Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipea e Cade assinaram acordo de cooperação em Brasília

Ipea e Cade assinaram acordo de cooperação 

Propriedade intelectual e dinâmica das empresas são os temas dos estudos que serão realizados em parceria

Nesta quarta-feira, 18, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Arthur Sanchez Bandin, assinaram o primeiro acordo de cooperação entre o Instituto e o CADE. A cerimônia aconteceu às 10h no Plenário do Conselho, em Brasília.

A parceria envolve dois projetos: a estimativa de taxas de entrada e saída de empresas formais na economia brasileira e a avaliação das interfaces entre defesa da concorrência e propriedade intelectual. O prazo para a conclusão é de 12 e 15 meses, respectivamente.

A técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Graziela Zucoloto faz parte da equipe responsável pelo estudo sobre a propriedade intelectual e ressalta a relevância do assunto. “É um tema de ponta em que vão ser estudados o licenciamento de patentes e de tecnologia e seus impactos na questão concorrencial”, afirmou.  

O diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset) do Ipea, Márcio Wohlers, afirmou que, diante da complexidade tecnológica e do mundo globalizado, é fundamental avaliar os licenciamentos e saber como proteger a economia de medidas anticompetitivas das empresas para que o mercado possa desenvolver todas suas potencialidades.

 

 

 

 

 

Censo 2010 aperfeiçoará as políticas públicas

Censo 2010 aperfeiçoará as políticas públicas


Desigualdade e demografia brasileira foram alguns dos temas abordados em evento com jornalistas estrangeiros 

O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão de Castro, mostrou a diversos jornalistas da imprensa internacional, no Rio de Janeiro, como o Instituto utiliza as informações dos censos brasileiros para a formulação de políticas públicas.

“O Censo Demográfico 2010 possibilitará verificar sucessos e insucessos das políticas sociais e se o Brasil atingiu as metas”, informou o diretor nesta segunda-feira, dia 16. O encontro Importância do Censo para a elaboração de políticas públicas, reforço da cidadania e os elementos de pesquisa adicionais que o Censo 2010 trará fez parte do Projeto Imagem da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom), que tem por objetivo construir e reforçar a imagem do Brasil no exterior.

“O Censo nos fará checar dois fatos importantes para as políticas públicas: a queda da pobreza e da desigualdade. E confirmar se estamos em um período virtuoso”, disse Abrahão. Ele contou que, no Brasil, 8 milhões de pessoas (4,8%) estão na linha de pobreza da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, a pobreza extrema decresce desde 1999, enquanto a população brasileira cresce.

Transição
O diretor chamou a atenção para a questão demográfica. O Censo deste ano, segundo ele, pode comprovar a grande velocidade da transição demográfica para o futuro. “A população está envelhecendo, e a base da pirâmide está achatando. Em 2040, a População Economicamente Ativa (PEA) deve permanecer estável, mas a população mais velha vai aumentar. Isso tem muito a ver com a queda da fecundidade, afinal, a taxa média brasileira é de 1,8 filho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008”, afirmou.

No Brasil, apenas 5% dos idosos acima de 60 anos são pobres. Abrahão acredita que, se fizer o levantamento sem as políticas sociais, esse número salta para 50%. Só no estado do Rio de Janeiro, que concentra 12% da população idosa do Brasil, um quarto da renda provém das transferências monetárias do Governo (pensões, aposentadorias etc.). “O Censo ajudará a saber quanto é isso hoje”, afirmou. Aos jornalistas, explicou que, em 1978, os programas sociais representavam 8,1% da renda das famílias. Hoje, são quase 20%. Em alguns estados brasileiros chegam a 30%.

Com as informações do Censo, o Ipea poderá fazer uma análise das regiões, estados e municípios brasileiros. A pobreza, a demografia, a distribuição de renda e o envelhecimento da população são alguns dos pontos que poderão ser mais bem estudados. “Com o Censo, poderemos localizar melhor cada ponto, e a partir daí orientar nossas políticas públicas”, acrescentou.

Abrahão comentou ainda os números muito desiguais das regiões brasileiras. “Daí a importância do Censo, porque as outras pesquisas amostrais não dão a dimensão do que é o Brasil, com uma população é muito heterogênea”, diz.

O Censo Demográfico é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e começou em 1° de agosto, com previsão de término para 31 de outubro.

Estudo mostra mudança no perfil do migrante no Brasil

Muda o perfil do migrante no Brasil

Comunicado do Ipea traz dados sobre escolarização, mercado de trabalho e rendimento dos migrantes

Enquanto em 1995, os migrantes eram aproximadamente 4 milhões de pessoas (3% da população), em 2008, esse número caiu para 3,3 milhões (1,9% da população). Além da diminuição do fluxo migratório nesse período, também foram registradas mudanças no perfil do migrante.

