sistema de governança da política pública de segurança com a participação de gestores do setor e sociedade civil.

Para Pochmann, o Ipea está pronto para auxiliar no diagnóstico e desenho das políticas de segurança pública. “Nossa perspectiva é de uma análise técnica, plural e, se possível, envolvendo outros órgãos e entidades, para auxiliar as políticas de segurança pública para esse governo e outros futuros”, disse Pochmann.

O ministro da Justiça enfatizou a importância do acordo com uma instituição como o Ipea. “O Ministério da Justiça foi procurar no Ipea uma parceria para o aprimoramento do conselho para que ele seja diferenciado, para que o Brasil não trate de maneira empírica e amadora a segurança pública, mas de maneira técnica, profissional”, disse Luiz Paulo Barreto.

O Conasp tem como finalidade atuar na formulação de estratégias e no controle de execução da Política Nacional de Segurança Pública, além de promover a integração entre órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais.

Ouça a terceira edição do programa de rádio do Ipea

Ouça a terceira edição do programa de rádio do Ipea


Panorama Ipea é produzido toda semana e traz reportagens sobre estudos já lançados ou em elaboração no Instituto

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) conta agora com um programa de rádio semanal cujo conteúdo pode ser reproduzido gratuitamente por qualquer emissora no Brasil. O Panorama Ipea sempre apresentará, em formato de matéria jornalística, um estudo publicado ou um tema em debate no Instituto, ouvindo pesquisadores ou colaboradores especialistas no assunto. A terceira edição já está no ar e aborda a proposta de taxação solidária sobre os fluxos financeiros internacionais.

Cada edição também anunciará pesquisas e lançamentos de estudos realizados pelo Ipea ou em parceria com outras instituições. O ouvinte ficará sabendo, ainda, de seminários, palestras e demais eventos com a participação de técnicos ou integrantes da diretoria colegiada do Instituto. O Panorama Ipea é produzido pela Assessoria de Comunicação do Ipea, e sua reprodução é autorizada desde que citada a fonte.

O programa está acessível no sítio do Ipea na internet, dentro da seção “Imprensa/Programa de Rádio”. Toda semana, as novas edições serão inseridas no mesmo local. Quaisquer dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Ouça aqui a terceira edição do Panorama Ipea

Ouça aqui a segunda edição do Panorama Ipea

Ouça aqui a primeira edição do Panorama Ipea

Transferências de renda reduzem a pobreza no Brasil

Transferências de renda reduzem a pobreza no Brasil

Comunicado do Ipea  mostra mudanças geradas pelas políticas públicas de transferência na renda familiar 

As transferências provenientes da Seguridade no Brasil, em 1978, representavam 8% da renda das famílias. Trinta anos depois, em 2008 esse tipo de rendimento vindo do sistema de política social - que inclui aposentadorias e pensões, programa Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada – já representava 19,3% dos rendimentos familiares.

Sem os programas de transferência de renda, 40,5 milhões de pessoas viveriam com menos de um quarto de salário mínimo em 2008. Com essa política, cerca de 18,7 milhões de pessoas vivem nessas condições, uma diferença de 116%. É o que aponta o Comunicado do Ipea nº 59 – Previdência e Assistência Social: Efeitos no Rendimento Familiar e sua Dimensão nos Estados, divulgado nesta quinta-feira (22), na sede do Instituto em Brasília.

O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto, Jorge Abrahão de Castro, explicou que esse aumento das transferências deve-se à Constituição Federal de 1988, ao crescimento da cobertura de programas de transferência de renda focalizados no decorrer desses 20 anos e ao grande impacto da política de recuperação do salário mínimo.

A parcela das transferências cresceu não só para os mais pobres (25% da renda, em 2008) e para aqueles que se encontram no estrato onde se localiza o salário mínimo, mas também nos estratos de maior renda, devido aos benefícios superiores a um salário mínimo no RGPS e no RPPS. “Essa política vai além da proteção social. É, também, um importante vetor da economia, não só das pequenas localidades”, afirmou Abrahão. No Rio de Janeiro, por exemplo,um quarto da renda é proveniente do sistema de transferência.

Importância nos Estados

O estudo ressalta que as transferências adquirem uma importância bem acima da média nacional (de 19,3%) nos estados do Nordeste e no Rio de Janeiro, e bastante abaixo da média nacional nas regiões Norte e Centro-Oeste. Em 2008, Piauí foi o estado com a maior participação das transferências nos rendimentos das famílias com 31,2% do total. Na Paraíba, as transferências correspondem a 27,5% da renda. Em seguida, aparecem Pernambuco (25,7%), Rio de Janeiro (25,5%) e Ceará (25,2%). Já as menores participações das transferências na renda total foram apontadas no Amapá (8,3%), Mato Grosso (9,9%) e Roraima (10,1%).

Mas o fato de um estado receber maior volume de recursos em transferências não significa que esses benefícios assumem maior importância para as famílias e vice-versa. No Piauí, as famílias receberam apenas 1,7% do valor total distribuído na forma de transferências no Brasil. Somente três estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) absorvem 48,1% do total das transferências de renda das políticas de previdência e assistência social do País.

Cobertura previdenciária

 O Comunicado n°59 revela também um aumento da cobertura previdenciária da população inativa (com 65 anos ou mais), que saiu de 72,9% em 1978, para 97,6% em 2008, graças ao aumento da cobertura direta.

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 59

Veja os gráficos da apresentação sobre o Comunicado do Ipea nº 59

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