É o que mostra o Comunicado do Ipea nº 61 – Migração Interna no Brasil, divulgado nesta terça-feira, dia 17. Segundo o estudo, grande parte da migração não se dá de regiões mais pobres para outras mais ricas. Mais de 60% dos migrantes estão no Nordeste e Sudeste, com valores próximos para imigrantes e emigrantes das duas regiões. Embora os maiores fluxos estejam entre essas duas regiões, quando se relacionam os fluxos à população residente, as regiões Norte (2,6%) e Centro Oeste (3,7%) apresentam as maiores proporções de migração.

Outro dado relevante aponta que os migrantes do Nordeste para o Sudeste já estão em melhor situação em termos de formalização do trabalho (40,9% de trabalhadores informais) que os próprios trabalhadores não migrantes da região Sudeste (taxa de 43,4%). Também é possível perceber que a porcentagem de indivíduos com 12 ou mais anos de escolaridade no Brasil é maior entre os migrantes (18,1%) que entre os não migrantes (13,8%).

O coordenador do Núcleo de Informações Sociais do Ipea, Herton Araújo, e o técnico de Planejamento e Pesquisa Frederico Barbosa destacou que, apesar de ainda existirem bolsões de migrantes que ganham baixos salários e têm baixa escolaridade, o salário médio dos brasileiros que migraram (R$1.204,93) é, em geral, maior que o dos não migrantes (R$968,61). Quanto ao número de horas trabalhadas, 41% dos migrantes ocupados trabalham mais de 45 horas semanais contra 34,2% dos não migrantes nessa situação. 

Em relação aos aspectos demográficos, o Comunicado revela que, em 2008, 62,9% dos migrantes do Nordeste para o Sudeste eram jovens (18 a 29 anos), percentual maior que o encontrado entre os não migrantes do Nordeste (32,8%). 

Os dados qualificam o migrante em quatro diferentes anos: 1995, 2001, 2005 e 2008. As análises são feitas com base em dados do IBGE, que permitiram aos pesquisadores identificar como migrantes aqueles que mudaram de estado nos cinco anos anteriores a cada uma das datas usadas na pesquisa.

A apresentação foi transmitida ao vivo para todo o Brasil. Jornalistas puderam enviar suas perguntas, que foram respondidas pelos pesquisadores na coletiva on-line.

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 61

Veja os gráficos da apresentação sobre o Comunicado do Ipea nº 61

 

Indicador Internacional do Ipea foi lançado em SP

Indicador Internacional do Ipea foi lançado em SP


Análise parte de um conjunto de entidades, como câmaras de comércio, embaixadas e empresas multinacionais

Por meio da avaliação de agentes internacionais – embaixadas, câmaras de comércio, organizações multilaterais e empresas multinacionais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou sua nova pesquisa qualitativa, o Monitor da Percepção Internacional do Brasil.

O indicador foi lançado nesta quinta-feira, 19, às 14h30, em São Paulo (Escritório da Presidência da República, Avenida Paulista, 2.163, 17º andar), e avaliou três temáticas: aspectos econômicos, sociais e político-institucionais. Os resultados desta primeira edição são moderadamente favoráveis, com todos os indicadores positivos.

O Monitor é calculado trimestralmente e sua metodologia foi abordada na apresentação em São Paulo. Estiveram  presentes à coletiva de imprensa o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e o diretor-adjunto de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Instituto, Marcos Cintra.

O Monitor da Percepção Internacional do Brasil está disponível em quatro versões:

Português

Espanhol

Francês

Inglês

Em junho, a qualidade do desenvolvimento recuou

Em junho, a qualidade do desenvolvimento recuou


Resultado do IQD foi de 273,8 pontos no mês, e o indicador calculado pelo Ipea continua na zona instável

O Índice de Qualidade do Desenvolvimento, calculado pelo Ipea, sofreu uma pequena queda no mês de junho em relação a maio, registrando 273,8 pontos. Com isso, ele permanece na zona instável, que vai dos 200 aos 300 pontos. Em maio, O IQD havia fechado nos 289,67 pontos, se aproximando da zona chamada de “boa”.

O indicador de junho revela queda nos três subíndices que resultam no IQD: Índice de Qualidade do Crescimento; Índice de Qualidade do Bem-Estar e Índice de Qualidade da Inserção Externa. Entre os subíndices, o de Qualidade do Crescimento registrou 292,5 pontos, caindo, dessa forma, para a zona instável.

Apesar do cenário registrado em junho, os resultados dos últimos meses obtidos no IQD e no Sensor Econômico do Ipea permitem esperar que o IQD alcance, em breve, a área classificada como “boa”. No entanto, a queda em junho revela, também, a dificuldade da qualidade do desenvolvimento brasileiro para manter uma trajetória permanentemente ascendente.

O IQD é uma pesquisa mensal realizada pelo Ipea que capta se o desenvolvimento vivido pelo País, contempla os requisitos de crescimento econômico com distribuição dos frutos do progresso e, ainda, aponta se esse movimento tende a sustentar-se no tempo.

Leia a íntegra do IQD referente a junho de 2010

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